quarta-feira, 31 de outubro de 2018

#54 - Curi(livro)sidades

Sabia que...



...Michael Bond comprou o Urso Paddington em 1956? Bond sentiu-se triste pelo facto de o urso ser o único brinquedo nas prateleiras da loja na Véspera de Natal.

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Opinião sobre "Três Coroas Negras" (Três Coroas Negras #1) - Kendare Blake

Três Coroas Negras
(Três Coroas Negras #1)
(Artigo de Opinião)


Autora: Kendare Blake
Título Original: Three Dark Crowns (2016)
ISBN: 978-972-0-03036-8
Nº de páginas: 328
Editora: Porto Editora

Sinopse


    A CADA GERAÇÃO, NA OBSCURA ILHA DE FENNBIRN, NASCEM TRÊS IRMÃS GÉMEAS.


   Três rainhas herdeiras de um só trono, cada uma possuindo um poder mágico muito cobiçado. Mirabella é capaz de inflamar o incêndio mais violento ou a tempestade mais terrível. Katharine consegue ingerir um veneno mortal sem sentir os seus efeitos. De Arsinoe diz-se capaz de fazer florir a rosa mais vermelha e controlar o leão mais feroz.

   Mas para uma delas ser coroada rainha, não basta ter a linhagem certa. As trigémeas terão de conquistar o seu direito à coroa, lutando por ele… até à morte.

  Na noite em que as irmãs completam 16 anos, a batalha começa. E a rainha que sobreviver, conquistará a coroa!

Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião sincera


Opinião

      Começo por agradecer à Porto Editora pelo gentil envio do livro.

     Apesar de ter partido para a leitura já com altas expectativas - não só pelas intrigantes  promessas da sinopse, mas também pelas fantásticas opiniões que o livro tem recebido -, a verdade é que ainda assim não estava à espera de gostar tanto como gostei. Que livro espetacular!

    Na mágica ilha de Fennbirn, todas as gerações nascem três dotadas irmãs gémeas, fadadas a crescerem separadas até completarem 16 anos, altura em que terão de competir pelo trono e pela vida, sendo que, no final, só uma será coroada.

      Katherine é uma envenenadora e cresceu com a família Arron, habituada a ver testados em si os mais variados tipos de venenos, numa tentativa de a imunizar e de lhe despertar o dom que tarda em chegar. Arsinoe, naturalista, amadureceu com os Milone, aguardando o florescer da sua comunhão com a natureza e a chegada do seu Familiar, um animal com o qual sentirá uma profunda conexão. Só Mirabella, criada pelos Westood e protegida do templo de sacerdotisas, manifestou desde cedo o seu poder de elemental no controlo exímio dos elementos, mas nem por isso a tarefa de eliminar as irmãs se torna mais fácil.

     Quando o Festival Beltane chegar, as três irmãs terão de lutar pelo seu direito à coroa até à morte... e apenas a que sobreviver será a legítima rainha de Fennbirn. Qual delas terá o que é preciso para vencer?

    Este é um livro cujo início pode ser considerado um pouco lento, uma vez que corresponde à apresentação do mundo e das personagens, mas que não achei nada cansativo, muito pelo contrário: dá tempo ao leitor para se familiarizar com o universo criado pela autora. Com o avançar da história, os capítulos vão ficando mais curtos e a leitura torna-se cada vez mais rápida e compulsiva. A escrita de Kendare combina na perfeição com o ritmo exigido pela narrativa - oferece ao leitor a dose certa de pormenores para que este consiga imaginar vividamente as cenas descritas, mas sem perder a fluidez que embala a leitura.

    O original mundo que a autora nos apresenta é complexo e está muito bem construído. Gostei muito da sociedade e das suas regras, crenças, tradições e costumes, e agradou-me o facto de o papel de destaque ser  dado às mulheres, que são o sexo forte na ilha de Fennbirn. Além disso, talvez por não ser algo muito comum num livro do género fantástico - e ainda que não seja esse o ponto fulcral da história -, achei interessante que o sistema governamental não fosse isento de pressões políticas, havendo sempre alguém capaz de tudo para satisfazer e garantir os seus interesses.

