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terça-feira, 29 de agosto de 2017

Opinião sobre "Bando de Corvos" (Os Outros #2) - Anne Bishop

Bando de Corvos
(Os Outros #2)
(Artigo de Opinião)


Autora: Anne Bishop
Título Original: Murder of Crows (2014)
Tradução: Luís Santos
ISBN: 978-989-637-920-9
Nº de páginas: 416
Editora: Saída de Emergência


Sinopse

     Ninguém tem a capacidade de criar novos mundos como Anne Bishop, autora bestseller do The New York Times. Nesta nova série somos transportados para um mundo habitado pelos Outros, seres sobrenaturais que dominam a Terra e cujas presas prediletas são os humanos. 

    Depois de conquistar a confiança dos Outros que habitam Lakeside, Meg Corbyn teve alguma dificuldade em perceber o que significa viver entre eles. Como humana, Meg deveria apenas ser tolerada como presa, mas os seus dons como cassandra sangue tornam-na algo mais.

      A aparição de duas drogas aditivas foi a faísca que desencadeou a violência entre os humanos e os Outros, resultando em mortes para ambas as espécies nas cidades limítrofes. Quando Meg tem um sonho sobre sangue e penas negras na neve, Simon Wolfgard – o líder metamorfo de Lakeside – pergunta-se se a profetisa de sangue sonhou com o passado ou uma ameaça futura.

    À medida que as profecias se revelam a Meg, cada vez mais intensas e dolorosas, as intrigas adensam-se em Lakeside. Agora, os Outros e o punhado de humanos que aí residem terão de reunir forças para parar o homem que se assume como o verdadeiro profeta de sangue – e extinguir o perigo que ameaça destruir todos os clãs.

Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Saída de Emergência em troca de uma opinião sincera


Opinião

       Começo por agradecer à Saída de Emergência pelo gentil envio do livro.


       Em "Letras Escarlates" conhecemos Namid, um mundo partilhado por seres humanos e Outros: seres sobrenaturais e predatórios que controlam os recursos e que decidem a sobrevivência - ou não -dos humanos. Somos ainda apresentados a Meg Corbyn, uma Cassandra Sangue, e aos habitantes do Pátio de Lakeside - Outros que toleram a convivência com os humanos -, nomeadamente a Simon, o metamorfo responsável pela gestão do mesmo. Tendo adorado "Letras Escarlates" (podem ler a minha opinião aqui), temi que este livro ficasse aquém das minhas expetativas; no entanto, apesar de, na minha opinião, "Bando de Corvos" não ter conseguido superar o primeiro livro, também não desiludiu!

       Em Thaísia, Outros estão finalmente a perceber a origem das duas drogas que têm causado tantas mortes e que ameaçam o precário estado de paz com os humanos. Enquanto isso, a intuição de Meg Corbyn diz-lhe que algo de muito mau está para chegar, mas não consegue perceber se as visões dizem respeito ao passado ou ao futuro. 

     O movimento "Seres Humanos Em Primeiro Lugar" também não ajuda à manutenção da harmonia e a tensão gerada é grande, não prometendo acabar bem para nenhuma das partes. Entretanto, a polícia de Lakeside faz os possíveis por conter as ameaças: trabalhando com os Outros para garantir que os humanos não pisam demasiado o risco, passando do ponto do não retorno; e assegurando ao máximo a segurança de Meg, que está na mira do Controlador. 

    Com tantos perigos à espreita e novas revelações com que lidar, tudo parece demasiado instável e volúvel. Conseguirá evitar-se o despontar de uma guerra entre humanos e Outros? Conseguirá Meg não sucumbir à necessidade quase constante de se cortar e que lhe rouba um pouco de vida a cada ferimento? Que segredos esconde ainda o Pátio de Lakeside? E quem é e quais serão os objetivos do Controlador?

    Gostei de descobrir mais sobre as diversas espécies que habitam Namid, mas ainda assim acho que a autora poderia dar mais destaque a algumas personagens que considero particularmente enigmáticas, como Tess e as Elementais. Penso que Anne Bishop, por vezes, se dispersa nas descrições detalhadas das rotinas do quotidiano de algumas personagens - principalmente Meg e Simon -, em vez de se focar mais nas entidades misteriosas que o leitor não conhece tão bem. Para tal contribui o facto de ação deste livro decorrer num curto espaço de tempo, que acaba por não permitir uma exploração consistente de determinados aspetos sem que tudo pareça demasiado concentrado. Ainda assim, considero que a história só teria a ganhar se a autora nos contasse mais sobre os outros habitantes do Pátio.

