segunda-feira, 30 de dezembro de 2019
sábado, 28 de dezembro de 2019
quarta-feira, 25 de dezembro de 2019
#74 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...quando lhe perguntaram de onde vinham as ideias para os seus famosos policiais, Agatha Christie respondeu que gostava de pensar nas suas histórias enquanto comia maçãs e relaxava com um banho quente?
segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
sábado, 21 de dezembro de 2019
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
#73 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...o poeta alemão Gottlob Wilhelm Burmann é mais conhecido hoje em dia pelo seu intenso ódio à letra "R" do que pela sua poesia? Burmann odiava tanto esa letra que se recusou a usá-la não só no seu trabalho poético, como também nas suas conversas do quotidiano.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2019
sábado, 14 de dezembro de 2019
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
#72 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...Guy de Maupassant foi um dos muitos intelectuais parisienses que odiavam a Torre Eiffel? O escritor francês do século XIX costumava almoçar dentro do restaurante da torre só para evitar vê-la de perfil.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
sábado, 7 de dezembro de 2019
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
#71 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...antes de Jorge Luis Borges ser reconhecido pela sua ficção, o autor argentino ganhava a vida a escrever anúncios de iogurtes?
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
sábado, 30 de novembro de 2019
quarta-feira, 27 de novembro de 2019
#70 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...o escritor francês Stendhal sofria de uma doença clinicamente reconhecida e que foi batizada com o seu nome: síndrome de Stendhal? Esta é uma doença psicossomática que causa desmaios, falta de ar e palpitações quando um indivíduo é exposto a obras de arte de valor extraordinário. O nome de Stendhal foi escolhido para esta síndrome porque ele quase desmaiou depois de ver a Basílica de Santa Croce, em Florença.
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
sábado, 23 de novembro de 2019
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
Opinião sobre "No Escuro" (DI Adam Fawley #2) - Cara Hunter
(Artigo de Opinião)
Autora: Cara Hunter
Título Original: In The Dark (2018)
ISBN: 978-972-0-03236-2
Nº de páginas: 368
Nº de páginas: 368
Editora: Porto Editora
Sinopse
Uma mulher e uma criança são encontradas fechadas numa cave, em risco de vida.
Ninguém sabe quem são – a mulher não consegue falar e nenhuma descrição de pessoas desaparecidas corresponde aos perfis das vítimas. O proprietário da casa, velho e muito confuso, jura que nunca as viu.
À medida que a polícia desespera por pistas, o detetive Adam Fawley recorda-se de um caso antigo, nunca resolvido, que também envolveu uma criança e uma mulher desaparecida. Curiosamente, tudo se passou numa tranquila rua de Oxford. E os moradores estão em choque: como pode tal ter acontecido debaixo dos seus narizes? Mas Fawley sabe que nada é impossível. E ninguém é tão inocente como parece.
Da autora bestseller Cara Hunter, um romance profundamente inquietante que nos acelera o coração à medida que se revelam segredos há muito enterrados. Afinal, os piores monstros são os que se escondem à vista de todos.
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião sincera
Opinião
Começo por agradecer à Porto Editora pelo gentil envio do livro.
Depois de "Perto de Casa", primeiro livro de Cara Hunter, parti para "No Escuro" com expetativas elevadas - que, surpreendentemente, ainda foram superadas!
No decurso de um processo de obras, uma parede comum a duas casas geminadas é deitada abaixo, revelando uma jovem mulher e uma criança, em estado deplorável, aprisionadas na cave da casa do lado. A mulher, em estado de choque, não consegue falar, e o proprietário da casa, um homem já de idade e que sofre de demência, jura nunca ter visto aquelas pessoas.
O inspetor Adam Fawley e a sua equipa veem-se assim a braços com um caso algo macabro, que parece não ter explicação, e que assume contornos ainda mais estranhos quando surge a ligação a um caso antigo, por resolver, que também envolvia uma criança e o desaparecimento de uma mulher.
Os vizinhos estão incrédulos: afinal, como é possível que uma coisa daquelas tenha acontecido numa rua tão pacata? E como é possível aquela mulher e aquela criança estarem aprisionadas na cave de um homem que vive sozinho e que sofre de demência já há alguns anos? E haverá realmente uma ligação deste caso a algum outro desaparecimento?
