(Artigo de Opinião)
Autora: Ana Simão
ISBN: 978-989-754-267-1
Nº de páginas: 224
Nº de páginas: 224
Editora: Marcador
Sinopse
Uma ilha onde nada acontece.
Uma premonição.
Um destino implacável.
Uma jovem apaixonada por um homem mais velho.
Um farol cheio de segredos.
Uma história única.
O que separa o amor do resto do mundo?
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Marcador Editora em troca de uma opinião sincera
Começo por agradecer à editora Marcador pelo gentil envio deste livro.
Ana Simão apresenta-nos "Naquela Ilha", um livro com uma capa bonita e apelativa, e cuja ação se desenrola em território nacional - entre a costa de Peniche e a ilha da Berlenga - e que se foca no romance de Giovana e Leonardo.
Giovana é uma jovem de vinte e três anos cujo coração pertence à ilha da Berlenga. Dá aulas de mergulho, tentando adiar ao máximo a proposta dos pais para trabalhar como bióloga no estrangeiro, pois não se quer separar da terra que tão bem conhece e que tanto ama. E a paixão por Leonardo vem reforçar os motivos que a prendem àquele local tão belo e puro.
Leonardo, um homem com quase cinquenta anos, deprimido com o doloroso final de um casamento de vários anos, vê com agrado a possibilidade de se isolar na Berlenga, quando é destacado para trabalhar no farol Duque de Bragança, que fica na ilha. Solitário, vê a sua vida mudar quando conhece Giovana, uma jovem cheia de vida, por quem se apaixona perdidamente.
A forma como os protagonistas se conhecem é, simultaneamente, improvável e mágica: a atração instantânea que ambos sentem é um pouco forçada e previsível, mas cria uma aura quase mística em torno da relação do casal. O amor que vão construindo é platónico e transmite a ideia de que não existem barreiras no que toca aos assuntos do coração, acabando a história por abordar o tema do preconceito das relações entre duas pessoas com grande diferença de idades. Esse aspeto agradou-me, uma vez que gosto quando os livros trazem uma mensagem subjacente e contribuem para a mudança de mentalidades.
Apesar de, desde o início, sermos preparados - através de uma premonição - para o desfecho do livro, fiquei surpreendida com o desenlace algo aberto das personagens e, mesmo não tendo conseguido criar uma empatia especial por nenhuma delas, fiquei satisfeita com o rumo da história e com o que a autora deixa reservado à imaginação do leitor
Inicialmente, estranhei um pouco o estilo da escrita: causou-me alguma confusão a súbita alternância entre as perspetivas dos protagonistas e entre os relatos na primeira e na terceira pessoa, sem qualquer marca de separação. A autora repete ainda algumas expressões várias vezes ao longo do livro e, embora se justifique essa repetição em muitas dessas situações, a leitura acaba por tornar-se um pouco cansativa. No entanto, achei positivo o facto de a trama nos ser servida em capítulos curtos.
Nota-se o trabalho de pesquisa de Ana Simão através dos factos e dados históricos sobre a Berlenga que vamos encontrando entrelaçados na narrativa. Além disso, a forma como os cenários são descritos permite que, mesmo o leitor não conhecendo a ilha, consiga imaginar a beleza dos locais.
Música que aconselho para acompanhar a leitura: Love Story_Taylor Swift
(https://www.youtube.com/watch?v=8xg3vE8Ie_E)
(https://www.youtube.com/watch?v=8xg3vE8Ie_E)
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