Biografia:
Dud@ vive em Sines, Portugal, e a escrita é a sua paixão desde os doze anos. "Elfanos - O Legado" é o primeiro volume da coleção "Elfanos", cuja continuação já está a ser preparada.
Começo por deixar aqui o meu agradecimento à Dud@ por ter aceite a entrevista, por ter partilhado comigo o seu livro e por toda a simpatia e sinceridade com que enfrentou este pequeno desafio.
Entrevista:
Dream Pages (D.P.): 1_Quando começou a escrever?
Dud@ (D.): Eu comecei a escrever aos 12 anos, altura em que também comecei a ler. Foi um processo difícil no início, uma vez que era muito má a português.
D.P.: 2_Em que contexto surgiu o seu livro “Elfanos - O Legado”? Como é que surgiu a oportunidade de o publicar?
D.: A ideia surgiu-me quando estava no monte dos meus avós. Eu andava a passear numa zona afastada da casa deles e assustei-me com qualquer coisa. Desatei a correr até tropeçar e cair no chão. Algo fez curto-circuito na minha cabeça e lembro-me que fiquei ali, não sei quanto tempo, a pensar: “se fosse verdade que algo vinha atrás de mim, o que podia ser”? A partir daí, fui desenvolvendo a história: escrevi as personagens, fiz um esboço daquilo que podia vir a ser um livro (e veio mesmo!), mas depois acabei por guardar a ideia. Dentro de mim, eu sabia que ainda não era tempo de pegar nela; eu precisava de mais maturidade e, naquela altura, não a tinha. Por isso, resolvi esperar até agora.
A oportunidade de publicação surgiu quando encontrei a minha editora, a Capital Books. Desde o início que eles, os meus editores, acreditam em mim e ajudam-me em tudo o que podem. Acima de tudo, apoiam-me verdadeiramente.
D.P.: 3_De onde vêm as suas personagens? Identifica-se com alguma delas?
D.: As minhas personagens vêm da minha cabeça; todas foram inventadas.
Por enquanto, não me identifico com nenhuma delas; há coisas, claro, que teria feito como elas, ou fiz, mas não há aquela que eu poderia dizer: “sim, eu sou mais ou menos assim”. Quando estou a escrever, eu tento ser a personagem e não fazer com a personagem seja eu.
D.P.: 4_Como lida com as críticas ao seu trabalho?
D.: Há críticas e críticas. Eu gosto de
críticas que me ajudem a evoluir. De que me serve uma crítica positiva ou
negativa da qual não poderei tirar proveito algum? Coisas como: “gostei porque
sim”, ou, “não gostei porque não”, servem para mais alguma coisa sem ser para dizer
que a pessoa opinou sobre o assunto?
D.P.: 5_O que sente quando escreve? O que lhe dá mais prazer na escrita? Qual é a maior dificuldade que sente quando está a escrever?
D.: Quando estou a escrever, não sou eu; sou
o que preciso de ser, coisa que eu adoro. Basicamente, o meu corpo está ali, a
olhar para o computador, mas o meu espírito não está; está noutro sítio qualquer.
Chega ao caricato de, no final do dia, não fazer a mínima ideia do que andei a
escrever; simplesmente não me lembro.
A maior dificuldade que tenho é parar.
Nas horas das refeições estou sempre a dizer: “só mais cinco minutos”.
Obviamente, o meu sistema tem os minutos muito prolongados porque chega a
passar duas horas e eu ainda estou ali, à espera que os cinco minutos passem.
D.P.: 6_Tem algum ritual de escrita?
D.: Antes de começar, gosto de beber café e olhar para os planos delineados. Depois, à medida que vou avançando, vou comendo doces, que é o mais fácil de cozinhar, e verifico se as minhas chinchilas estão presas; chinchilas soltas enquanto eu escrevo é qualquer coisa como um apocalipse.
D.P.: 7_Para além de escrever, qual é o seu maior talento?
D.: Acho que é inventar histórias.
Frequentemente, esteja onde estiver, eu consigo criar uma história qualquer.
Chega a ser assustador porque, às vezes, eu perco-me mesmo nos meus
pensamentos.
D.P.: 8_Considera a escrita uma necessidade ou um passatempo?
