Autor: Miguel Miranda
__ __ T __ __ __ N __ L __ __ __ __ M V __ __ T __ P __ __ __ __ M __ __ T __
Qual é o livro?
segunda-feira, 30 de julho de 2018
sábado, 28 de julho de 2018
segunda-feira, 23 de julho de 2018
sábado, 21 de julho de 2018
segunda-feira, 16 de julho de 2018
sábado, 14 de julho de 2018
quarta-feira, 11 de julho de 2018
Opinião sobre "A Sombra da Noite" (Detective Erika Foster #2) - Robert Bryndza
(Artigo de Opinião)
Autor: Robert Bryndza
Título Original: Night Stalker (2016)
Tradução: Ana Lourenço
ISBN: 978-989-999-336-5
Nº de páginas: 352
Nº de páginas: 352
Editora: Alma dos Livros
ATENÇÃO: esta opinião pode conter spoilers de livros anteriores
Sinopse
Numa noite quente de verão, a inspetora-chefe Erika Foster é chamada à cena de um crime. A vítima, um médico, é encontrada asfixiada na cama. Tem os pulsos amarrados e os olhos parecem querer saltar-lhe das órbitas através do saco de plástico transparente que lhe cobre a cabeça e o sufocou. Alguns dias mais tarde, outra vítima é encontrada exatamente nas mesmas circunstâncias. À medida que Erika e a sua equipa intensificam as investigações deparam-se com um assassino em série inteligente e calculista - que persegue e sabe tudo sobre as vítimas antes de escolher o momento certo para atacar.
As vítimas são homens solteiros, com uma vida muito reservada e um passado envolto em segredo. Porém, podem não ser as únicas pessoas a ser observadas... Erika começa a receber mensagens enigmáticas e a sua própria vida corre perigo. Ela tudo fará para desvendar o mistério que rodeia estes crimes, ainda que isso signifique arriscar a sua carreira na polícia. Imperdível!
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Alma dos Livros em troca de uma opinião sincera
Opinião
Começo por agradecer à Alma dos Livros pelo gentil envio do livro.
"A Sombra da Noite" é o segundo volume da série iniciada com "A Rapariga no Gelo" (podem ler a minha opinião aqui), e que tem a inspetora-chefe Erika Foster como protagonista. O primeiro livro ficou um bocadinho aquém das minhas expectativas - apesar de ter sido uma agradável leitura -, mas diversas opiniões afirmavam que a série melhorava nos volumes seguintes, e por isso decidi continuar. E ainda bem que o fiz! O amadurecimento da história, a todos os níveis, de um livro para outro, é notável, e "A Sombra da Noite" está mais do que à altura do que promete!
Um médico bem sucedido é encontrado morto, despido e deitado na cama, de mãos amarradas e com um saco de plástico na cabeça, e a equipa de Erika Foster é chamada para investigar o caso que, aparentemente, não passaria de um crime de ódio. Mas o instinto de Erika dita-lhe um caminho diferente para a investigação do que aquele que os seus superiores desejavam.
E, de facto, dias mais tarde é encontrado outro corpo em circunstâncias semelhantes. As vítimas têm em comum o facto de serem todas homens bem sucedidos, solteiros ou divorciados, encontrados mortos da mesma forma. Estaremos na presença de um serial killer? Haverá um padrão na escolha das vítimas? Quando a sua vida profissional se começa a embrenhar na pessoal, será Erika capaz de descobrir o culpado antes que ela própria se torne numa vítima?
Antes de qualquer outra coisa, tenho de dizer que este livro me prendeu realmente. Adorei a forma como o autor teceu e nos apresentou a história e o modo como os acontecimentos foram encadeados. Bryndza consegue dosear na perfeição os diversos elementos da trama, encontrando um ponto de equilíbrio ótimo entre a vida pessoal e a vida profissional da protagonista.
Erika é uma personagem que me inspira mix feelings. Se, por um lado, é uma mulher ainda profundamente magoada com a morte do marido - e neste livro temos melhor explorado o luto em que a inspetora ainda se encontra -, por outro é uma pessoa extremamente determinada, instintiva e pouco habituada a seguir ordens. Essa mistura de fragilidade escondida com tenacidade feroz faz dela uma personagem, por vezes, um pouco fria.
No entanto, adorei ver a forma como a relação entre ela e os colegas da sua equipa de trabalho - Peterson, Moss e o patologista Isaac - evoluiu, havendo já um elo de amizade e lealdade que me agradou bastante. No entanto, as burocracias e os mecanismos mal oleados dentro da polícia mantêm-se, e confesso que fiquei bastante irritada com algumas atitudes de desdém vindas de superiores hierárquicos.
Fiquei um pouco receosa com o facto de descobrirmos tão cedo quem é o assassino, pois geralmente gosto de tentar adivinhar quem terá sido o culpado e pensei que isso fosse retirar grande parte do suspense da trama, mas a verdade é que me enganei! Os capítulos que mostram a perspetiva do assassino levam-nos a compreender que há uma pessoa, ainda que bastante perturbada, por detrás do monstro, e, ao conhecer a sua história, senti que estava a assistir aos episódios que, ao longo de uma vida, levaram à construção de um ser sedento de vingança e morte. Este processo de descoberta da personalidade e dos motivos do assassino agradou-me especialmente, pois, por estranho que pareça, por vezes cheguei mesmo a sentir empatia pela desgraça da personagem - como o autor diz: "todas as crianças nascem inocentes, o mundo é que as corrompe".
O autor evoluiu imenso, quer ao nível da construção do enredo quer ao nível da maturação das personagens. O facto de termos capítulos - curtos, o que também ajuda - narrados sob várias perspetivas e com planos alternados dá-nos uma visão mais profunda da trama e faz-nos querer continuar a ler até chegarmos ao final.
Aproveito ainda para congratular a editora, a Alma dos Livros, por ter apostado nesta série e por estar a publicá-la tão depressa em Portugal, uma vez que, já neste mês de Julho, vai ser publicado o quinto livro, "Sangue Frio".
"A Sombra da Noite" conquistou-me completamente e estou ansiosa por ler "Águas Profundas", o terceiro livro da série, e descobrir o que reserva o futuro a Erika Foster. Gostei mesmo muito!
"A Sombra da Noite" é o segundo volume da série iniciada com "A Rapariga no Gelo" (podem ler a minha opinião aqui), e que tem a inspetora-chefe Erika Foster como protagonista. O primeiro livro ficou um bocadinho aquém das minhas expectativas - apesar de ter sido uma agradável leitura -, mas diversas opiniões afirmavam que a série melhorava nos volumes seguintes, e por isso decidi continuar. E ainda bem que o fiz! O amadurecimento da história, a todos os níveis, de um livro para outro, é notável, e "A Sombra da Noite" está mais do que à altura do que promete!
Um médico bem sucedido é encontrado morto, despido e deitado na cama, de mãos amarradas e com um saco de plástico na cabeça, e a equipa de Erika Foster é chamada para investigar o caso que, aparentemente, não passaria de um crime de ódio. Mas o instinto de Erika dita-lhe um caminho diferente para a investigação do que aquele que os seus superiores desejavam.
E, de facto, dias mais tarde é encontrado outro corpo em circunstâncias semelhantes. As vítimas têm em comum o facto de serem todas homens bem sucedidos, solteiros ou divorciados, encontrados mortos da mesma forma. Estaremos na presença de um serial killer? Haverá um padrão na escolha das vítimas? Quando a sua vida profissional se começa a embrenhar na pessoal, será Erika capaz de descobrir o culpado antes que ela própria se torne numa vítima?
Antes de qualquer outra coisa, tenho de dizer que este livro me prendeu realmente. Adorei a forma como o autor teceu e nos apresentou a história e o modo como os acontecimentos foram encadeados. Bryndza consegue dosear na perfeição os diversos elementos da trama, encontrando um ponto de equilíbrio ótimo entre a vida pessoal e a vida profissional da protagonista.
Erika é uma personagem que me inspira mix feelings. Se, por um lado, é uma mulher ainda profundamente magoada com a morte do marido - e neste livro temos melhor explorado o luto em que a inspetora ainda se encontra -, por outro é uma pessoa extremamente determinada, instintiva e pouco habituada a seguir ordens. Essa mistura de fragilidade escondida com tenacidade feroz faz dela uma personagem, por vezes, um pouco fria.
No entanto, adorei ver a forma como a relação entre ela e os colegas da sua equipa de trabalho - Peterson, Moss e o patologista Isaac - evoluiu, havendo já um elo de amizade e lealdade que me agradou bastante. No entanto, as burocracias e os mecanismos mal oleados dentro da polícia mantêm-se, e confesso que fiquei bastante irritada com algumas atitudes de desdém vindas de superiores hierárquicos.
Fiquei um pouco receosa com o facto de descobrirmos tão cedo quem é o assassino, pois geralmente gosto de tentar adivinhar quem terá sido o culpado e pensei que isso fosse retirar grande parte do suspense da trama, mas a verdade é que me enganei! Os capítulos que mostram a perspetiva do assassino levam-nos a compreender que há uma pessoa, ainda que bastante perturbada, por detrás do monstro, e, ao conhecer a sua história, senti que estava a assistir aos episódios que, ao longo de uma vida, levaram à construção de um ser sedento de vingança e morte. Este processo de descoberta da personalidade e dos motivos do assassino agradou-me especialmente, pois, por estranho que pareça, por vezes cheguei mesmo a sentir empatia pela desgraça da personagem - como o autor diz: "todas as crianças nascem inocentes, o mundo é que as corrompe".
