Vanessa Santos é natural de uma das freguesias mais antigas da cidade de Leiria, Cortes. Ao longo dos anos, foi descobrindo o gosto pela leitura, tendo concluído, que o seu gosto e género literário pende, essencialmente, para o thriller, terror, ficção científica e, principalmente, histórias de crime e mistério, sendo por isso, leitora de nomes como Agatha Christie e Stephen King.
A autora de “Mors Tua, Vita Mea – A tua morte, a minha vida”, é finalista da Licenciatura em Direito, em Coimbra, e no mesmo ano em que se torna finalista lança o seu blogue intitulado Livros de Vidro.
A transição de ano de 2014 para 2015 culminou com a edição da sua primeira experiência no mundo da escrita com um texto que teimava em ficar apenas no fundo de uma gaveta, mas que se espera não ser o último a sair de lá.
(Biografia retirada do site da Chiado Editora: https://www.chiadoeditora.com/)
Começo por deixar aqui o meu agradecimento à Vanessa por ter aceite responder a esta entrevista e por toda a simpatia e sinceridade com que enfrentou este pequeno desafio.
Entrevista:
Dream Pages (D.P.): 1_Quando começou a escrever?
Vanessa Santos (V.S.): Ao
contrário de muitos autores e escritores, não comecei a escrever cedo. Não ia
além dos trabalhos da escola. Comecei tarde, já com 22 anos, mais ou menos. Não
senti cedo que seria algo que gostaria de fazer.
D.P.: 2_Em que contexto surgiu o seu livro “Mors Tua, Vita Mea”? Como é que surgiu a oportunidade de o publicar?
V.S.: O
livro surgiu de um desafio, já que gostava de ler, porque não experimentar
escrever um livro? Foi uma experiência e só três anos mais tarde é que ficou
concluído e decidi que poderia tentar publicar. Mas a decisão só veio depois de
testar o texto junto de algumas pessoas, não queria “deixá-lo sair” para os
leitores sem saber se valeria a pena.
D.P.: 3_De onde vêm as suas personagens? Identifica-se com alguma delas?
V.S.: As
personagens vêm um pouco daquilo que se vê no dia-a-dia. São os amigos, são as
pessoas que se cruzam no supermercado, são, até, nós próprios. Não quis
fantasiar, identifico-me com o que é real. A Sara é
um pouco de cada mulher.
D.P.: 4_Como lida com as críticas ao seu trabalho?
V.S.: Lido
bem, penso eu. Tento absorvê-las, tirar sempre algo que permita crescer e
melhorar. Como disse, esta foi uma experiência, nunca o tinha feito e há muita
coisa a ser melhorada. Muitas decisões que tomaria de forma diferente. O estado
de espírito agora também é outro. Mas, felizmente, as críticas têm sido boas e
construtivas.
D.P.: 5_O que sente quando escreve? O que lhe dá mais prazer na escrita? Qual é a maior dificuldade que sente quando está a escrever?
V.S.: Gosto de escrever, de me divertir com o
que estou a imaginar. O prazer que retiro da escrita é, tão somente, o facto de
testar a imaginação, de perceber como nascem novas histórias, e de ver como
surge uma minha, que posso dizer “é minha”.
Tenho dificuldade em ficar concentrada
para escrever, começo a divagar e quando dou por mim não escrevi nada. Custa-me
a “arrancar”.
D.P.: 6_Tem algum ritual de escrita?
V.S.: Não.
Apenas que escrevo sempre primeiro à mão. Pode não ser o livro todo, mas quase
todo é escrito com caneta e papel. Mas não sei se será ritual, talvez até seja…
D.P.: 7_Para além de escrever, qual é o seu maior talento?
V.S.: Divagar,
penso eu. Mas divagar no sentido de sonhar acordada, de pôr a mente em
funcionamento. Estou sempre a fazê-lo, e penso que é daí que surgem as grandes
ideias, para tudo. É aí que muitas vezes surgem as soluções para problemas ou, pelo menos, um caminho.
D.P.: 8_Considera a escrita uma necessidade ou um passatempo?
V.S.: Depende
dos dias. Às vezes é uma necessidade, outras um passatempo.
D.P.: 9_Prefere ler ou escrever?
