terça-feira, 29 de dezembro de 2015

25 Questões ao Criador - Conhecendo melhor... Carina Portugal

Biografia:

     Carina Portugal nasceu em Cascais, a 19 de Junho de 1989, e vive actualmente na Amadora. Licenciou-se em Biologia (ramo de Biologia Molecular e Genética), pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
     Apaixonada pelo género Fantástico, publicou contos em várias antologias, entre as quais: Vollüspa, com “O Acorde das Almas” (HM Editora, 2012); A Fantástica Literatura Queer, com “Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade” (Tarja Editorial, 2012); Trëma, com o conto “O Cais do Poeta” (2012); Dragões, com o conto “A Alma dos Mil Nomes” (Editora Draco, 2012); recentemente participou na Antologia Fénix de Ficção Científica e Fantasia, V. II e III, com os contos “Já Sinto” e “Frio, cada vez mais Frio”, respectivamente (2013).
     Participou em algumas webzines, como a Revista Abismo Humano (2010) e a Nanozine (2012). Para além disso, publicou os e-books “Os Passos dos Destino”, em co-autoria com a escritora Carla Ribeiro (2009), “O Retrato da Biblioteca” (2012), “Poesia Dispersa V.I” (2013), “Duas Gotas de Sangue e um Corpo para a Eternidade” (re-edição, 2013) e “Coração de Corda” (2013) (noveleta nomeada na categoria de Ficção Fantástica em Conto, dos Prémios Adamastor do Fantástico), entre outros.

     Actualmente colabora no projecto Fantasy & Co., dedicado à publicação e divulgação de contos de jovens escritores portugueses.

(Biografia retirada do blogue da autora, "As Ameias do Crepúsculo": http://asameiasdocrepusculo.blogspot.pt/)

Começo por deixar aqui o meu agradecimento à Carina por ter aceite responder a esta entrevista e por toda a simpatia e sinceridade com que enfrentou este pequeno desafio.

Entrevista:

Dream Pages (D.P.): 1_Quando começou a escrever?
    Carina Portugal (C.P.): O meu gosto pela escrita começou aos 10 anos, simultaneamente com o gosto pela literatura fantástica. A ideia de criar mundos e vidas imaginárias fascinou-me.

D.P.:2_Em que contexto surgem os seus livros? 
   C.P.Os meus livros surgem num contexto simples: o de puramente pôr por escrito as ideias que me surgem e que considero fantásticas (por norma são mais fantásticas enquanto estão dentro da cabeça e não no papel). 

D.P.:3 - Sente-se realizada disponibilizando-os online? Pensa na possibilidade de os vir a publicar em formato de livro físico?
   C.P.:O que me deixa realizada é a leitura dos livros por um certo público, não tanto o formato dos mesmos, e é por isso que também não me importo de os disponibilizar gratuitamente.

D.P.: 4_De onde vêm as suas personagens? 
    C.P.Tento fazê-las diferentes umas das outras, de modo a caracterizarem-se a si mesmas, com a sua vida própria.

D.P.: 5_Identifica-se com alguma delas?
     C.P.Apesar de algumas personagens terem um pouco de mim, não há nenhuma com a qual me identifique realmente. 

D.P.: 6_Como lida com as críticas ao seu trabalho?
    C.P.Por norma lido bem com as críticas. O que realmente não gosto de ver são críticas destrutivas, seja a que tipo de trabalho for (penso nunca ter tido nenhuma dirigida a mim, mas já vi muitas destinadas a outros escritores). O ideal numa crítica é ser construtiva, independentemente de ser negativa, positiva ou neutra.

D.P.: 7_Tem algum ritual de escrita? 
    C.P.Não tenho nenhum tipo de ritual… mas uso o bloco de notas do telemóvel para escrever enquanto caminho, assim como quando ando de autocarro.

D.P.: 8_Para além de escrever, qual é o seu maior talento?
   C.P.O meu segundo maior talento é procrastinar, se não me falha a memória. É algo extremamente útil quando se trata de lavar a loiça e arrumar o quarto. E é também a maldição de qualquer escritor.

D.P.: 9_Considera a escrita uma necessidade ou um passatempo?
   C.P.Para mim a escrita é ambas as coisas. Mesmo que tenha outro tipo de passatempos, não consigo passar muito tempo sem escrever. É uma espécie de vício.

D.P.: 10_Prefere ler ou escrever?
   C.P.Não tenho preferência entre eles, adoro ambos. Para além disso, o primeiro, por norma, é necessário no aperfeiçoar do segundo.

D.P.: 11_O que pensa que seria do mundo sem livros?
   C.P.Seria, com certeza, um mundo muito mais pobre em termos de imaginação e cultura.