Tenho de começar por dizer que adorei este livro. É, de facto, uma trama muito bem pensada e concretizada, com um caso original e intrigante. Gostei muito de reencontrar Adam Fawley, uma personagem que me conquistou em "Perto de Casa" pela sua vertente sarcástica, e de ver a forma como a autora abordou novamente o lado da vida pessoal do inspetor.
A escrita envolvente de Cara Hunter é altamente viciante e a forma como a autora desenvolve a trama, num ritmo vertiginoso e com desenvolvimentos novos a cada página que surpreendem continuamente o leitor, tornam esta leitura bastante compulsiva. Sempre que achava ter percebido finalmente a chave da trama, Hunter sacava de uma nova carta da manga para me deixar boquiaberta. Além disso, é de referir também que a autora mantém o original formato do primeiro livro em que, intercalados com a narrativa, encontramos excertos de notícias, de e-mails e de comentários nas redes sociais, o que, claro, contribui para dar uma dinâmica interessante à leitura.
Não posso deixar de falar no final, que me apanhou completamente de surpresa. Neste livro, a cadência de voltefaces é verdadeiramente assombrosa e tudo culmina para um desfecho nada menos que espetacular, estando sempre presente, durante a leitura, uma sensação de inquietude que quase nos faz espreitar por cima do ombro. E confesso que fiquei "no escuro", até, literalmente, à última página.
"No Escuro" é um thriller soberbo, muito bem construído, pejado de reviravoltas inesperadas, que agarra o leitor do início até ao final, que mais uma vez, é absolutamente surpreendente. Uma trama magistralmente bem construída, com uma teia de acontecimentos que roça por diversas vezes o macabro e cujo formato é refrescante neste género. Cara Hunter continua a provar ser uma escritora a seguir e espero sinceramente que a Porto Editora continue a publicar esta série, porque é, sem dúvida, uma aposta de sucesso! Recomendo muito!
Depois de "Perto de Casa", primeiro livro de Cara Hunter, parti para "No Escuro" com expetativas elevadas - que, surpreendentemente, ainda foram superadas!
No decurso de um processo de obras, uma parede comum a duas casas geminadas é deitada abaixo, revelando uma jovem mulher e uma criança, em estado deplorável, aprisionadas na cave da casa do lado. A mulher, em estado de choque, não consegue falar, e o proprietário da casa, um homem já de idade e que sofre de demência, jura nunca ter visto aquelas pessoas.
O inspetor Adam Fawley e a sua equipa veem-se assim a braços com um caso algo macabro, que parece não ter explicação, e que assume contornos ainda mais estranhos quando surge a ligação a um caso antigo, por resolver, que também envolvia uma criança e o desaparecimento de uma mulher.
Os vizinhos estão incrédulos: afinal, como é possível que uma coisa daquelas tenha acontecido numa rua tão pacata? E como é possível aquela mulher e aquela criança estarem aprisionadas na cave de um homem que vive sozinho e que sofre de demência já há alguns anos? E haverá realmente uma ligação deste caso a algum outro desaparecimento?
Tenho de começar por dizer que adorei este livro. É, de facto, uma trama muito bem pensada e concretizada, com um caso original e intrigante. Gostei muito de reencontrar Adam Fawley, uma personagem que me conquistou em "Perto de Casa" pela sua vertente sarcástica, e de ver a forma como a autora abordou novamente o lado da vida pessoal do inspetor.
A escrita envolvente de Cara Hunter é altamente viciante e a forma como a autora desenvolve a trama, num ritmo vertiginoso e com desenvolvimentos novos a cada página que surpreendem continuamente o leitor, tornam esta leitura bastante compulsiva. Sempre que achava ter percebido finalmente a chave da trama, Hunter sacava de uma nova carta da manga para me deixar boquiaberta. Além disso, é de referir também que a autora mantém o original formato do primeiro livro em que, intercalados com a narrativa, encontramos excertos de notícias, de e-mails e de comentários nas redes sociais, o que, claro, contribui para dar uma dinâmica interessante à leitura.
Não posso deixar de falar no final, que me apanhou completamente de surpresa. Neste livro, a cadência de voltefaces é verdadeiramente assombrosa e tudo culmina para um desfecho nada menos que espetacular, estando sempre presente, durante a leitura, uma sensação de inquietude que quase nos faz espreitar por cima do ombro. E confesso que fiquei "no escuro", até, literalmente, à última página.