    Agradou-me o facto de Anne Bishop ter introduzido na história novas personagens e locais de Thaísia, bem como mencionado o estado da situação de tensão entre humanos e Outros noutros continentes de Namid, pois senti que isso deu consistência e realismo ao enredo. A ação neste livro não é particularmente homogénea - há cenas em que parece apenas morna ou até estagnada, o que dificulta um pouco a leitura; e outras que prometem revolucionar toda a intriga. Esta desigual intensidade acaba por quebrar um pouco o ritmo e por tornar a leitura um pouco cansativa nas partes mais aborrecidas.

     Apreciei constatar a evolução de Simon e dos Outros no que toca ao trato com os seres humanos. Nota-se algum do à vontade que começa a transparecer entre eles e os humanos, que, para além da óbvia influência de Meg, é ainda em grande parte o produto do esforço feito pela polícia de Lakeside, que continua a assumir um papel fundamental na sobrevivência de ambas as partes - não só por tentar controlar os danos causados, como também por mostrar aos Outros que é seguro confiar em alguns humanos. Mas Simon é, realmente, a personagem que mais alterações sofreu. Achei engraçado comparar o Simon deste segundo volume ao Simon que a Meg conheceu quando chegou ao Pátio. Apesar de, já na altura, este apresentar uma mente bastante aberta - pelo menos quando comparada à maioria das dos Outros -, encontramos agora um ser quase humano, que consegue conviver respeitando minimamente as leis da sociedade e que tem também a preocupação de proteger os humanos com quem se preocupa, ao invés de ver a extinção da espécie como solução única.

     Já relativamente à Meg, esperava uma melhor adaptação ao mundo exterior. É certo que,por ter sido mantida tantos anos em cativeiro, ela é como uma criança que está a ter o primeiro contacto com o mundo real: extraordinariamente inocente. Ainda assim, pensei que já começasse a ter uma melhor noção das coisas e um comportamento mais adequado a uma jovem da sua idade, com mais consciência de quem é e do que a rodeia. Há ainda a questão de estar a aprender a controlar o seu instinto relativamente à necessidade de se cortar, e foi essa natureza quase primitiva que mais me seduziu na personagem neste segundo volume.

     Pensei que, neste livro, a relação entre a Meg e o Simon iria ter vários desenvolvimentos, mas tal acabou por não se verificar. Nota-se que há uma atração entre eles, mas que é encarada de uma forma muito inocente e com alguma reticência por parte de ambos. De facto, apesar de admitirem começar a sentir algo estranho um pelo outro, muito pouco é feito para que os sentimentos se desenvolvam. Apesar de, no primeiro volume, não ter sentido falta desta componente romântica, confesso que, agora, já esperava um pouco mais das personagens  relativamente a este campo. Ambos sentem um carinho especial que não sabem como processar, e isso, por vezes, acaba por ser frustrante não só para as personagens, mas também para o próprio leitor, que esperava uma relação que não se desenvolve.

     Senti a falta de um vilão mais presente e ameaçador, que agitasse um pouco a trama e trouxesse um clima mais tenso. Logo no início, vemos acontecerem alguns ataques aos Outros, nomeadamente aos do clã dos Corvos, e temos também, ao longo da narrativa, alguns capítulos com descrições mais violentas dos maus tratos infligidos às Cassandra Sangue. Todavia, apesar de alguns diálogos entre o Controlador e pessoas que querem comprar os serviços por ele oferecidos, a verdade é que não senti realmente um clima de ameaça proveniente dessa misteriosa figura, talvez pelo facto de as referências a ela serem tão escassas.

    "Bando de Corvos" é uma boa continuação para a história iniciada em "Letras Escarlates", fornecendo algumas das respostas pelas quais ansiávamos, mas colocando simultaneamente muitas novas questões. Foi bom reencontrar as personagens e ver o caminho que a intriga tomou, e, apesar de não ter visto desenvolvidos todos os aspetos que esperava, acho que o livro se conseguiu manter à altura das minhas expetativas. O final prendeu-me realmente e estou muito curiosa para ver como vão evoluir as coisas no próximo volume, "Visão de Prata". Gostei bastante!