O autor evoluiu imenso, quer ao nível da construção do enredo quer ao nível da maturação das personagens. O facto de termos capítulos - curtos, o que também ajuda - narrados sob várias perspetivas e com planos alternados dá-nos uma visão mais profunda da trama e faz-nos querer continuar a ler até chegarmos ao final.
Aproveito ainda para congratular a editora, a Alma dos Livros, por ter apostado nesta série e por estar a publicá-la tão depressa em Portugal, uma vez que, já neste mês de Julho, vai ser publicado o quinto livro, "Sangue Frio".
"A Sombra da Noite" conquistou-me completamente e estou ansiosa por ler "Águas Profundas", o terceiro livro da série, e descobrir o que reserva o futuro a Erika Foster. Gostei mesmo muito!
Música que aconselho para acompanhar a leitura: James Bay_Us
#40 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...Victor Hugo estava de férias quando o seu livro "Os Miseráveis" foi publicado, em 1862? Curioso com a reação ao seu trabalho, enviou um telegrama com um único ponto de interrogação (?) à sua editora, Hurst and Blackett, que respondeu simplesmente com um ponto de exclamação (!), para indicar o sucesso que o livro estava a ler.
segunda-feira, 9 de julho de 2018
sábado, 7 de julho de 2018
sexta-feira, 6 de julho de 2018
Opinião sobre "Um de Nós Mente" - Karen M. McManus
(Artigo de Opinião)
Autora: Karen M. McManus
Título Original: One Of Us Is Lying (2014)
ISBN: 978-989-234-198-9
Nº de páginas: 336
Nº de páginas: 336
Editora: Gailivro
Sinopse
Simon Kelleher é o criador do Má-Língua, uma nova aplicação que está a encurralar a elite de Bayview High, revelando pormenores da vida privada dos alunos da escola.
Mas o caso torna-se mais grave quando Simon e quatro colegas ficam fechados de castigo numa sala, e ele morre diante das suas vítimas.
Os quatro que se tornam suspeitos imediatos do homicídio, são:
A melhor aluna da escola, BRONWYN, que nunca viola uma regra e quer entrar em Yale. A estrela da equipa de basebol de Bayview, COOPER. NATE, o criminoso, que está em liberdade condicional por vender droga. A menina bonita, ADDY, que parece ter a vida perfeita ao lado do namorado perfeito.
Que segredos queriam esconder para eliminar Simon?
Quem será o culpado?
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Gailivro em troca de uma opinião sincera
Opinião
Começo por agradecer à Gailivro pelo gentil envio do livro.
"Um de Nós Mente", a estreia de Karen M. McManus, foi um livro que adorei e que me surpreendeu pelos melhores motivos!
A história começa quando cinco alunos da Bayview High - Bronwyn Rojas, Cooper Clay, Nate Macauley, Addy Prentiss e Simon Kelleher - se encontram na sala do castigo por uma infração que afirmam não ter cometido. Estas personagens, que parecem ser o encarnar dos típicos clichês de uma escola secundária americana, não podiam ser mais diferentes. Temos Bronwyn, a menina certinha e inteligente que sonha entrar em Yale; Cooper, o desportista que tenta ganhar uma bolsa de estudo; Nate, o rufia que já foi preso por tráfico de droga; Addy, a rapariga bonita que namora com o rapaz mais social da escola. E depois temos Simon, um rapaz que espalha os podres e os segredos de toda a gente na sua aplicação, o "Má-Língua", e que não sai vivo daquela sala.
Os quatro têm motivos para querer ver Simon morto, mas todos afirmam estar inocentes. Será que estão a dizer a verdade, ou que, um deles, mente?
Os capítulos são narrados, alternadamente, sob a perspetiva dos quatro jovens suspeitos, o que nos permite não só conhecer a sua visão da história, mas também descobri-los enquanto seres individuais - os seus sonhos, os seus medos, os seus ambientes familiares... e os seus segredos. Como temos acesso aos pensamentos de cada personagem, formavam-se constantemente teorias na minha cabeça, que eram fabulosamente arrasadas no capítulo seguinte. Este constante desconfiar das personagens, aliado à ânsia de descobrir quem eram os inocentes e os culpados, fez com que não conseguisse pousa o livro antes de descobrir quem realmente matou Simon.