"No Escuro" é um thriller soberbo, muito bem construído, pejado de reviravoltas inesperadas, que agarra o leitor do início até ao final, que mais uma vez, é absolutamente surpreendente. Uma trama magistralmente bem construída, com uma teia de acontecimentos que roça por diversas vezes o macabro e cujo formato é refrescante neste género. Cara Hunter continua a provar ser uma escritora a seguir e espero sinceramente que a Porto Editora continue a publicar esta série, porque é, sem dúvida, uma aposta de sucesso! Recomendo muito!
Opinião sobre outros livros de Cara Hunter:
Música que aconselho para acompanhar a leitura: Sleeping at Last_Saturn
quarta-feira, 20 de novembro de 2019
#69 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...o russo Boris Parternak, escritor de "Doutor Jivago", foi o primeiro autor a recusar o Prémio Nobel da Literatura? Alguns meses depois de o ter recebido, em 1958, Pasternak recusou formalmente o prémio, com receio de que o governo soviético o prendesse a ele ou à sua família.
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
sábado, 16 de novembro de 2019
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
#68 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...Zadie Smith demorou quase dois anos a escrever as primeiras 20 páginas de "Uma Questão de Beleza"? O resto do livro demorou apenas 5 meses a ser escrito.
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
sábado, 9 de novembro de 2019
quarta-feira, 6 de novembro de 2019
#67 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...Sir Arthur Conan Doyle, autor de Sherlock Holmes, era publicamente amigo do mestre ilusionista Harry Houdini? No entanto, quando Houdini ouviu dizer que Doyle acreditava em espiritualismo e que pensava que Houdini tinha verdadeiros poderes mágicos, a amizade terminou rapidamente.
segunda-feira, 4 de novembro de 2019
sábado, 2 de novembro de 2019
quarta-feira, 30 de outubro de 2019
#66 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...o escritor irlandês James Joyce admirava tanto o dramaturgo norueguês Henrik Ibsen's que aprendeu o básico da língua norueguesa só para enviar a Ibsen uma carta de fã?
segunda-feira, 28 de outubro de 2019
#158 - Dá-lhe Letras
Autor: Tom Malmquist
__ M T __ D __ S __ S M __ M __ __ T __ S __ S T __ M __ S V __ V __ S
Qual é o livro?
sábado, 26 de outubro de 2019
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
#65 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...o psicanalista austríaco Sigmund Freud uma vez assistiu a uma palestra dada pelo americano Mark Twain? No entanto, o tópico central da palestra de Twain não se prendia com a complexidade da psique humana, mas sim com a história de uma melancia que roubara em criança.
segunda-feira, 21 de outubro de 2019
sábado, 19 de outubro de 2019
quarta-feira, 16 de outubro de 2019
#64 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...o livro "Os Miseráveis", de Victor Hugo, foi um dos mais lidos pelos soldados americanos durante a Guerra Civil?
segunda-feira, 14 de outubro de 2019
sábado, 12 de outubro de 2019
quinta-feira, 10 de outubro de 2019
Prémios Nobel da Literatura de 2018 e 2019
Já são conhecidos os vencedores do Prémio Nobel da Literatura de 2018 e de 2019, após um ano de suspensão.
Olga Tokarczuk foi a vencedora de 2018, "pela imaginação narrativa que, com uma paixão enciclopédica, representa o cruzamento de fronteiras como forma de vida", nas palavras da Real Academia Sueca. É de notar que a escritora polaca também já tinha sido distinguida com o Man Booker Internacional Prize, em 2018.
O vencedor de 2019 foi o escritor austríaco Peter Handke, sobre o qual a Academia destaca "a periferia e a especificidade com as quais explora a experiência humana".
Ambos os autores estão já publicados em Portugal.
quarta-feira, 9 de outubro de 2019
#63 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...Mary Shelley começou a escrever "Frankenstein" quando tinha 18 anos? Foi publicado dois anos mais tarde.
terça-feira, 8 de outubro de 2019
Opinião sobre "Anarquia" (Anarquia #1) - Megan DeVos
(Artigo de Opinião)
Autora: Megan DeVos
Título Original: Anarchy (2018)
ISBN: 978-989-234-564-2
Nº de páginas: 368
Editora: 1001 Mundos
Editora: 1001 Mundos
Sinopse
Após uma guerra devastadora, resta uma grande metrópole. É uma ruína entre ruínas mas é aí, entre os escombros, que a população sobrevivente se concentra. Vivem constantemente alerta, pois na ausência de regras, resta matar ou morrer…
Num ataque a uma fação rival, Hayden, o jovem líder do acampamento Blackwing, poupa a vida a Grace. Grace é linda, carismática, corajosa - mas também uma inimiga mortal.