D.: Houve tempos em que acreditava que era um
passatempo; hoje em dia, é uma necessidade tão importante como comer, dormir ou
ir à casa de banho. Nos dias em que não escrevo, por qualquer razão, parece que
eles não serviram para nada; foram em vão.
D.P.: 9_Prefere ler ou escrever?
D.: Não consigo ter preferência. Se comecei a
escrever, foi porque comecei a ler; se leio, dá-me vontade de escrever. Ambas
as coisas estão entrelaçadas.
D.P.: 10_O que pensa que seria do mundo sem livros?
D.: Seria
como são as pessoas que nunca leram, lêem e lerão nada: sem sonhos, sem graça.
D.P.: 11_Qual é o seu escritor favorito?
D.: Sem dúvida, J. R. Ward.
D.P: 12_Qual é o seu livro preferido?
D.: Essa é complicada! Talvez o “Na Sombra da
Noite”, de J. R. Ward, pois foi o primeiro livro que li dela.
D.P.: 13_Houve algum livro que a tenha feito olhar o mundo de forma diferente?
D.: Todos os livros que leio, e de que gosto,
fazem-me olhar o mundo de forma diferente. Todos eles têm algo a contar, algo a
dizer. Todos têm uma história diferente de tudo o que há, e é isso que os torna
tão especiais; mexem-me com o cérebro e com o coração.
D.P.: 14_Prefere o livro ou o filme?
D.: O livro, definitivamente. Aliás, eu se
ler um livro e gostar dele, caso ele saía em filme, não vou ver. Sei que não
vou gostar do filme, por muito bom que seja. Da mesma maneira que, se eu for
ver um filme e gostar, não vou ler o livro; a probabilidade de ficar a odiar o
filme é enorme.
D.P.: 15_Qual é a sua música preferida?
D.: Não faço a mínima ideia, sinceramente!
Talvez a “Bring Me To Life”, dos Evanescence, uma vez que foi a primeira música
que ouvi da banda, e eu adoro-a.
D.P.: 16_Costuma ouvir música quando está a escrever?
D.: Normalmente,
sim. Embora desligue a maior parte do tempo e não a oiço.
D.P.: 17_É fácil conciliar a escrita com o seu trabalho e a sua vida?
D.: Quando estava a estudar, era mais
complicado. Agora, como trabalho a partir de casa, já não é tão difícil. Em
relação à vida pessoal, admito que é pior porque passo muitas horas agarrada a
um teclado e nem sempre estou disposta a abandoná-lo. Isso nem sempre é fácil
de entender.
D.P.: 18_Qual é a sua citação favorita?
D.: “Lembra-te porque foste Escolhida”. Esta
frase foi-me dita num momento problemático da minha vida e eu nunca mais me
esqueci dela. É algo que me acompanha sempre e me dá força para continuar.
D.P.: 19_Quem/Qual é a sua fonte inspiração?
D.: Se há algo que me faz ter inspiração é
açúcar e café. Contudo, não costumo ter crises de inspiração em que não saí
nada. Raramente me acontece.
D.P.: 20_Qual é o seu maior sonho?
D.: O meu maior sonho é ser escritora
profissional; viver da escrita.
D.P.: 21_Qual é o seu lema de vida?
D.: “Os
sonhos vão até onde nós quisermos”.
D.P.: 22_Está a trabalhar em novos projetos? O que podem os leitores esperar para o futuro?
D.: Por agora, estou concentrada nos próximos
livros da saga “Elfanos”.
Para
o futuro, a certeza que posso dar é que eu ainda agora comecei, por isso, muita
coisa está para vir. Projectos engavetados são o que não me falta!
D.P.: 23_Onde podem os leitores adquirir o seu livro?
D.P.: 24_Alguns conselhos para os novos escritores?
D.: O melhor conselho que lhes posso dar é
que, se acreditam, vão à luta e nunca desistam. Não importa quantas negações
levem e quantas críticas negativas oiçam; vejam as coisas menos boas como uma
oportunidade para crescer e melhorar. Se vocês acreditam, vocês conseguem. Mais
tarde, ou mais cedo.
D.P.: 25_E, por fim, qual é para si o maior segredo do Universo?
D.: O maior segredo do Universo nunca será
desvendado pois deixaria de ser segredo. Se alguém conseguir desvendá-lo,
prepare-se para morrer. Um segredo é sempre um segredo!
Opiniões do blogue a obras de Dud@: