segunda-feira, 31 de agosto de 2020
sábado, 29 de agosto de 2020
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Opinião sobre "A Morte e Outros Finais Felizes" - Melanie Cantor
(Artigo de Opinião)
Autora: Melanie Cantor
Título Original: Death and Other Happy Endings (2019)
ISBN: 978-972-0-03342-0
Nº de páginas: 360
Nº de páginas: 360
Editora: Porto Editora
Sinopse
Nada como receber a notícia de que temos os dias contados para percebermos o que é realmente importante.
Quando Jennifer Cole descobre que tem apenas três meses de vida, decide escrever três cartas: uma para irmã egoísta e arrogante, outra para o ex-marido traidor e amoral e a terceira para o seu charmoso, mas pouco confiável, ex-namorado. As cartas expressam tudo o que ela sempre quis dizer, mas nunca teve coragem. Embora temendo as piores reações, Jennifer reconhece que os desabafos lhe retiraram um enorme peso dos ombros e sente-se mais leve e tranquila.
Mas, como ela em breve descobrirá, a verdade tem formas muito interessantes de nos surpreender. E a morte também.
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião sincera
Opinião
Começo por agradecer à Porto Editora pelo gentil envio do livro.
Quando Jennifer Cole, de 43 anos, vai ao médico por causa do cansaço que tem vindo a sentir nos últimos tempos, está longe de imaginar a horrível notícia que a espera: tem uma doença hematológica rara que, infelizmente, é fatal, e só lhe restam 3 meses de vida.
Quando Jennifer Cole, de 43 anos, vai ao médico por causa do cansaço que tem vindo a sentir nos últimos tempos, está longe de imaginar a horrível notícia que a espera: tem uma doença hematológica rara que, infelizmente, é fatal, e só lhe restam 3 meses de vida.
Ainda em estado de choque, acaba por seguir o conselho da melhor amiga e enviar uma carta a 3 pessoas que a desiludiram e a quem sente ter ainda coisas para dizer: a irmã, individualista e presunçosa; o ex-marido, que a trocou num momento em que estava mais frágil; e o ex-namorado, pouco transparente, mas de quem sente ainda saudades.
Mais serena e aliviada por ter tentado resolver desacatos do passado, Jennifer decide aproveitar os dias que lhe restam com tranquilidade, decidida a manter a normalidade até ao final. Mas a vida dá muitas voltas... e a morte também.
Parti para esta leitura com grandes expetativas e confesso que estava à espera de algo diferente. Não só demorei algum tempo a entrar na história, como, apesar do momento de vulnerabilidade que atravessa, não consegui criar empatia imediata com a protagonista. Apesar da premissa de "pessoa descobre que vai morrer" não ser já propriamente original, estava curiosa para ver como Melanie Cantor ia explorar o tema, descobrindo-lhe talvez um novo ângulo, e fiquei um pouco desiludida por não ter encontrado nada de particularmente refrescante.
Escrita com uma boa dose de humor, a história tem algumas reviravoltas interessantes, que, não me tendo apanhado de surpresa, ainda assim dão um rumo engraçado à narrativa. Com uns momentos mais ternos e outros mais introspetivos, o que me desapontou foi sentir que era tudo um bocado morno e já expectável.
A morte é abordada de uma forma suave, recorrendo muitas vezes ao sarcasmo da protagonista, e o confronto com a situação que esta atravessa leva-nos também a nós, leitores, a refletir sobre a importância que damos às coisas do quotidiano, e sobre os rancores que guardamos durante anos por situações que, com uma boa conversa, até seriam fáceis de resolver.
O que mais gostei neste livro foi a evolução dos relacionamentos de Jennifer, tanto os do foro amoroso, como também as relações de amizade e familiares - principalmente o desabrochar do seu vínculo com a irmã. Também achei giro ver como a personalidade da protagonista se foi transformando à medida que a história avançava, tornando-se mais desprendida e bem resolvida, embora por vezes tenha achado o seu discurso um pouco repetitivo e supérfluo.
Música que aconselho para acompanhar a leitura: Powfu ft. beabadoobee_death bed
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
sábado, 22 de agosto de 2020
quinta-feira, 20 de agosto de 2020
Opinião sobre "A Rapariga Que Sobreviveu" (Agente Especial Tess Winnett #2) - Leslie Wolfe
(Artigo de Opinião)
Autora: Leslie Wolfe
Título Original: The Watson Girl (2017)
ISBN: 9789898999115
Nº de páginas: 320
Nº de páginas: 320
Editora: Alma dos Livros
Sinopse
Laura testemunhou a morte da família, mas o choque apagou-lhe da memória tudo o que aconteceu nessa fatídica noite. O assassino pode ser qualquer pessoa. Enquanto a polícia procura que ela se recorde do que sucedeu, o homicida vai tentar matar a única testemunha viva do crime: ela.