Filha do líder do acampamento rival, Greystone, e inquestionavelmente leal ao pai, Grace sabe que não pode confiar em ninguém - muito menos no representante do povo que foi treinada para matar…
Reina o perigo. Reina o caos. Reina a… ANARQUIA.
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela 1001 Mundos em troca de uma opinião sincera
Opinião
Começo por agradecer à 1001 Mundos pelo
gentil envio do livro.
“Anarquia”, livro de estreia de Megan
DeVos, apresenta-nos um mundo fraturado, resultado de uma guerra que vitimou a
maior parte da população. Os poucos sobreviventes distribuem-se agora por
acampamentos, facções rivais na luta pelos poucos bens disponíveis.
Quando, com apenas 21 anos, assume a pesada responsabilidade de chefiar o acampamento de Blackwing, Hayden sabe que tem de honrar a confiança depositada nele pela sua gente e lutar pela sobrevivência da sua tribo. No entanto, uma invasão a um acampamento rival não corre como o esperado, e é a misericórdia de Grace, uma habitante da facção de Greystone, que poupa a vida a Hayden. Quando mais tarde surge a oportunidade de saldar essa dívida, Hayden salva a jovem e leva-a consigo para Blackwing, inicialmente como sua prisioneira. Mas Grace é uma rapariga inteligente e encantadora, e rapidamente cai nas graças do jovem líder, acabando por conquistar com a sua bravura e simpatia até os mais reticentes habitantes. No entanto, é também a filha do líder de Greystone, e a sua lealdade só poderá pender para um dos lados - e a questão é: qual deles?
Estava muito curiosa com o lançamento de "Anarquia", um livro inicialmente publicado na plataforma Wattpad, mas confesso que me deixou um pouco desapontada. O que por diversas vezes senti durante a leitura foi que
estava na presença de uma premissa cheia de potencial, mas que foi mal
aproveitada. Este livro é classificado como uma distopia, mas a verdade é que a
autora pouco desenvolve o mundo propriamente dito - nem é explicado sequer o porquê de ter acontecido uma guerra e de os sobreviventes se terem dividido em facções -, focando-se antes
excessivamente no relacionamento dos protagonistas, tendo ficado por explorar
imensos elementos relacionados com a construção do enredo, que sem dúvida
teriam enriquecido a trama. Fiquei especialmente desiludida com este aspeto,
pois ficou a sensação de estar a ler apenas um romance que, quase que
como por acaso, se passa num mundo pós-apocalíptico.
De facto, DeVos dá o principal enfoque do livro à relação
dos protagonistas, que, na minha opinião, acontece demasiado cedo. Este é um
daqueles casos em que as personagens têm todas as condições para serem inimigos
mortais, mas que sentem uma atração instantânea e irreprimível e acabam por “mandar
às urtigas” todas as conceções e cautelas para se entregarem à paixão. Tudo
acontece demasiado depressa e há interações que acabam por ser repetitivas, o
que torna esta componente romântica ligeiramente maçadora.
E, no entanto, a verdade é
que a leitura foi algo compulsiva. A pouca complexidade da narrativa, aliada a
uma escrita simples e fluida e a um forte predomínio da interação das personagens, fazem
deste um livro fácil e rápido de ler, e por mais que a relação de Hayden e
Grace seja imediata e previsível, acabei por me sentir envolvida e compelida a
acompanhar o romance dos protagonistas. Além disso, é fácil estabelecer uma conexão com estas duas personagens, pois temos capítulos alternados com os seus pontos de vista, o que nos permite ter uma outra visão sobre os seus sentimentos e motivações.
“Anarquia” foi, em suma, um livro que me provocou mixed feelings.
Se, por um lado, esperava uma abordagem muito diferente da vertente distópica e
um desenvolvimento do mundo e das personagens significativamente maior, por outro
foi uma leitura que entreteve e de que, apesar de não ser particularmente inovadora
ou excecional, gostei, pelo que não encontro melhor forma de descrever este
livro do que como um guilty pleasure. Apesar
de ter várias falhas, ainda assim é com curiosidade que aguardo pelo próximo
volume, “Lealdade”, para ver o rumo que a autora vai dar à história de Hayden e
Grace.