    Outro ponto de que gostei muito foi de "espreitar" pormenores das histórias de rainhas antigas. Espero que nos próximos volumes nos seja mostrado mais sobre o passado destas regentes e sobre o que há para além dos limites da ilha, no continente.

    Dada a natureza da história e o facto de apenas uma das rainhas poder sobreviver, estava à espera que a autora encaminhasse a narrativa de modo a que nos sentíssemos claramente inclinados para uma favorita desde o início. Mas a verdade é que, ao narrar a história na terceira pessoa e ao oferecer as perspetivas das três jovens, Kendare Blake arquitetou a trama de forma a que o leitor se afeiçoe por todas elas, tornando-se complicado eleger uma favorita à vitória - pois todas têm personalidades fortes e distintas, cheias de qualidades e defeitos bem explorados. Além disso, a história não se foca apenas nas protagonistas, mas também nas pessoas que interagem com elas no dia a dia, e que, para além de assumirem também elas um papel importante, acabam por nos demonstrar um outro lado das rainhas.

   "Três Coroas Negras" é um livro com uma premissa cativante, um enredo extremamente interessante e personagens muito bem construídas. Carregado de intrigas inesperadas e de reviravoltas surpreendentes, é uma excelente leitura do início ao fim! Só me resta aguardar ansiosamente que a Porto Editora publique rapidamente os próximos volumes, porque, depois deste final, a espera vai ser dolorosa! Adorei, adorei, adorei!

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Imagine Dragons_Natural

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

#118 - Dá-lhe Letras

Autora: Lenora Bell
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Qual é o livro?

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Opinião sobre "Espada de Vidro" (Rainha Vermelha #2) - Victoria Aveyard

Espada de Vidro
(Rainha Vermelha #2)
(Artigo de Opinião)


Autora: Victoria Aveyard
Título Original: Red Queen (2015)
Tradução: Teresa Martins de Carvalho
ISBN: 978-989-637-848-6
Nº de páginas: 352
Editora: Saída de Emergência


Sinopse

     O novo e eletrificante capítulo da série Rainha Vermelha intensifica a luta de Mare Barrow contra a escuridão que cresceu na sua alma… 

O sangue de Mare Barrow é vermelho mas a sua capacidade Prateada, o poder de controlar os relâmpagos, transformou-a numa arma que a corte real tenta controlar. A coroa acusa-a de ser uma farsa, mas quando ela foge do príncipe Maven – o amigo que a traiu –, Mare faz uma descoberta surpreendente: ela não é a única da sua espécie.

     Perseguida por Maven, Mare parte para descobrir e recrutar outros combatentes Vermelhos e Prateados que se juntem à batalha contra os seus opressores. Mas Mare encontra-se num caminho mortífero, em risco de se tornar exatamente no tipo de monstro que está a tentar derrotar.

     Será que ela vai ceder sob o peso das vidas exigidas pela rebelião?

     Ou a traição e a deslealdade tê-la-ão endurecido para sempre?

Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Saída de Emergência em troca de uma opinião sincera


Opinião

      Começo por agradecer à Saída de Emergência pelo gentil envio do livro.

      Em "Espada de Vidro" voltamos ao mundo de Mare Barrow - uma sociedade em que a hierarquia se define pela cor do sangue e pelos poderes que esta acarreta. Temos os Vermelhos, o povo escravizado, à mercê dos caprichos dos Prateados, os poderosos do topo da cadeia. No entanto, há ainda um grupo de pessoas de sangue vermelho que possui uma mutação que lhes confere capacidades prateadas, os "sanguenovos", classe a que Mare pertence.
   
     Na continuação de "Rainha Vermelha", acompanhamos a jornada de Mare na procura dos outros sanguenovos, na sua tentativa de os salvar e de formar um exército capaz de combater o malvado rei Maven. Não constituísse já essa uma perigosa missão, a protagonista tem ainda de fazer escolhas que põem vidas em risco, enquanto tenta descobrir em quem pode  realmente confiar. Será Mare capaz de encontrar e proteger os outros sanguenovos antes que seja demasiado tarde para salvar o que quer que seja? E porá isso em causa a sua liberdade?

    No início, senti alguma dificuldade ao regressar ao mundo de Mare, não só por já não me recordar bem de alguns aspetos do livro anterior, mas principalmente porque este volume começa de forma algo lenta.

   O nível de complexidade aimenta inequivocamente. No entanto,  vários aspetos
 importantes ficaram por explorar. Se no primeiro livro assistimos à construção de um mundo, de uma sociedade, este segundo peca pelo facto de o foco incidir demasiado no plano de vingança da protagonista, sem que na verdade descubramos muito mais sobre as personagens e sobre os outros reinos.


      Se em "A Rainha Vermelha" senti que a protagonista tinha uma personalidade forte que combinava com o clima de opressão vivido pelo seu povo, já neste segundo livro achei a sua atitude demasiado egocêntrica. Por diversas vezes dei por mim algo irritada com o pedestal em que esta se colocava, bem como com as suas atitudes egoístas e o seu comportamento arrogante. Apesar de sentir alguma empatia pelo perigo que corre e de compreender alguma da sua sede vingativa, não gostei que deixasse que isso a cegasse e lhe toldasse o discernimento nalgumas decisões.


    A escrita de Victoria Aveyard mantém a capacidade de nos transportar para os cenários que descreve e de nos envolver no ambiente da trama durante a leitura. O que mais gostei neste livro foi, sem dúvida, o nível de ação: à medida que a narrativa progride, o ritmo dos acontecimentos vai-se tornando cada vez mais vertiginoso, o que, aliado à sensação de perigo constante, me fez que não querer pousar o livro, sempre na ânsia de saber o que iria acontecer a seguir.

     Tive pena que a rainha Elara não tenha ocupado um maior papel de destqdes, pois foi uma das personagens que mais curiosidade me suscitou no primeiro volume e que, no desenrolar da história, foi quase relevada para segundo plano neste segundo livro. Tambem gostava de ter visto mais cenas de Maven.

    "A Espada de Vidro" foi uma leitura que me cativou, ainda que não tenha satisfeito completamente as minhas expectativas, nomeadamente no que toca à evolução da protagonista. No entanto, continuo bastante curiosa com esta sociedade criada por Aveyard, e, depois deste final, mal posso esperar para pegar em "A Jaula do Rei".

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Look What You Made Me Do_Taylor Swift

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

#53 - Curi(livro)sidades

Sabia que...



...o primeiro livro de Neil Gaiman foi uma biografia sobre os Duran Duran, uma famosa banda inglesa de rock e new wave, e foi publicado em 1984?

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Opinião sobre "Águas Profundas" (Detective Erika Foster #3) - Robert Bryndza

Águas Profundas
(Detective Erika Foster #3)
(Artigo de Opinião)


Autor: Robert Bryndza
Título Original: Dark Water (2016)
ISBN: 978-989-999-338-9
Nº de páginas: 328
Editora: Alma dos Livros


Sinopse

    Debaixo de água, o corpo afundou-se rapidamente. Ali permaneceu, imóvel e imperturbável durante muitos anos, mas, lá em cima, fora de água, o pesadelo estava apenas a começar.

Quando a detetive Erika Foster recebe uma denúncia anónima informando que uma prova fundamental relacionada com um caso de narcóticos estava escondida numa pedreira abandonada nos arredores de Londres, ela manda investigar a pista. No espesso lodo das águas encontram as drogas que procuravam, mas também os restos mortais de uma criança pequena. O esqueleto é rapidamente identificado como Jessica Collins, a menina de sete anos que fizera as manchetes das notícias vinte e seis anos antes.

   Ao mesmo tempo que tenta juntar provas novas à investigação, Erika depara-se com uma família que guarda muitos segredos, uma detetive atormentada pelo fracasso e a morte misteriosa de um homem que vivia junto à pedreira. 

   Será o assassino alguém dos elementos mais próximos da menina? Há quem não deseje ver o caso resolvido. E tudo fará para impedir Erika de descobrir a verdade.

Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Alma dos Livros em troca de uma opinião sincera


Opinião

      Começo por agradecer à Alma dos Livros pelo gentil envio do livro.

      Depois de "A Rapariga no Gelo" e a "A Sombra da Noite", Robert Bryndza apresenta-nos "Águas Profundas", o terceiro livro da série Detective Erika Foster, e que se debruça sobre o caso de uma menina desaparecida.

