André Sousa nasceu no Algarve, Portugal, e é licenciado em Sociologia e mestre em Educação Social, pela Escola Superior de Educação e Comunicação - Universidade do Algarve. "Pedacinhos de Mim" é o projeto literário que desenvolve desde 2011, diariamente.
Apaixonado pelas palavras, escreve vários formatos mas a poesia é a sua grande paixão. Um brincador - tal como se define - aborda o amor em todas as vertentes, tratando por "tu" esse sentimento tão vivo e que acredita ser capaz de alterar mentalidades, ações e visões do mundo.
Apaixonado pelas palavras, escreve vários formatos mas a poesia é a sua grande paixão. Um brincador - tal como se define - aborda o amor em todas as vertentes, tratando por "tu" esse sentimento tão vivo e que acredita ser capaz de alterar mentalidades, ações e visões do mundo.
(Biografia retirada do site da Chiado Editora: https://www.chiadoeditora.com/)
Começo por deixar aqui o meu agradecimento ao André por ter aceite responder a esta entrevista e por toda a simpatia e sinceridade com que enfrentou este pequeno desafio.
Entrevista:
Dream Pages (D.P.): 1_Quando começou a escrever?
André Sousa (A.S.): Comecei
a escrever há sensivelmente dez anos. Antes, apostava numa escrita mais
intimista, algo que eram somente desabafos, somente uma forma de libertação dos
meus sentimentos, das minhas vivências e das minhas angústias. Após quatro anos,
decidi apostar num blogue, num lugar em que pudesse partilhar com os outros
aquilo que me faz acreditar, aquilo que ainda me faz crer que o amor é a maior
liberdade que podemos conhecer. Por isso, o “Pedacinhos de mim para ti” surgiu,
e já la vão seis anos.
D.P.:2_Em que contexto surgiu o seu livro "Juro Amar-te"? Como é que surgiu a oportunidade de o publicar?
A.S.: O
“Juro Amar-te” é um livro que não esperava publicar – confesso. Ele surgiu numa
altura em que a minha escrita começou a adquirir uma maior visibilidade.
Primeiramente, o “Juro Amar-te” é uma compilação de sentimentos, uma conjugação
de histórias, em poesia, que expressam desejos, receios, que expressam
vontades. Neste livro tudo pode encadear-se, mas, ao mesmo tempo,
desordenar-se. É um livro para ser lido calmamente, uma página hoje, um poema
amanhã. Porque entenda-se o seguinte, um livro de poesia não é um romance
porque em cada poema existe um início mas nem sempre um fim.
D.P.: 3_Tem um blogue. De onde surgiu o "Pedacinhos de Mim Para Ti"?
A.S.: Como
já referi anteriormente, o “Pedacinhos de mim para ti” surgiu numa altura em
que decidi dar a conhecer aquilo que escrevia, decidi apostar na divulgação
para que outras pessoas pudessem ver e identificar-se com tantos sentimentos,
que são transponíveis para qualquer história ou qualquer momento de vida.
D.P.: 4_Como lida com as críticas ao seu trabalho?
A.S.: As
críticas são sempre muito bem-vindas, desde que fundamentadas. Quando tecemos
críticas, há que tecê-las de forma consciente e construtiva. Criticar apenas
por criticar, é incorrer-se no vazio de uma razão que só existe na mente de
quem critica. Críticas construtivas sempre, críticas vazias causam indiferença
e descredibilidade para quem as pratica.
D.P.: 5_O que sente quando escreve? O que lhe dá mais prazer na escrita? Qual é a maior dificuldade que sente quando está a escrever?
A.S.: Basicamente
escrevo por gosto pessoal, e como forma de terapia ao stress diário. A escrita
surge em mim como uma necessidade de expor aos outros o sentimento básico da
vida, o amor. Tantas vezes somos confrontados com dias agitados, com a falta de
tempo, com problemas e soluções, e acabamo-nos por esquecer de sentir. É isso
mesmo que eu faço com a minha escrita, parar para sentir, sentir o que vivi
durante aquele dia.
D.P.: 6_Tem algum ritual de escrita?
A.S.: Pode
dizer-se que não. Não tenho nenhum ritual mas sim tenho uma rotina.
Diariamente, sinto a necessidade de escrever. Chego a casa, após mais um dia de
trabalho, e acabo por me sentar, ouvir música, e deixar no papel tudo o que
sinto e tudo o que vivo.
D.P.: 7_Para além de escrever, qual é o seu maior talento?
A.S.: Acredito
que o meu dom passe muito pela ajuda aos outros. Devido ao meu contexto
profissional, e às minhas rotinas diárias, acabo por ter o privilégio de ajudar
outras pessoas a encontrar os seus caminhos, a procurar direções e a
erguerem-se num tempo em que a crise afeta famílias inteiras – desde os mais
jovens até aos idosos.
D.P.: 8_Considera a escrita uma necessidade ou um passatempo?
A.S.: Considero-a
uma forma de vida, e isso faz-me feliz.
D.P.: 9_Prefere ler ou escrever?
A.S.: Ambas
as coisas agradam-me bastante. Gosto imenso de escrever mas confesso que
perco-me com livros – ao ponto de me ter de proibir a mim mesmo de comprar
mais. Adoro ler, apesar do tempo ser reduzido, o que me leva a sentir uma
ligeira frustração ao ver que se acumulam livros na estante à espera de serem
lidos.