Música que aconselho para acompanhar a leitura: Imagine Dragons_Natural
segunda-feira, 7 de outubro de 2019
sábado, 5 de outubro de 2019
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
#62 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...Lewis Carroll, autor de "Alice no País das Maravilhas", era péssimo em finanças? O que não deixa de ser irónico, tendo em conta que Carroll lecionava matemática em Oxford.
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Opinião sobre "Lá, Onde o Vento Chora" - Delia Owens
(Artigo de Opinião)
Autora: Delia Owens
Título Original: Where the Crawdads Sing (2018)
ISBN: 978-972-0-03220-1
Nº de páginas: 392
Nº de páginas: 392
Editora: Porto Editora
Sinopse
Kya tem apenas seis anos de idade quando vê a mãe sair de casa, com uma maleta azul e sapatos de pele de crocodilo, e percorrer o caminho de areia para nunca mais voltar. E à medida que todas as outras pessoas importantes na sua vida a vão igualmente abandonando, Kya aprende a ser autossuficiente: sensível e inteligente, sobrevive completamente sozinha no pantanal a que chama a sua casa, faz amizade com as gaivotas e observa a natureza que a rodeia com a atenção que lhe permite aprender muitas lições de vida.
O isolamento em que vive durante tantos anos influencia o seu comportamento: solitária e fugidia, Kya é alvo dos mais cruéis comentários por parte dos moradores da pacata cidade de Barkley Cove.
E quando o popular e charmoso Chase Andrews aparece morto, todos os dedos apontam na direção de Kya, a miúda do pantanal. E o impensável acontece.
Neste romance de estreia, Delia Owens relembra-nos que somos formatados para sempre pelas crianças que um dia fomos, e que para sempre estaremos sujeitos aos maravilhosos, mas também violentos, segredos que a natureza encerra.
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião sincera
Opinião
Começo por agradecer à Porto Editora pelo gentil envio do livro.
"Lá, Onde o Vento Chora", romance de estreia de Delia Owens, foi um dos melhores livros que li nos último tempos e será, por certo, um daqueles que vai para o top da vida.
Quando, numa manhã igual a tantas outras, a jovem Kya, de apenas seis anos, vê a mãe sair de casa com uma maleta azul, não conseguiria sequer imaginar que era esse o momento que desencadearia uma mudança radical na sua vida. Com a partida da mãe, também os irmãos mais velhos, um a um, vão abandonando uma vida marcada pela miséria e pelos maus tratos, deixando a pequena Kya entregue aos cuidados de um pai negligente e violento.
A partir daí, Kya vê-se obrigada a crescer depressa. O pântano - a única realidade que conhece - torna-se a sua casa, e os animais a sua principal companhia. E é assim que vai amadurecendo, aprendendo conceitos como a amizade e o amor, descobrindo a complexidade das relações humanas, e sobrevivendo ao preconceito e ao peso da solidão.
A história é narrada em duas linhas temporais. Numa delas, vamos acompanhando o crescimento de Kya; na outra, em 1969, assistimos à investigação do homicidio do menino bonito de Barkley Cove. Numa América ainda cruel e muito marcada pelo preconceito, o nome da miúda do pantanal - uma jovem desde sempre tida como selvagem - surge rapidamente entre os principais suspeitos. O que terá realmente acontecido a Chase Andrews naquela noite? Será Kya uma vez mais vítima da intolerância das pessoas que nunca lhe estenderam a mão?
Kya é uma personagem maravilhosamente construída. É impossível não criar uma conexão imediata com aquela menina abandonada, que tão cedo se vê forçada a enfrentar o mundo sozinha e a depender apenas de si própria para sobreviver. Acompanhar o seu processo de aprendizagem empírica, observar a criação do seu vínculo com a natureza e ver o desabrochar da juventude numa alma tão livre quanto solitária, torna esta leitura num caminho verdadeiramente delicioso.
A escrita de Delia Owens tem algo de especial: é de uma extrema ternura e delicadeza, e as descrições das belas paisagens que constituem o cenário da vida de Kya são de uma envolvência tal que, durante a leitura, senti sempre que também eu estava naquele pantanal, a ver aquela menina aprender a crescer, a ultrapassar todas as dificuldades e a tornar-se uma mulher.