Opinião sobre outros livros de Anne Bishop:

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: I Could Use a Love Song_Maren Morris

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Divulgação: "Bando de Corvos" (Os Outros #2) - Saída de Emergência

 Publicado pela Saída de Emergência

Bando de Corvos
(Os Outros #2)



De Anne Bishop

Sinopse:

     Ninguém tem a capacidade de criar novos mundos como Anne Bishop, autora bestseller do The New York Times. Nesta nova série somos transportados para um mundo habitado pelos Outros, seres sobrenaturais que dominam a Terra e cujas presas prediletas são os humanos. 

Depois de conquistar a confiança dos Outros que habitam Lakeside, Meg Corbyn teve alguma dificuldade em perceber o que significa viver entre eles. Como humana, Meg deveria apenas ser tolerada como presa, mas os seus dons como cassandra sangue tornam-na algo mais.

A aparição de duas drogas aditivas foi a faísca que desencadeou a violência entre os humanos e os Outros, resultando em mortes para ambas as espécies nas cidades limítrofes. Quando Meg tem um sonho sobre sangue e penas negras na neve, Simon Wolfgard – o líder metamorfo de Lakeside – pergunta-se se a profetisa de sangue sonhou com o passado ou uma ameaça futura.

À medida que as profecias se revelam a Meg, cada vez mais intensas e dolorosas, as intrigas adensam-se em Lakeside. Agora, os Outros e o punhado de humanos que aí residem terão de reunir forças para parar o homem que se assume como o verdadeiro profeta de sangue – e extinguir o perigo que ameaça destruir todos os clãs.

Segundo livro da série Os Outros


    Anne Bishop vive em Upstate New York onde gosta de passar o tempo a jardinar, ouvir música e a criar mundos de grande imaginação. É autora de vários romances, incluindo a premiada Saga das Jóias Negras, bem como o Mundo Efémera e Trilogia dos Pilares do Mundo.



Opinião da Imprensa:

"Bando de Corvos não é só o melhor livro de fantasia do ano, é provavelmente um dos melhores de sempre."_All Things Urban Fantasy

"Os mundos criados por Bishop são tão tridimensionais e completos que nos saltam das páginas... Exótico, original, sensual."_Fresh Fiction

"Uma história incrivelmente original, profundamente imaginativa, maravilhosamente articulada e que se apresenta numa prosa clara, cristalina e vibrante."_Kirkus, Starred Review

"Não há nada que se assemelhe. Tornou-se uma autora incontornável."_Chicago Tribune

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Opinião sobre "Letras Escarlates" (Os Outros #1) - Anne Bishop

Letras Escarlates
(Os Outros #1)
(Artigo de Opinião)


Autora: Anne Bishop
Título Original: Written in Red (2013)
Tradução: Luís Santod
ISBN: 978-989-637-739-7
Nº de páginas: 512
Editora: Saída de Emergência


Sinopse

      Ninguém tem a capacidade de criar novos mundos como Anne Bishop, autora bestseller do The New York Times. Nesta nova série somos transportados para um mundo habitado pelos Outros, seres sobrenaturais que dominam a Terra e cujas presas prediletas são os humanos. 

     Meg é uma profetisa de sangue. Sempre que a sua pele é cortada, ela tem uma visão do futuro – um dom que mais lhe parece uma maldição. O Controlador de Meg mantém-na aprisionada de forma a ter acesso total às suas visões. Quando finalmente ela consegue escapar, o único sítio seguro para se esconder é no Pátio de Lakeside – uma zona controlada pelos Outros.

   O metamorfo Simon Wolfgard sente alguma relutância em contratar a estranha que lhe pede trabalho. Sente que ela esconde algo e, para além disso, ela não lhe cheira a uma presa humana. Algo no seu íntimo leva-o a contratá-la, mas ao descobrir quem a jovem realmente é e que o governo a procura, ele terá de tomar uma decisão. Será que proteger Meg é mais importante do que evitar o confronto que se avizinha entre humanos e Outros?

Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Saída de Emergência em troca de uma opinião sincera


Opinião

       Começo por agradecer à Saída de Emergência pelo gentil envio do livro.

    Já há algum tempo que queria experimentar a escrita de Anne Bishop, e foi "Letras Escarlates" a minha estreia com esta autora mundialmente conhecida pela sua capacidade de criar novos mundos e seres fantásticos. E só tenho uma coisa a dizer: adorei!

    A história passa-se em Namid, o mundo, que é dividido entre humanos e Outros, presas e predadores. Desde tempos antigos que a tolerância entre estes dois grupos tem vindo a ser cultivada com esforço, numa tentativa de controlar o número de vidas humanas perdidas. Os Outros são seres sobrenaturais que controlam Namid - e, consequentemente, os humanos -, e entre eles encontram-se indivíduos de variadas espécies: desde vampiros até metamorfos de lobos, corvos, corujas e ursos, passando por outros seres mais sombrios, mortíferos e poderosos que habitam o interior dos Pátios (reservas naturais localizadas em cidades humanas, onde os Outros habitam de modo a poder controlar os recursos e as atividades de que estes dispõem).

