quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Opinião sobre "Espada de Vidro" (Rainha Vermelha #2) - Victoria Aveyard

Espada de Vidro
(Rainha Vermelha #2)
(Artigo de Opinião)


Autora: Victoria Aveyard
Título Original: Red Queen (2015)
Tradução: Teresa Martins de Carvalho
ISBN: 978-989-637-848-6
Nº de páginas: 352
Editora: Saída de Emergência


Sinopse

     O novo e eletrificante capítulo da série Rainha Vermelha intensifica a luta de Mare Barrow contra a escuridão que cresceu na sua alma… 

O sangue de Mare Barrow é vermelho mas a sua capacidade Prateada, o poder de controlar os relâmpagos, transformou-a numa arma que a corte real tenta controlar. A coroa acusa-a de ser uma farsa, mas quando ela foge do príncipe Maven – o amigo que a traiu –, Mare faz uma descoberta surpreendente: ela não é a única da sua espécie.

     Perseguida por Maven, Mare parte para descobrir e recrutar outros combatentes Vermelhos e Prateados que se juntem à batalha contra os seus opressores. Mas Mare encontra-se num caminho mortífero, em risco de se tornar exatamente no tipo de monstro que está a tentar derrotar.

     Será que ela vai ceder sob o peso das vidas exigidas pela rebelião?

     Ou a traição e a deslealdade tê-la-ão endurecido para sempre?

Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Saída de Emergência em troca de uma opinião sincera


Opinião

      Começo por agradecer à Saída de Emergência pelo gentil envio do livro.

      Em "Espada de Vidro" voltamos ao mundo de Mare Barrow - uma sociedade em que a hierarquia se define pela cor do sangue e pelos poderes que esta acarreta. Temos os Vermelhos, o povo escravizado, à mercê dos caprichos dos Prateados, os poderosos do topo da cadeia. No entanto, há ainda um grupo de pessoas de sangue vermelho que possui uma mutação que lhes confere capacidades prateadas, os "sanguenovos", classe a que Mare pertence.
   
     Na continuação de "Rainha Vermelha", acompanhamos a jornada de Mare na procura dos outros sanguenovos, na sua tentativa de os salvar e de formar um exército capaz de combater o malvado rei Maven. Não constituísse já essa uma perigosa missão, a protagonista tem ainda de fazer escolhas que põem vidas em risco, enquanto tenta descobrir em quem pode  realmente confiar. Será Mare capaz de encontrar e proteger os outros sanguenovos antes que seja demasiado tarde para salvar o que quer que seja? E porá isso em causa a sua liberdade?

    No início, senti alguma dificuldade ao regressar ao mundo de Mare, não só por já não me recordar bem de alguns aspetos do livro anterior, mas principalmente porque este volume começa de forma algo lenta.

   O nível de complexidade aimenta inequivocamente. No entanto,  vários aspetos
 importantes ficaram por explorar. Se no primeiro livro assistimos à construção de um mundo, de uma sociedade, este segundo peca pelo facto de o foco incidir demasiado no plano de vingança da protagonista, sem que na verdade descubramos muito mais sobre as personagens e sobre os outros reinos.


      Se em "A Rainha Vermelha" senti que a protagonista tinha uma personalidade forte que combinava com o clima de opressão vivido pelo seu povo, já neste segundo livro achei a sua atitude demasiado egocêntrica. Por diversas vezes dei por mim algo irritada com o pedestal em que esta se colocava, bem como com as suas atitudes egoístas e o seu comportamento arrogante. Apesar de sentir alguma empatia pelo perigo que corre e de compreender alguma da sua sede vingativa, não gostei que deixasse que isso a cegasse e lhe toldasse o discernimento nalgumas decisões.


    A escrita de Victoria Aveyard mantém a capacidade de nos transportar para os cenários que descreve e de nos envolver no ambiente da trama durante a leitura. O que mais gostei neste livro foi, sem dúvida, o nível de ação: à medida que a narrativa progride, o ritmo dos acontecimentos vai-se tornando cada vez mais vertiginoso, o que, aliado à sensação de perigo constante, me fez que não querer pousar o livro, sempre na ânsia de saber o que iria acontecer a seguir.

     Tive pena que a rainha Elara não tenha ocupado um maior papel de destqdes, pois foi uma das personagens que mais curiosidade me suscitou no primeiro volume e que, no desenrolar da história, foi quase relevada para segundo plano neste segundo livro. Tambem gostava de ter visto mais cenas de Maven.

    "A Espada de Vidro" foi uma leitura que me cativou, ainda que não tenha satisfeito completamente as minhas expectativas, nomeadamente no que toca à evolução da protagonista. No entanto, continuo bastante curiosa com esta sociedade criada por Aveyard, e, depois deste final, mal posso esperar para pegar em "A Jaula do Rei".

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Look What You Made Me Do_Taylor Swift

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