Confesso que o final não me apanhou totalmente de surpresa, mas é, sem dúvida, o desfecho certo para esta história algo triste, mas profundamente bela. Tudo se entrelaça para que o leitor tenha as respostas de que precisa e, no fim, fica uma sensação de tranquilidade e o quentinho da esperança - a mensagem de que, mesmo que nem sempre compreendamos os desígnios da vida, tudo vai acabar por correr bem.
De uma sensibilidade pouco comum, com uma protagonista excecionalmente complexa e que gera empatia desde o primeiro momento, e com uma escrita que não se pode considerar menos que fabulosa, "Lá, Onde o Vento Chora" é uma leitura que dificilmente me abandonará. É a prova de que as pessoas não são só o produto das experiências que vivem, que cabe a cada um de nós moldar a sua própria sorte. Recomendo e recomendo muito!
"Lá, Onde o Vento Chora", romance de estreia de Delia Owens, foi um dos melhores livros que li nos último tempos e será, por certo, um daqueles que vai para o top da vida.
Quando, numa manhã igual a tantas outras, a jovem Kya, de apenas seis anos, vê a mãe sair de casa com uma maleta azul, não conseguiria sequer imaginar que era esse o momento que desencadearia uma mudança radical na sua vida. Com a partida da mãe, também os irmãos mais velhos, um a um, vão abandonando uma vida marcada pela miséria e pelos maus tratos, deixando a pequena Kya entregue aos cuidados de um pai negligente e violento.
A partir daí, Kya vê-se obrigada a crescer depressa. O pântano - a única realidade que conhece - torna-se a sua casa, e os animais a sua principal companhia. E é assim que vai amadurecendo, aprendendo conceitos como a amizade e o amor, descobrindo a complexidade das relações humanas, e sobrevivendo ao preconceito e ao peso da solidão.
Kya é uma personagem maravilhosamente construída. É impossível não criar uma conexão imediata com aquela menina abandonada, que tão cedo se vê forçada a enfrentar o mundo sozinha e a depender apenas de si própria para sobreviver. Acompanhar o seu processo de aprendizagem empírica, observar a criação do seu vínculo com a natureza e ver o desabrochar da juventude numa alma tão livre quanto solitária, torna esta leitura num caminho verdadeiramente delicioso.
A escrita de Delia Owens tem algo de especial: é de uma extrema ternura e delicadeza, e as descrições das belas paisagens que constituem o cenário da vida de Kya são de uma envolvência tal que, durante a leitura, senti sempre que também eu estava naquele pantanal, a ver aquela menina aprender a crescer, a ultrapassar todas as dificuldades e a tornar-se uma mulher.
Confesso que o final não me apanhou totalmente de surpresa, mas é, sem dúvida, o desfecho certo para esta história algo triste, mas profundamente bela. Tudo se entrelaça para que o leitor tenha as respostas de que precisa e, no fim, fica uma sensação de tranquilidade e o quentinho da esperança - a mensagem de que, mesmo que nem sempre compreendamos os desígnios da vida, tudo vai acabar por correr bem.
De uma sensibilidade pouco comum, com uma protagonista excecionalmente complexa e que gera empatia desde o primeiro momento, e com uma escrita que não se pode considerar menos que fabulosa, "Lá, Onde o Vento Chora" é uma leitura que dificilmente me abandonará. É a prova de que as pessoas não são só o produto das experiências que vivem, que cabe a cada um de nós moldar a sua própria sorte. Recomendo e recomendo muito!
Música que aconselho para acompanhar a leitura: The Script_The Last Time
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
sábado, 28 de setembro de 2019
quarta-feira, 25 de setembro de 2019
#61 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...Jane Austen quase morreu aos 7 anos de idade? Ela e a irmã, Cassandra, apanharam difteria enquanto estavam em Oxford.
segunda-feira, 23 de setembro de 2019
sábado, 21 de setembro de 2019
quarta-feira, 18 de setembro de 2019
#60 - Curi(livro)sidades
Sabia que...
...J. R. R. Tolkien trabalhou durante 2 anos no Oxford English Dictionary, tendo pesquisado e explicado a etimologia de palavras que começavam pela letra W?
segunda-feira, 16 de setembro de 2019
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