D.P.: 10_O que pensa que seria do mundo sem livros?
A.S.: Seria
como uma sociedade cega que não via o seu próprio reflexo.
A.S.: Não
tenho um escritor favorito, gosto de alguns estilos de escrita e acabo por
adquirir mais livros desses determinados autores. Entre alguns nomes destaco,
José Rodrigues dos Santos, Paul Theroux, Eugénio de Andrade, Florbela Espanca,
entre outros.
D.P: 12_Qual é o seu livro preferido?
A.S.: A
Arte da Fuga, do Daniel Sampaio.
D.P.: 13_Houve algum livro que o tenha feito olhar o mundo de forma diferente?
A.S.: “O
último Setembro em Teerão”, que retrata como uma família pode ser dilacerada
por um conflito cultural, social e religioso. Tudo isto me leva a crer que
devemos sempre seguir aquilo em que acreditamos, mesmo sendo oposto ao que
outros acreditam. A nossa liberdade depende de nós, e o nosso aprisionamento
também.
D.P.: 14_Prefere o livro ou o filme?
A.S.: Livro,
sem qualquer dúvida. Podemos fomentar a imaginação, imaginar a fisionomia dos
personagens e sentir os cheiros descritos. Isso é fantástico!
D.P.: 15_Qual é a sua música preferida?
A.S.: Como
no caso dos livros, não tenho nenhuma música favorita. Sou bastante eclético
nas escolhas musicais e ouço um pouco de tudo. Além disso confesso-me um
verdadeiro apaixonado pelo mundo eurovisivo e pela diversidade cultural lá
presente.
D.P.: 16_Costuma ouvir música quando está a escrever?
A.S.: Claro.
Ao escrever com música, todo o sentimento ganha uma outra dimensão – o que leva
a escrever de uma forma mais viva, de uma forma mais pujante.
D.P.: 17_É fácil conciliar a escrita com o seu trabalho e a sua vida?
A.S.: Nem sempre. Nem sempre consigo conciliar tudo, ou porque surge uma apresentação e tem de ser preparada, ou porque chego a casa extremamente cansado e isso impede-me de tirar um tempo para escrever. Apostar na escrita nem sempre é fácil mas dá prazer. Dá vontade de tentar, de lutar e arriscar. E como eu sempre ouvi: “Quem corre por gosto, não cansa.”.
A.S.: Nem sempre. Nem sempre consigo conciliar tudo, ou porque surge uma apresentação e tem de ser preparada, ou porque chego a casa extremamente cansado e isso impede-me de tirar um tempo para escrever. Apostar na escrita nem sempre é fácil mas dá prazer. Dá vontade de tentar, de lutar e arriscar. E como eu sempre ouvi: “Quem corre por gosto, não cansa.”.
D.P.: 18_Qual é a sua citação favorita?
A.S.: “Ama
quem te ama. O resto… são becos sem saída.”
D.P.: 19_Quem/Qual é a sua fonte inspiração?
A.S.: O
amor em todas as suas expressões é a minha fonte de inspiração. A luta de
pessoas que voltaram a acreditar no amor, os casais que tudo enfrentam e que
estão juntos há imensos anos, as pessoas que se arriscam a amar da sua forma.
Tudo isso é uma inspiração, tudo isso é o que me leva a acreditar naquilo que
escrevo.
D.P.: 20_Qual é o seu maior sonho?
A.S.: Poder
rumar a outros lugares, sentir outros sabores, viver outros momentos. Ser feliz
sem tempo, ser feliz na liberdade das palavras que escrevo.
D.P.: 21_Qual é o seu lema de vida?
A.S.: Não
esperar que algo se altere se, constantemente, faço tudo da mesma forma.
D.P.: 22_Está a trabalhar em novos projetos? O que podem os leitores esperar para o futuro?
A.S.: Atualmente,
estou em processo de divulgação e apresentação do “Juro Amar-te” que saiu há 3
meses, por todo o país. A par disso, estou em constante publicação na minha
página do facebook (https://www.facebook.com/andresousapaginaoficial/),
e a preparar um novo projeto, que alia várias coisas num mesmo livro.
D.P.: 23_Onde podem os leitores adquirir o seu livro?
A.S.:Os
leitores poderão adquirir o seu “Juro Amar-te” autografado, através do e-mail andresousaescritor@hotmail.com.
Além
disso, podem encontrar na Wook, Bertrand, Chiado Editora e algumas outras
livrarias de comércio local do norte ao sul do país.
D.P.: 24_Alguns conselhos para os novos escritores?
A.S.: O
principal e único conselho que deixo é que nunca desistam, por mais portas que
se fechem, por mais “nãos” que se oiçam. Há sempre um momento certo, um segundo
exato em que tudo acontece, em que tudo muda.
D.P.: 25_E, por fim, qual é para si o maior segredo do Universo?
A.S..: Amar
o que temos antes que a vida nos faça lamentar o que perdemos.
Opiniões do blogue a obras de André Sousa:
Para mais informações e para poder seguir o trabalho do autor, visite a sua página no Facebook: https://www.facebook.com/andresousapaginaoficial
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