D.P.: 12_Qual é o seu escritor favorito?
    C.P.Não sei o que é ter um escritor favorito, porque os meus são vários: desde Juliet Marillier, a Robin Hobb, passando por Robin Cook e Agatha Christie, entre outros. São escritores cujas obras me envolvem de tal forma que se tornam inesquecíveis.

D.P: 13_Qual é o seu livro preferido?
    C.P.Tal como acontece com os escritores, não tenho um livro favorito. Mas posso dizer que entre os muitos de que gosto estão os três primeiros livros da saga de Sevenwaters, a série Harry Potter, O Senhor dos Anéis e A Saga do Assassino, entre outros.

D.P.: 14_Prefere o livro ou o filme?
    C.P.: Nunca me aconteceu gostar mais do filme do que do livro, e houve somente em caso em que gostei igualmente de ambos, que foi com os livros/filmes de “O Senhor dos Anéis”.

D.P.: 15_Qual é a sua música preferida? 
    C.P.Aqui está outro caso em que não tenho preferência por uma só música.

D.P.: 16_Costuma ouvir música quando está a escrever?
   C.P.: Gosto particularmente de ouvir música clássica enquanto escrevo.

D.P.: 17_É fácil conciliar a escrita com o seu trabalho e a sua vida? Como é que uma "mulher da ciência" se apaixona pela escrita?
    C.P.Antes de saber sequer se seria uma “mulher da ciência”, já gostava imenso de escrever, no entanto por vezes é bastante difícil conciliar a escrita com o trabalho, principalmente. O cansaço não é amigo da escrita.

D.P.: 18_Qual é a sua citação favorita?
    C.P.“We're all mad here”, Alice's Adventures in Wonderland, por Lewis Carol. Considero-a uma óptima definição para o mundo em que vivemos.
  
D.P.: 19_Tem um blogue. De onde surgiu “As Ameias do Crepúsculo”?
   C.P.: “As Ameias do Crepúsculo” surgiu da minha necessidade de criar um local onde pudesse partilhar os meus textos mais pequenos, maioritariamente poemas. É um cantinho que qualquer um pode visitar e deixar a sua opinião. Não que tenha muitas visitas, o pobrezinho.

D.P.: 20_Está a trabalhar em novos projetos? O que podem os leitores esperar para o futuro?
     C.P.Actualmente não ando a trabalhar em nenhum novo projecto. Mas espero ter tempo para um dia pegar em alguns que tenho pendentes, quando estiver mais inspirada.

D.P.: 21_Onde podem os leitores adquirir os seus livros?
    C.P.Como a maioria está disponível online, não é particularmente difícil adquiri-los. Alguns deles podem ser obtidos aqui: https://www.smashwords.com/profile/view/letoofthecrows, e alguns contos meus podem ser lidos no site do projecto Fantasy&Co., no qual colaboro com outros escritores portugueses, e onde estão também disponíveis para download: https://fantasyandco.wordpress.com/indice-de-contos/.

D.P.: 22_Alguns conselhos para os novos escritores?
     C.P.Escrevam, leiam, escrevam, leiam, escrevam mais e continuem a ler. Ajudará muito a desenvolver um sentido crítico e a compreender a melhor forma de expressarem as vossas ideias.

D.P.: 23_E, por fim, qual é para si o maior segredo do Universo?
     C.P.A imaginação!






Para mais informações e para poder seguir o trabalho da escritora, visite a sua página no Facebook: https://www.facebook.com/Carina-Portugal-178986332126267

Opinião sobre "Porque Escolhi Viver" - Yeonmi Park

Porque Escolhi Viver
(Artigo de Opinião)


Autora: Yeonmi Park
Título Original: In Order to Live (2015)
Tradução: Ester Cortegano
ISBN: 978-989-665-004-9
Nº de páginas: 320
Editora: Objectiva


Sinopse

     Yeonmi Park não conhecia o significado da palavra liberdade.

     Na Coreia do Norte, cresceu a pensar que era normal ver cadáveres na rua a caminho da escola. Que era normal ter tanta fome que precisava de comer plantas selvagens para tentar calar o estômago. Que era normal ver os vizinhos "desaparecer" sem aviso nem razão. Cresceu a acreditar que o Grande Líder era capaz de lhe ler os pensamentos e de a castigar se fossem incorrectos.

     Aos treze anos, quando a fome e a prisão do pai tornaram o futuro impossível, Yeonmi e a família tomaram a decisão arriscada de fugir da Coreia do Norte. Ficar significaria morrer - de fome, de doença ou por execução. Atravessaram as águas geladas do rio Yalu rumo à fronteira com a China, carregadas de esperança, mas acabaram nas mãos de traficantes de refugiados.