     Numa nevosa, fria e escura noite de inverno, conhecemos Meg Corbyn, uma humana de vinte e quatro anos, quando esta se encontra em fuga, procurando desesperadamente um lugar seguro onde se possa esconder. Um cartaz do Pátio de Lakeside, dando conta de uma vaga para o posto de Intermediária, fá-la dirigir-se à Ler e Uivar por Mais, a livraria gerida pelo líder do Pátio, Simon Wolfgard, um metamorfo de lobo.

    Meg consegue a vaga e começa a trabalhar na Estação do Intermediário, onde a sua função é, como o nome indica, servir de intermediária entre humanos e Outros, recebendo as entregas que vêm do mundo exterior e distribuindo-as pelos habitantes do Pátio. É o seu afinco, a sua simpatia e a determinação em fazer um trabalho bem feito que, aos poucos, vai conquistando o coração dos Outros - seres habituados a encarar humanos como simples carne -, e que leva Meg a tornar-se parte da comunidade.

    Porém, Meg anda em fuga e é um bem valioso para quem a procura e, apesar de todos no Pátio tentarem zelar ao máximo pela sua segurança, os seus perseguidores têm vantajosos meios disponíveis e pouco espaço de manobra para falharem. Quererão os Outros arriscar os seus para proteger uma humana? Serão capazes de fazê-lo? E a que custo?

     Anne Bishop criou um mundo cativante e complexo, onde cada ser tem o seu lugar e a sua razão de ser. Logo no início, temos um pequeno capítulo intitulado "Uma Breve História do Mundo" que, acompanhada por outros recursos - como, por exemplo, mapas -, contextualiza a história e o mundo que iremos encontrar.

     Algo que me agradou bastante prende-se com a facilidade de entrar no universo criado, apesar de este ser bastante intrincado, Tal dever-se-á, por certo, ao facto de conhecermos este mundo juntamente com Meg, e irmos aprendendo aos poucos as regras e os segredos do Pátio e dos seus habitantes. Penso que a autora terá feito um esforço para que o autor não se sentisse completamente perdido neste novo mundo, e isso é sem dúvida um ponto positivo.

   Outra coisa que apreciei foi a construção das personagens. Quer os humanos quer os Outros encontrados são indivíduos com o grau certo de profundidade e de relevância na história, aparecendo nos momentos certos para agitar a trama. Gostei muito da grande variedade de seres que encontramos e de descobrir o seu papel no Pátio. Nem tudo nos é revelado logo neste primeiro livro e fica a sensação de que há personagens com ainda muito potencial a ser explorado nos próximos volumes, como é o caso de Tess e das Elementais. Adorei Sam, uma personagem que ganha bastante destaque durante a narrativa, e que conquista com a sua fofura. Também me agradaram as relação entre Outros e humanos - principalmente os polícias -, e o esforço tenso de ambas as partes para manter uma convivência cordial que garantisse a paz. Os "monstros" são apresentados de uma forma real e pouco embelezada, transmitindo a sua essência de predadores, mas também o empenho dedicado ao alcance de uma relação de tolerância para com os humanos.

     Encontramos a figura de vilão em Asia Crane, apesar de esta ser apenas um figura menor a mando de alguém poderoso, e no Controlador de Meg, que, mesmo não aparecendo fisicamente na história, está sempre presente, não só através do medo da protagonista, mas também nas figuras que coloca no encalço de Meg, uma vez que considera esta sua propriedade e uma valiosa fonte de rendimento. Relativamente a Asia Crane, apesar de achar que é uma personagem bem construída, por vezes questionei-me quanto à sua ingenuidade e quanto aos motivos que verdadeiramente a faziam arriscar a sua vida. É uma personagem mesquinha e irritante, mas acabei por me rir com algumas das situações em que se metia.