Por puro instinto de sobrevivência, a menina de cinco anos escondeu- se até que os gritos acabassem. A seguir, um silêncio mortal invadiu a casa. Isto foi há quinze anos. Durante esse tempo, Laura Watson acreditou que o assassino da família se encontrava preso, aguardando a execução no corredor da morte. Mas, enquanto tenta seguir com a vida junto da família adotiva, não consegue libertar-se do medo e da incerteza de um dia se lembrar do que ocorreu. Quando uma aclamada psicóloga propõe a Laura ajudá-la a recuperar as lembranças, ela aceita, ansiosa por lançar alguma luz sobre o seu passado adormecido.
O que não sabe é que, quanto mais mergulha nas memórias, mais se torna um alvo para o assassino, que está à solta e não pode permitir que a verdade seja desvendada.
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Alma dos Livros em troca de uma opinião sincera
Opinião
Começo por agradecer à Alma dos Livros pelo gentil envio do livro.
Segundo volume da série protagonizada pela Agente Especial Tess Winnet (podem ler a minha opinião sobre o primeiro livro, "A Rapariga Sem Nome", aqui), "A Rapariga Que Sobreviveu" foi uma leitura que não correspondeu totalmente às minhas expetativas...
Com apenas 5 anos, Laura Watson testemunhou a morte de toda a sua família às mãos de um assassino cruel, sobrevivendo por se ter escondido do atirador. Agora, 15 anos mais tarde, Laura refez a sua vida, mas continua, no seu íntimo, atormentada por não conseguir recordar-se do que aconteceu naquela trágica noite.
A Agente Especial Tess Winnet é enviada ao corredor da morte para rever os pormenores dos casos de que é acusado o "Homem de Família" - a quem é também atribuído o assassinato da família Watson -, e cuja data de execução está próxima. E é aí que, ao falar com o serial killer, a detetive percebe que há pontos nas investigações que não batem certo, e surgem revelações que vão mudar tudo.
E eis que, quando uma conhecida psicóloga propõe a Laura ajudá-la a recuperar as suas memórias, expondo-a em público, Tess sabe que a jovem acabou de se tornar um alvo para um assassino que poderá ainda estar à solta...
Neste livro reencontramos Tess Winnet, ainda a recuperar dos acontecimentos do final do primeiro livro, mas já pronta para voltar a pôr mãos à obra. Tess é uma personagem cujo humor sarcástico e inabilidade social me agradam bastante, mas que gostava que tivesse crescido mais neste livro. Se, no primeiro volume, achei que a autora revelou em demasia o passado da protagonista, neste segundo volume gostava que tivesse havido um maior destaque da sua vida pessoal. Continuo interessada em acompanhar Tess em futuros livros e estou curiosa para saber de que forma Wolfe vai fazer evoluir a personagem.
A premissa deste livro - uma jovem sobrevivente que não se lembra da noite em que a sua família foi assassinada, e a dúvida sobre se terá havido algum erro na investigação desse crime - é interessante e desperta a atenção. No entanto, durante a leitura, fiquei sempre com a sensação de que o potencial da história estava a ser mal aproveitado, que havia outros ângulos mais interessantes por explorar, nomeadamente o do "Homem de Família" (adorava ter lido mais sobre ele).
Os capítulos que vamos encontrando, alternadamente, escritos sob a perspetiva do assassino, foram o ponto que mais me agradou neste livro. Gostei que a autora tivesse explorado os aspetos da psique, bem como os seus métodos e motivações, e nota-se, efetivamente, algum trabalho de pesquisa nestas áreas, embora nem todas as explicações me tenham convencido.
Acho que o livro pecou, essencialmente, pela falta de personagens. Sendo este um policial, creio ser necessário um leque mais amplo de personagens, para que também o leitor faça aquele "jogo" de tentar adivinhar o culpado. Aquilo que mais me desiludiu foi a previsibilidade, visto que, logo no início, adivinhei quem era o assassino, e passei o resto da leitura a pensar "não pode ser, isto vai dar uma volta, tenho de estar errada". Na minha opinião, devia ter havido, da parte de Leslie Wolfe, um maior esforço para "encobrir" a identidade do culpado durante mais tempo, e o final, que foi um pouco apressado, deixou algumas pontas soltas.
Outro ponto que, embora não me tenha desiludido particularmente, acho que pode defraudar as expetativas de alguns leitores: na sinopse é referida uma psicóloga que promete a Laura ajudá-la a recuperar as memórias, através da hipnose, mas esse é um tema que quase não é explorado. Gostava que Wolfe também tivesse desenvolvido esse outro lado, explicando como decorre o processo, pois seria um acrescento interessante ao livro.
"A Rapariga Que Sobreviveu" foi uma leitura que deixou em mim sentimentos ambíguos: se, por um lado, senti que havia potencial nesta história para fazer melhor, por outro, a verdade é que este não é, de todo, um mau livro - o ritmo é rápido, sem "momentos mortos", o que mantém o leitor curioso para continuar e perceber o rumo que a autora vai dar à história. Apesar de esta leitura ter ficado um pouco aquém das minhas expetativas, não tenho quaisquer dúvidas de que agradará a muitos leitores, e recomendo este livro principalmente a quem se está a iniciar no género thriller/policial.
Música que aconselho para acompanhar a leitura: Dermot Kennedy_Power Over Me
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
sábado, 15 de agosto de 2020
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
sábado, 8 de agosto de 2020
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
sábado, 1 de agosto de 2020
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