V.S.: Ler,
sempre. É inspirador. Nunca deixo de ter um livro na cabeceira.
V.S.: Nada.
Seríamos bichos.
D.P.: 11_Qual é o seu escritor favorito?
V.S.: Dan
Brown.
D.P: 12_Qual é o seu livro preferido?
V.S.: Anjos
e Demónios.
D.P.: 13_Houve algum livro que a tenha feito olhar o mundo de forma diferente?
V.S.: Todos
o fazem à sua maneira. Há sempre um pormenor que nos faz ver as coisas de forma
diferente ou, pelo menos, nos leva a ponderá-las.
D.P.: 14_Prefere o livro ou o filme?
V.S.: Livro.
Os filmes acabam por quebrar o encanto que os livros criam na nossa mente,
principalmente quando não são fiéis aos livros em que são inspirados, defeito
dos leitores, talvez, que querem ver o que leram em filme, exactamente como
imaginaram.
D.P.: 15_Qual é a sua música preferida?
V.S.: Gosto
de várias. Happy de Pharrell Williams
é sempre boa de ouvir. Pela energia e simplicidade. Em português, gosto das
músicas de Amor Electro, por exemplo.
D.P.: 16_Costuma ouvir música quando está a escrever?
V.S.: Não.
Desconcentra-me e entro mais facilmente naquele estado de divagação.
D.P.: 17_É fácil conciliar a escrita com o seu trabalho e a sua vida?
V.S.: Nem
sempre. Escrever requer tempo. E nem sempre o há, infelizmente.
D.P.: 18_Qual é a sua citação favorita?
V.S.: “Não são as
espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, e sim as mais
suscetíveis a mudanças.” De Charles Darwin
D.P.: 19_Quem/Qual é a sua fonte inspiração?
V.S.: O mundo e as pessoas. Tudo o que me
rodeia.
D.P.: 20_Qual é o seu maior sonho?
V.S.: Conseguir
sempre alcançar os objectivos que traço.
D.P.: 21_Qual é o seu lema de vida?
V.S.: Só dependo de mim para alcançar o que
desejo. De mim e do meu trabalho. Não devemos depender dos outros para
sermos mais e melhor.
D.P.: 22_Está a trabalhar em novos projetos? O que podem os leitores esperar para o futuro?
V.S.: Sim,
mas é para um médio/longo prazo. Podem esperar algo diferente. Mas sempre com
a mesma inspiração.
D.P.: 23_Onde podem os leitores adquirir o seu livro?
V.S.: Pode
ser adquirido através da minha página no facebook (Vanessa Santos - autora), da
página da Chiado Editora, da Bertrand Online, Wook. E em qualquer livraria.
Basta encomendar.
D.P.: 24_Alguns conselhos para os novos escritores?
V.S.: Que
não se deixem dominar pela ansiedade, que escrevam com calma e, sobretudo, no
fim, que revejam bem o texto. E, claro, que gostem do que escrevam!
D.P.: 25_E, por fim, qual é para si o maior segredo do Universo?
V.S.: Levando
a questão à letra: a evolução das espécies. Não que seja realmente um segredo,
mas é, sem dúvida, no seu todo, um “segredo” entusiasmante e que é muito
interessante. Não sou religiosa e, muito menos, seguidora das doutrinas e
linhas de pensamento que seguem na explicação do universo e da criação do
Homem. Como costumo dizer: “sou pela ciência, o que não teve explicação ontem, teve
hoje. O que não tem amanhã terá depois”.
Para mais informações, consulte a página no Facebook da autora: https://www.facebook.com/vanessasantosautora
A simplicidade de Vanessa Santos, mantém-se nesta entrevista.
ResponderEliminarHá poucos jovens como ela. Tem talento, é inteligente, e vai longe. Sempre lho disse.
Fui uma das pessoas a quem ela mostrou parte do seu livro. Vi que tinha potencial e incentivei-a a seguir em frente. O resultado está à vista de todos.
Como ela própria diz, há melhorias a fazer. Também a alertei para isso.
A obra nasceu, é um livro que se lê muito bem, cativa, e Vanessa, que venha o segundo, pois o meu segundo já começou!
Parabéns!
Obrigada João Paulo pelas suas palavras :)
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