     Depois de quase dois anos à mercê dos captores chineses, Yeonmi e a mãe decidiram arriscar a vida, uma vez mais. Numa noite gelada, com as estrelas a alumiar o caminho, atravessaram o inóspito Deserto de Gobi. Mais uma dura travessia, desta vez bem sucedida.

     Arriscaram morrer porque escolheram ser livres. Porque escolheram viver.

   Aos 21 anos, Yeonmi Park é activista de direitos humanos e está, finalmente, a aprender o que significa ser livre.


Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Editora Objectiva em troca de uma opinião sincera

Opinião

      Começo por agradecer à Editora Objectiva pelo gentil envio do livro. "Porque Escolhi Viver" é um livro com uma história arrepiante que nos apresenta uma realidade assustadora e que expõe uma sociedade onde a vida humana é desvalorizada, onde o ser humano vive cegamente em torno de um regime político ditatorial.

     Este livro é o testemunho de uma jovem que sobreviveu à fuga da Coreia do Norte - Yeonmi Park, agora uma activista dos direitos humanos, dá a conhecer a sua história de vida: as dificuldades do quotidiano na Coreia do Norte, a perigosa passagem da fronteira, a captura e a inserção em redes de tráfico humano na China, a árdua travessia do deserto de Gobi e a difícil integração numa sociedade liberal sul coreana.

     O livro está dividido em três partes, correspondendo cada uma a um momento significativo da vida da narradora. A primeira relata o historial da sua família até à travessia da fronteira da Coreia do Norte com a China. Na segunda parte, é relatado o horror vivido por Yeonmi e pela mãe na China, à mercê dos traficantes humanos, e a chegada à Coreia do Sul. E, por fim, na terceira parte, o recomeço da vida no novo país.

     Yeonmi narra a sua vida desde que nasceu, contextualizando com informação sobre a vida dos seus progenitores, permitindo ao leitor perceber algumas escolhas. É dado a conhecer ao leitor as baixas condições de vida dos norte-coreanos, que vivem sem os cuidados básicos de alimentação, saúde ou higiene, e que se arriscam constantemente a serem enviados para a prisão por desrespeitarem regras com o intuito de sobreviver. É exposta a estratificação da sociedade e o perigo constante que representa salvaguardar a sobrevivência num país como a Coreia do Norte.

     Na China, Yeonmi e a mãe são capturadas na rede de tráfico humano e são separadas. Vivem situações de puro terror. É um relato triste e que facilmente nos comove. Na minha opinião, esta foi a parte que mais me emocionou, pela crueldade e frivolidade de alguns seres humanos, que exploram  brutalmente estas pessoas desesperadas.

     Por fim, a chegada à Coreia do Norte, onde reside ainda algum do medo de ser deportada. A adaptação e a dificuldade de começar de novo, o retomo dos estudos, a perseguição dos objetivos. Depois de todo o sofrimento que passou, Yeonmi sente a necessidade de divulgar a sua história, expondo a violação dos direitos humanos cometida na Coreia do Norte e tornando-se uma activista.

     Apesar da história ser profunda e tocante, a leitura é rápida, uma vez que o livro desperta no leitor o¨desejo de conhecer mais sobre este caso. O livro possui ainda algumas fotos da infância de Yeonmi com a família.

   Yeonmi Park é um exemplo de coragem e determinação impressionantes. Apesar de tudo, a sua jornada foi bem sucedida. Alcançou o seu objectivo - ser livre. Pagou preços demasiado altos para a obtenção de um direito com que os seres humanos deveriam nascer. No entanto, este livro representa também todos os que não tiveram um final feliz na sua luta ingrata pela sobrevivência. É uma história pesada e marcante que persiste em continuar no pensamento muito depois de finda a leitura.

    "Porque Escolhi Viver" é um livro que nos leva a reflectir sobre o preço da vida, sobre a devoção cega a um regime político, sobre sacrifícios e sobre a crueldade humana. Não é uma leitura fácil. No entanto, é, na minha opinião, necessária. Livros como este deveriam ser lidos por todos, para que tomemos consciência do tormento que custa a sobrevivência diária a muitos seres humanos. Realidades como esta não podem ser ignoradas. Este é um livro que aconselho e que espero sinceramente que sensibilize muitas pessoas!

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: People Help The People_Birdy

Citação do Dia - 29 de dezembro de 2015

"O livro é a grande memória dos séculos... se os livros desaparecessem, desapareceria a história e, seguramente, o homem."
Jorge Borges

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

#17 - Dá-lhe Letras

Autor: Rebecca James


N__ __     H__     B__L__     S__ __     S__N__ __


Qual é o livro?