     A trabalhar num novo departamento, Erika Foster recebe uma chamada anónima relacionada com o caso de narcóticos que está a investigar, e que indica que a droga procurada estará escondida no fundo de uma pedreira abandonada. Quando a equipa de mergulhadores começa a explorar o local, algo mais trágico acaba por vir à superfície: os restos mortais de uma criança, posteriormente identificada como Jessica Collins, uma menina dada como desaparecida 26 anos antes.

      Chocada com o triste desfecho da criança, Erika promete a si mesma descobrir a verdade por detrás do seu estranho desaparecimento e consequente assassinato. No entanto, à medida que se vai afundando no caso que, inicialmente, parecia um beco sem saída, a inspetora começa a desenterrar segredos, e há quem esteja disposto a tudo para que estes não venham à tona. Conseguirá Erika solucionar o mistério por detrás da morte da menina e dar algum descanso à família?

        Ao fim de três livros, penso que é seguro afirmar que o ponto alto de Robert Bryndza é, sem dúvida, a sua magnífica capacidade de gerir o ritmo e o suspense. O equilíbrio perfeito entre as cenas de maior ação, os impasses e a vida pessoal da protagonista fazem-nos agarrar à história, na ânsia de saber o que se seguirá.

     E a verdade é que este foi um livro que me cativou do início ao fim! O facto de o caso se centrar no desaparecimento de uma criança torna a trama mais sombria e pesada, mas, ao mesmo tempo, estranhamente atrativa. Além disso, achei super interessante acompanhar a resolução do desaparecimento de uma menina tantos anos após o acontecimento propriamente dito, principalmente quando as pistas são extremamente escassas e apontam em direções aparentemente sem saída.

    Também gostei da forma como o autor retratou o impacto que um caso desta dimensão pode ter na carreira e na vida de uma agente policial. Amanda Baker foi a inspetora responsável pelo caso do desaparecimento de Jessica, há 26 anos, e a pressão interna e mediática relativamente à falta de resultados acabou por fazer dela o bode expiátorio para o insucesso obtido, levando esta no presente uma existência decadente e desregrada.

     A disfuncional família de Jessica também assume um papel central na história, uma vez que é o ponto de conexão entre o passado e o presente, e rapidamente percebemos os danos irreparáveis causados pelo desaparecimento da menina, os segredos e as feridas ainda por sarar, mesmo passados tantos anos. Gostei bastante que o autor tivesse explorado este lado dos que ficam para trás, dos que se recusam a esquecer e dos que precisam a todo o custo de seguir em frente.

     Cada vez gosto mais da protagonista. Ainda que nos volumes anteriores tenha achado Erika um pouco fria, o fortificar das relações com os seus colegas tem mostrado uma outra faceta sua, mais humana e calorosa. Numa fase mais resolvida do luto, é bom começar a ver a sua abertura a uma possível nova relação, e é interessante ver explorado o seu lado mais frágil e carente. 

     "Águas Profundas" é um livro um pouco mais sombrio, um mistério intrigante tecido com mestria numa intrincada rede de acontecimentos, segredos e mentiras. Com o ritmo vertiginoso a que o autor já nos habituou, é um policial envolvente e surpreendente. Mal posso esperar para pegar em "O Último Fôlego"! Recomendo realmente esta série!


Opinião sobre outros livros de Robert Bryndza:

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: John Mayer_Free Fallin'

#117 - Dá-lhe Letras

Autora: Phoebe Locke
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Qual é o livro?

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Opinião sobre "Antes de Ires" - Clare Swatman

Antes de Ires
(Artigo de Opinião)


Autora: Clare Swatman
Título Original: Before You Go (2017)
ISBN: 978-989-6579-258
Nº de páginas: 304
Editora: Editorial Planeta


Sinopse

    Um romance para todos aqueles que acreditam no poder do amor, e que acreditam que nunca é tarde de mais para mudar as coisas.

ENCONTRA A SUA ALMA GÉMEA...
     Há pessoas que passam anos a ver o amor à sua frente antes de o descobrirem. Zoe e Ed fizeram, com mais ou menos tropeções, o seu caminho até à idade adulta, cada qual pelo seu trilho... mas sempre na mesma direção. Anos mais tarde, depois de terem navegado por empregos que não levavam a parte nehuma e caóticas partilhas de apartamentos, o amor floresce finalmente. O futuro juntos parece ponto assente...

