(Artigo de Opinião)
Autor: Ally O'Brien (Brian Freeman e Ali Gun)
Título Original: The Agency (2009)
Tradução: Cláudia Brito
ISBN: 978-972-53-0425-9
Nº de páginas: 304
Nº de páginas: 304
Editora: Editorial Bizâncio
Sinopse
A sensual superagente Tess Drake trabalhou arduamente para conseguir conquistar um lugar na fascinante, mas feroz, indústria do entretenimento. Funcionária da Agência Literária Bardwright, que opera em Londres e Nova Iorque, move-se nos emocionantes e acelerados mundos da lealdade, da imoralidade e da vingança. Tess está metida em sarilhos, grandes sarilhos...
Tem ainda outro ligeiro problema: dorme com homens dos dois lados do Atlântico, que, por sua vez, dormem com as mulheres que estão a tentar arruiná-la.
Conseguirá Tess abandonar o barco sem perder os clientes e sem despedaçar o coração? Ou perderá tudo, antes de descobrir se realmente possui as qualidades necessárias para fazer o que sempre desejou?
Este é um romance imensamente divertido, cheio de riscos e de recompensas, que nos revela o mundo das grandes agências de direito e expõe toda a ambição, o sexo, a adrenalina e a sorte dos quais depende o êxito de uma jovem mulher.
Este é um romance imensamente divertido, cheio de riscos e de recompensas, que nos revela o mundo das grandes agências de direito e expõe toda a ambição, o sexo, a adrenalina e a sorte dos quais depende o êxito de uma jovem mulher.
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Editorial Bizâncio em troca de uma opinião sincera
Opinião
"A Agência" é um livro escrito a quatro mãos por Brian Freeman e Ali Gunn, sob o pseudónimo de Ally O'Brien. De forma humorística, irónica e viciante, esta dupla de escritores dá-nos a conhecer o mundo de mentiras, ambições, traições, sexo e sacrifícios por detrás das grandes agências internacionais.
Tess Drake é uma agente bem sucedida que trabalha para a Agência Literária Bardwright, sediada em Londres. A história começa com a morte de Lowell, o diretor da Agência, encontrado sem vida, no seu apartamento, devido a asfixia erótica. E é logo aí que se inicia a componente policial da história, que acompanhará o leitor ao longo de vários capítulos: terá sido suicídio ou homicídio?
Tess já há muito que se queria lançar por conta própria e vê assim uma oportunidade de criar a sua própria agência. Conta com uma segura e vasta carteira de clientes que pensa ser suficiente para a sua nova aventura. A par da sua vida profissional, é-nos também apresentada a sua vida amorosa - o seu relacionamento algo platónico com um homem casado, a quem apelida de Darcy - clara alusão a "Orgulho e Preconceito", de Jane Austen - e os seus encontros esporádicos com Evan.
Mas nem tudo corre como esperado e Tess vê-se envolvida em inúmeras confusões e caricatas situações que a colocam em graves sarilhos. Será ela capaz de recompôr a sua vida, ou deixar-se-á ir abaixo no seu poço de problemas?
A protagonista é por diversas vezes posta à prova e daí sobressai a sua personalidade - Tess é maioritariamente uma mulher forte, confiante mas, por vezes, sente-se insegura, e isso torna-a mais real. Também tem os seus defeitos, nomeadamente a impulsividade, que muitas vezes a prejudicam. Apesar dos erros, é impossível não torcer pela felicidade de Tess.
A dinâmica e o ritmo dos acontecimentos dificilmente poderia ser melhor. A ação nunca morre - somos constantemente surpreendidos. Quando pensamos que os autores já não têm nenhum trunfo na manga, eis que nos provam exatamente o contrário! O suspense também é um elemento que não pode faltar a uma boa história, e este livro tem-no na dose necessária. Os capítulos são relativamente curtos e estão divididos por assuntos, evitando confusões para o leitor.
"A Agência" é um livro escrito com muito humor - a ironia é uma presença assídua e constante ao longo de todo o livro. A leitura é tão fluída e descontraída que, depois de iniciada, torna-se difícil de ser interrompida. Os personagens estão bem conseguidos e, o facto de a história ser narrada na primeira pessoa, confere proximidade entre o livro e o leitor. As descrições são muito precisas - as roupas, os locais, os acontecimentos, as conversas, os sentimentos... - e torna-se fácil encarnarmos o papel de Tess e adotarmos a sua visão das coisas.
Uma protagonista excecionalmente bem conseguida, um escritor genial não reconhecido, uma autora milionária de livros de pandas e fanática por animais, uma assistente lésbica com queda para atrizes famosas, casos extraconjugais, muitas traições e inimigas letais - não falta nada neste livro. Adorei!
Música que aconselho para acompanhar a leitura: Wildest Dreams_Taylor Swift
Parece sensacional! Comecei a ler a resenha sem muito interesse, mas me peguei tentando já desvendar toda a história! Não sei se o livro é tão bom assim, mas sua resenha com certeza me deixou com uma vontade muito grande de descobrir. Adoro tudo que você pontuou como marcante na obra: assassinato, mistério, ironia, deturpação de valores e claro, bom humor. Só não tenho opinião a respeito da escrita por mais de um autor. Que eu saiba nunca li nada assim...
ResponderEliminarBeijos, até mais! Parabéns pela resenha!
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