    Meg é o centro em torno do qual toda a ação gira. É uma rapariga doce e esforçada, que pela primeira vez está a ter um contacto real com o mundo e com as sensações, mas que tem um passado que a persegue - literalmente. É a sua inocência e bondade, mas também a sua singularidade ao lidar com algumas situações, que cativa os Outros e que lhe reserva um lugar na comunidade do Pátio de Lakeside. Apesar de ter gostado muito de Meg e das situações caricatas que esta protagoniza, tenho de admitir que me rendi a Simon. O metamorfo, apesar de ser um dos Outros que mais contacto tem com o seres humanos, inicialmente ainda os encara muito como presas. Assim, faz-lhe alguma confusão que Meg desperte nele sensações diferentes, nomeadamente uma necessidade de a proteger. Simon é quem apresenta uma maior evolução ao longo da narrativa, pois vê-mo-lo perder alguma da rudeza e ferocidade que apresentava inicialmente, sendo estas substituídas por

     Confesso que passei grande parte do livro à espera que acontecesse algo entre Meg e Simon, o que acabou por não acontecer. Se primeiramente achei isso um pouco frustrante, acabei por ficar agradada com o facto de a autora não fazer do romance uma prioridade na trama. Meg e Simon vão-se conhecendo e mudando as opiniões que têm um sobre o outro e, apesar de podermos vislumbrar a possibilidade de qualquer coisa entre eles, ela não se desenvolve neste livro. Quem sabe nos próximos aconteça alguma coisa...

     Resta-me dizer que também me rendi à escrita de Anne Bishop. Mesmo não sendo o livro narrado na primeira pessoa, conhecemos bem as personagens e as suas intenções, e temos os planos das personagens certas para que entendamos o que está a acontecer. A escrita é fluída e envolvente, com uns divertidos toques de humor que cativam facilmente. Apenas tenho a dizer que, por vezes, algumas cenas - como, por exemplo, o quotidiano de Meg na estação -, poderiam ser encurtadas, por não serem as mais relevantes na trama. Fora isso, não tenho nada de negativo a apontar.

     "Letras Escarlates" é um dos melhores livros de fantasia urbana que já li, e é um início perfeito para uma série muito promissora. Com um mundo interessante e sem falhas e personagens que cativam pela sua originalidade, Anne Bishop conquistou-me! Aproveito ainda elogiar a capa da edição portuguesa deste livro, que é simplesmente linda e que capta na perfeição vários elementos da essência da história. Mal posso esperar por ler "Bando de Corvos", o segundo volume da série "Os Outros". Recomendo sem reservas!     

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: I Could Use a Love Song_Maren Morris

domingo, 9 de abril de 2017

Divulgação: "Letras Escarlates" (Os Outros #1) - Saída de Emergência

Publicado pela Saída de Emergência

Letras Escarlates
(Os Outros #1)



De Anne Bishop

Sinopse:

     Ninguém tem a capacidade de criar novos mundos como Anne Bishop, autora bestseller do The New York Times. Nesta nova série somos transportados para um mundo habitado pelos Outros, seres sobrenaturais que dominam a Terra e cujas presas prediletas são os humanos. 

     Meg é uma profetisa de sangue. Sempre que a sua pele é cortada, ela tem uma visão do futuro – um dom que mais lhe parece uma maldição. O Controlador de Meg mantém-na aprisionada de forma a ter acesso total às suas visões. Quando finalmente ela consegue escapar, o único sítio seguro para se esconder é no Pátio de Lakeside – uma zona controlada pelos Outros.

   O metamorfo Simon Wolfgard sente alguma relutância em contratar a estranha que lhe pede trabalho. Sente que ela esconde algo e, para além disso, ela não lhe cheira a uma presa humana. Algo no seu íntimo leva-o a contratá-la, mas ao descobrir quem a jovem realmente é e que o governo a procura, ele terá de tomar uma decisão. Será que proteger Meg é mais importante do que evitar o confronto que se avizinha entre humanos e Outros?

Primeiro livro da série Os Outros


    Anne Bishop vive em Upstate New York onde gosta de passar o tempo a jardinar, ouvir música e a criar mundos de grande imaginação. É autora de vários romances, incluindo a premiada Saga das Jóias Negras, bem como o Mundo Efémera e Trilogia dos Pilares do Mundo.



Opinião da Imprensa:

"Letras Escarlates não é só o melhor livro de fantasia do ano, é provavelmente um dos melhores de sempre."_All Things Urban Fantasy

"Os mundos criados por Bishop são tão tridimensionais e completos que nos saltam das páginas... Exótico, original, sensual."_Fresh Fiction

"Uma história incrivelmente original, profundamente imaginativa, maravilhosamente articulada e que se apresenta numa prosa clara, cristalina e vibrante."_Kirkus, Starred Review

"Não há nada que se assemelhe. Tornou-se uma autora incontornável."_Chicago Tribune