ENTÃO ACONTECE O IMPENSÁVEL.
    Uma manhã, a caminho do trabalho, Ed é derrubado da sua bicicleta e morre. E Zoe tem de arranjar maneira de sobreviver. Mas não está preparada para abrir mão das suas recordações. Como pode esquecer os tempos felizes, o primeiro beijo, tudo o que construíram juntos? Zoe decide que tem de dizer a Ed todas as coisas que nunca disse.

SÓ QUE AGORA É DEMASIADO TARDE. OU NÃO SERÁ?

Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Editorial Planeta em troca de uma opinião sincera


Opinião

      Começo por agradecer à Editorial Planeta pelo gentil envio do livro.

     "Antes de Ires" é um romance que começa pelo final. Zoe e Ed são um casal cuja relação está a atravessar uma fase difícil, cada vez mais à beira da estagnação.

    Numa manhã em que o clima entre os dois estava algo tenso, Ed sai para o trabalho e sofre um acidente, acabando por falecer. Quando Zoe recebe a notícia da morte do marido, sente que o chão lhe foge dos pés e que o mundo perdeu o sentido, e deseja ardentemente voltar atrás e ter uma segunda oportunidade para resolver os problemas com Ed e dizer o quanto o amava.

     E eis que Zoe tem também um pequeno acidente e, quando acorda, recuou 20 anos no tempo, até ao dia em que conheceu Ed. Vai poder reviver dias que foram pontos chave e que marcaram a sua relação com Ed, na esperança de que, mudando pequenas coisas, consiga fugir ao triste final da sua história. Mas, mais do que isso, é uma oportunidade de identificar o que correu mal e de se lembrar do porquê de amar tanto Ed. Será que os seus esforços serão suficientes para salvar Ed? Terão as suas ações no passado uma repercussão para um final diferente no futuro?

    Esta é uma leitura leve e agradável, apesar das circunstâncias. Assistimos à construção de uma bonita história de amor, naturalmente pautada por altos e baixos, e, à medida que acompanhamos a protagonista no caminho pelas suas memórias e vemos os seus esforços por fazer melhor, vemo-la reapaixonar-se pelo marido nas pequenas cenas do dia a dia.

     Na minha opinião, o único problema do livro é não conseguir fugir à previsibilidade. Este é um romance com alguns clichês e que, excetuando um pequeno plot twist no final, acaba por não surpreender particularmente. Além disso, leitor acaba por ficar na dúvida se o tempo voltou realmente atrás ou se o que Zoe vivenciou foi resultado do coma.

   O elemento de que mais gostei foi mesmo o ver representados os problemas comuns e as escolhas com que as pessoas se deparam na vida real - seja a decisão de priorizar a carreira, a altura certa para ter ou não filhos - e ainda o problema da infertilidade -, ou simplesmente o deixar-se entrar na rotina. É fácil revermo-nos nestas facetas tão próprias de uma relação - e da vida.

     Saliento ainda o facto de este livro nos fazer refletir ao relembrar-nos de que o felizes para sempre geralmente não é tão grande como gostaríamos e que cabe a cada um de nós aproveitar o presente da melhor forma possível, pois quantos não adiámos já desejos e decisões, na ilusão de termos o tempo como garantido?

     "Antes de Ires" é um romance que fala sobre segundas oportunidades e que deixa uma importante mensagem sobre a fragilidade da vida e a consequente necessidade de não deixar nada por dizer ou por fazer, porque o fim é sempre uma incógnita. É uma leitura que nos relembra que somos feitos de momentos e que devemos aproveitar cada um deles como se fosse o último. Uma boa leitura, portanto.


 Música que aconselho para acompanhar a leitura: James Bay_Let it Go

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Opinião sobre "Se conhecessem a minha irmã" - Michelle Adams

Se Conhecessem a Minha Irmã
(Artigo de Opinião)


Autora: Michelle Adams
Título Original: My Sister (2017)
ISBN: 978-989-6579-142
Nº de páginas: 312
Editora: Editorial Planeta


Sinopse

    Duas irmãs, duas vidas separadas.
    