O que mais gostei neste livro foi o facto de a autora ter pegado em personagens aparentemente clichês - a crânio, o atleta, o criminoso e a princesa - e, partindo delas, ter desconstruído estereótipos, mostrando que as pessoas são mais complexas do que o que a imagem exterior indicia. E foi exatamente isso que apreciei durante a leitura: ir conhecendo as diversas camadas dos personagens, compreender a influência do ambiente em que cresceram nas suas personalidades e motivações, decobrir o que escondem abaixo da superfície.
O único aspeto menos bom que tenho a apontar é o facto de, a certa altura da história, a investigação policial ficar um pouco em segundo plano, uma vez que o principal foco incide nas quatro personagens principais, no que está a acontecer nas suas vidas e na forma como estão a lidar com o sucedido. Isto não é necessariamente uma coisa má, uma vez que não senti falta dessa componente mais policial para a manutenção da tensão durante a leitura.
Adorei o resultado da mistura de personagens YA com o suspense do thriller, sendo que, mais do que de mistério, "Um de Nós Mente" é um livro cheio de segredos. A autora desenvolveu uma trama intrigante e inteligente, cheia de reviravoltas, mas que acaba também por abordar temas mais sérios. Esta foi uma leitura extremamente rápida e viciante, principalmente à medida que me ia sentindo cada vez mais vinculada às personagens, sempre no limbo entre acreditar e desconfiar delas. Muito bom!
"Um de Nós Mente", a estreia de Karen M. McManus, foi um livro que adorei e que me surpreendeu pelos melhores motivos!
A história começa quando cinco alunos da Bayview High - Bronwyn Rojas, Cooper Clay, Nate Macauley, Addy Prentiss e Simon Kelleher - se encontram na sala do castigo por uma infração que afirmam não ter cometido. Estas personagens, que parecem ser o encarnar dos típicos clichês de uma escola secundária americana, não podiam ser mais diferentes. Temos Bronwyn, a menina certinha e inteligente que sonha entrar em Yale; Cooper, o desportista que tenta ganhar uma bolsa de estudo; Nate, o rufia que já foi preso por tráfico de droga; Addy, a rapariga bonita que namora com o rapaz mais social da escola. E depois temos Simon, um rapaz que espalha os podres e os segredos de toda a gente na sua aplicação, o "Má-Língua", e que não sai vivo daquela sala.
Os quatro têm motivos para querer ver Simon morto, mas todos afirmam estar inocentes. Será que estão a dizer a verdade, ou que, um deles, mente?
Os capítulos são narrados, alternadamente, sob a perspetiva dos quatro jovens suspeitos, o que nos permite não só conhecer a sua visão da história, mas também descobri-los enquanto seres individuais - os seus sonhos, os seus medos, os seus ambientes familiares... e os seus segredos. Como temos acesso aos pensamentos de cada personagem, formavam-se constantemente teorias na minha cabeça, que eram fabulosamente arrasadas no capítulo seguinte. Este constante desconfiar das personagens, aliado à ânsia de descobrir quem eram os inocentes e os culpados, fez com que não conseguisse pousa o livro antes de descobrir quem realmente matou Simon.
O que mais gostei neste livro foi o facto de a autora ter pegado em personagens aparentemente clichês - a crânio, o atleta, o criminoso e a princesa - e, partindo delas, ter desconstruído estereótipos, mostrando que as pessoas são mais complexas do que o que a imagem exterior indicia. E foi exatamente isso que apreciei durante a leitura: ir conhecendo as diversas camadas dos personagens, compreender a influência do ambiente em que cresceram nas suas personalidades e motivações, decobrir o que escondem abaixo da superfície.
O único aspeto menos bom que tenho a apontar é o facto de, a certa altura da história, a investigação policial ficar um pouco em segundo plano, uma vez que o principal foco incide nas quatro personagens principais, no que está a acontecer nas suas vidas e na forma como estão a lidar com o sucedido. Isto não é necessariamente uma coisa má, uma vez que não senti falta dessa componente mais policial para a manutenção da tensão durante a leitura.
Adorei o resultado da mistura de personagens YA com o suspense do thriller, sendo que, mais do que de mistério, "Um de Nós Mente" é um livro cheio de segredos. A autora desenvolveu uma trama intrigante e inteligente, cheia de reviravoltas, mas que acaba também por abordar temas mais sérios. Esta foi uma leitura extremamente rápida e viciante, principalmente à medida que me ia sentindo cada vez mais vinculada às personagens, sempre no limbo entre acreditar e desconfiar delas. Muito bom!
Música que aconselho para acompanhar a leitura: John Mayer_Free Fallin'
quarta-feira, 4 de julho de 2018
segunda-feira, 2 de julho de 2018
Subscrever:
Mensagens (Atom)