     Uma família marcada por um segredo angustiante.

    Durante toda a vida ela pensou que foi dada porque a família não a desejava.
 
     Mas e se a verdade é algo muito pior?

     Uma história que revela como os laços e segredos de família podem ser letais. 

     Arrepiante e trágica na mesma medida.



Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Editorial Planeta em troca de uma opinião sincera


Opinião

      Começo por agradecer à Editorial Planeta pelo gentil envio do livro.

      "Se conhecessem a minha irmã", livro de estreia de Michelle Adams, apresenta-nos a doentia relação de duas irmãs unidas por misteriosos segredos do passado. 

    Com 3 anos de idade, Irini Harringford foi abandonada pelos pais aos cuidados dos tios, que a criaram, resultando também na separação da sua irmã Elle, que permaneceu com os progenitores. Crescendo sempre algo insegura por ter sido preterida pelas pessoas que mais a deveriam ter amado, Irini não compreende o motivo pelo qual foi afastada e sente que essa é uma importante peça em falta no puzzle da sua vida.

    Quando recebe uma chamada de Elle, de quem tenta fugir há anos, a dizer que a mãe morreu e a insistir consigo para ir ao funeral, Irini vê-se a regressar ao imponente e sombrio casarão da família, em Horton, pronta para tentar desvendar alguns dos segredos do seu passado. No entanto, a aproximação da maníaca Elle  pode revelar-se mais perigosa do que Irini inicialmente pensara: a suspeita morte do pai uns dias depois da sua chegada, a relutância das pessoas da vila em falar sobre a sua família e os episódios histriónicos protagonizados por Elle indiciam que há algo abaixo da superfície que tem de descobrir, mas que lhe pode ser quase fatal. Estará a sua vida em perigo, ou estarão trocados os papéis de vítima e de agressor?

    Este é um livro que começa com um clima estranho e termina num ambiente macabro, quase aterrador. Consoante mergulhamos nos segredos desta família disfuncional e começamos a desintrincar a complexa teia que constitui o seu passado, sentimos o instilar do medo e de uma sensação de perigo iminente. Adorei o facto de o livro me ter realmente conseguido provocar este tipo de reações de sobressalto, sentindo que, por vezes, a leitura se tornava quase claustrofóbica.

    Gostei bastante de tentar compreender a relação entre Irini e Elle - nomeadamente através dos flashbacks que nos mostram a primeira aproximação entre as duas irmãs. A personalidade manipulativa de Elle aliada à dependência emocional de Irini e à sua inconsciente procura de aceitação resultam numa relação nociva, perturbadoramente oscilante entre o amor e o ódio, a distância e a proximidade.

   "Se conhecessem a minha irmã" é um livro misterioso, pautado por sombrios segredos e surpreendentes reviravoltas, e que prende do princípio ao fim - e o final é tudo o que o livro promete e muito mais!  Cheio de suspense, mantém o leitor agarrado, temendo pela vida da protagonista e ansiado por descobrir a verdade - que, tal como na vida, nunca é tão simples como parece. Gostei muito e recomendo!
    
 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Sierra Burgess is a Loser (Shannon Purser)_Sunflower

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

#52 - Curi(livro)sidades

Sabia que...



...William Makepeace Thackeray emocionou-se tanto com o romance Jane Eyre, de Charlotte Brontë, que se desfez em lágrimas à frente do seu mordomo?

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

#116 - Dá-lhe Letras

Autora: Jodi Picoult
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Qual é o livro?

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Opinião sobre "Os Altos e Baixos do Meu Coração" - Becky Albertalli

Os Altos e Baixos do Meu Coração
(Artigo de Opinião)


Autora: Becky Albertalli
Título Original: The Upside of Unrequited (2017)
ISBN: 978-972-0-03034-4
Nº de páginas: 288
Editora: Porto Editora


Sinopse

    Aos 17 anos, Molly sabe tudo o que há para saber sobre o amor não correspondido. É que a jovem já se apaixonou 27 vezes, mas sempre em segredo. E por mais que a irmã gémea, Cassie, lhe diga para ter juízo, Molly tem sempre cuidado. É melhor ter cuidado do que sofrer.

   Quando Cassie se apaixona, a sua nova relação traz um novo círculo de amigos. Dele faz parte Will, que é engraçado, namoradeiro e um excelente candidato a primeiro namorado da Molly.

    Mas há um problema: o colega de Molly, Reid, um cromo e fã incondicional de Tolkien, por quem ela jamais se apaixonaria… certo?

    Uma história divertida e comovente sobre primeiros amores e a importância de sermos fiéis a nós mesmos.



Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião sincera


Opinião

      Começo por agradecer à Porto Editora pelo gentil envio do livro.

     Apesar de ter gostado do primeiro livro que li de Becky Albertalli, "Simon Contra O Mundo", a verdade é que o achei, por vezes, um pouco infantil. Por isso, foi num misto de receio e curiosidade que parti para a leitura de "Os Altos e Baixos do Meu Coração" - e tenho desde já a dizer que gostei muito!

    Aos 17 anos, Molly Peskin-Suso anseia por descobrir o amor. Com uma fraca autoestima, em parte devido à sua aparência - e mais precisamente ao excesso de peso -, já se apaixonou 26 vezes, mas optou sempre por se resguardar, mantendo em segredo os seus sentimentos, por medo de ser rejeitada. 

    Além disso, Cassie, a sua irmã gémea, é exatamente o seu oposto - loura, magra, alta e confiante, é uma rapariga decidida e bem resolvida. Quando Cassie se apaixona por Mina, o círculo de amigos de Molly aumenta e ela conhece Will, um rapaz bonito e divertido que se mostra aparentemente interessado. No entanto, Reid, o seu nerd colega de trabalho, começa também a ocupar um espacinho no seu coração... Poderá algum deles vir a ser a paixão número 27, ou, quiçá, até algo mais? Ou continuará Molly a proteger-se, com receio de sair magoada?

    Molly é uma personagem que conquista. A sua insegurança e fragilidade emocional no campo amoroso, aliadas à doçura de uma adolescente que ainda está a tentar compreender o seu lugar no mundo, fizeram-me apaixonar por Molly. É muito fácil identificarmo-nos com os seus medos e com os seus pensamentos, o que faz com que torçamos para que o seus desejos se realizem.

    Gostei muito da família de Molly e do clima de compreensão, aceitação, suporte e respeito uns pelos outros. Também me agradou ver a evolução da relação dela com a irmã, Cassie, depois desta última arranjar uma namorada - o sentimento de perda, de ter de partilhar uma pessoa que sempre foi tão nossa, de ficar para trás - e o caminho de aprendizagem das duas até conseguirem adaptar a sua relação à entrada de novos elementos.

      A escrita de Becky Albertalli combina na perfeição com a história: bonita e fácil de ler, pontuada por momentos divertidos e por reflexões com que nos identificamos. Além disso, gostei bastante da diversidade de personagens que a autora criou, levando, de uma forma suave, à desmistificação de preconceitos.

      O que tenho a apontar como aspeto menos positivo deste livro são aqueles clichês a que, em geral, os YA não conseguem fugir - a inevitável previsibilidade e a facilidade romantizada em ultrapassar os obstáculos - e que podem retirar alguma naturalidade à história. Mas a verdade é que o encanto de acompanhar a protagonista neste caminho de autoaceitação e descoberta é tal, que arrisco dizer que estranharia mais a ausência destas características próprias do género do que a sua presença.

    "Os Altos e Baixos do Meu Coração" é um livro fofo e amoroso, que nos envolve numa teia de compreensão, emoções, aceitação, descoberta, diversidade e de todos esses elementos tão próprios de uma época tão complexa como a adolescência. Uma leitura que teve quase um efeito de catarse, passa ainda uma mensagem importante de aceitação e respeito por nós mesmos e pelos outros, porque todos merecemos esse bem tão valioso e aparentemente tão frágil que é o amor. Recomendo!


 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Sierra Burgess is a Loser (Shannon Purser)_Sunflower

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

#50 - Curi(livro)sidades

Sabia que...



...quando ficava hospedado num hotel, Hans Christian Andersen carregava sempre consigo um rolo de corda, no caso de precisar de escapar de um incêndio?


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

#114 - Dá-lhe Letras

Autora: Taylor Jenkins Reid
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Qual é o livro?