Citação do Dia - 28 de dezembro de 2015

"Nunca viajo sem o meu diário. É preciso ter sempre algo extraordinário para ler no comboio."
Oscar Wilde

domingo, 27 de dezembro de 2015

sábado, 26 de dezembro de 2015

#14 - Passatempo: "O Clube dos Ténis Vermelhos - Vol.1" (Especial Pós-Natal)

O Natal já passou, mas o blogue Dream Pages ainda tem algumas surpresas preparadas! Desta vez, com o apoio da Nuvem de Letras, o sorteio de dois exemplares do livro "O Clube dos Ténis Vermelhos - Vol.1", de Ana Punset.




Para que se possa habilitar a ganhar um dos dois exemplares que temos para oferecer, apenas tem de:

- Fazer gosto na página da Suma de Letras e da Editora Objectiva no Facebook (aqui e aqui);
- Fazer gosto na página do Dream Pages no Facebook, aqui;
- Seguir publicamente o blogue;
- Seguir o twitter do blogue (aqui) dá uma entrada extra;
- Seguir o Bloglovin' do blogue (aqui) dá uma entrada extra;
- Clicar no botão G+1 (recomendar o blogue - margem lateral esquerda, antecedido pelo painel de seguidores) dá uma entrada extra;
- Só participar uma vez (se não cumprir esta regra, a sua participação será anulada);
- Preencher todos os dados corretamente e acertar nas perguntas colocadas (pode encontrar as repostas aqui).


Agora é só participar!

O passatempo termina no dia 06 de janeiro às 23h59. As participações após esta data não serão válidas.



Notas:
- O passatempo é feito em parceria com a editora Nuvem de Letras, uma chancela do grupo Penguin Random House;
- Os vencedores serão escolhidos aleatoriamente através do site random.org;
- Os vencedores serão contactados por e-mail e serão anunciados no blogue e na página do Facebook;
- Este passatempo só é válido para Portugal continental e ilhas;
- O blogue e a editora não se responsabilizam pelo possível extravio do livro nos correios.

#11 - Resultado do Passatempo: "O Monstro das Cores" (Especial de Natal)

É com grande satisfação que publico o resultado do passatempo realizado em parceria com a Nuvem de Letras, uma chancela do Grupo Penguin Random House - o sorteio de dois exemplares do livro "O Monstro das Cores".





Este sorteio contou com 177 participações e os vencedores foram escolhidos através do site random.org. E os números vencedores são os...


        



...131 e 11! Que correspondem às participações de Liliana (...) Carvalho, de Leiria e de Inês (...) Pereira, de Oliveira de Azeméis, respectivamente.

Parabéns às vencedoras! Já foi enviado um e-mail para confirmar os dados do envio do prémio.

#8 - Resultado do Passatempo: "A Espia do Oriente" (Especial de Natal)

É com grande satisfação que publico o resultado do passatempo realizado em parceria com o escritor Nuno Nepomuceno - o sorteio de um exemplar do livro "A Espia do Oriente", o segundo volume da aclamada trilogia Freelancer.





Este sorteio contou com 205 participações e o vencedor foi escolhido através do site random.org. E o número vencedor é o...






...166! Que corresponde à participação de Luísa (...) Brandão, de Fiscal.

Parabéns à vencedora! Já foi enviado um e-mail para confirmar os dados do envio do prémio.

Citação do Dia - 26 de dezembro de 2015

"A ficções salvam os que as escrevem e os que as lêem."
Ernesto Sábato

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

#8 - Pistas Literárias

Pistas:

      - Este é o primeiro volume de uma saga escrita por uma autora nascida no Arizona, Estado Unidos da América.

       - O livro fala sobre uma rapariga que perdeu recentemente os pais, e que vai trabalhar para um circo para poder pagar as propinas da faculdade.

     - A protagonista sente uma grande conexão com um dos animais, um felino. Mais tarde, vem a descobrir que ele é um príncipe que foi amaldiçoado por um mago.

      - Decidida a ajudá-lo, parte numa arriscada jornada, enfrentado míticas criaturas numa tentativa de decifrar uma antiga profecia.


Qual é o livro?

Citação do Dia - 25 de dezembro de 2015

"O Natal é um tempo de benevolência, perdão, generosidade e alegria. A única época que conheço, no calendário do ano, em que homens e mulheres parecem, de comum acordo, abrir livremente os seus corações."
Charles Dickens

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Votos de Boas Festas

     Deixo a todos os votos de um Feliz e Santo Natal e um Próspero Ano de 2016 recheados de paz, saúde, amor... e muitos livrinhos!

    Quero aproveitar ainda para agradecer todo o apoio que tenho recebido e que tem sido muito importante. Obrigada por acompanharem o blog! É um prazer ter-vos como leitores!

     Que o novo ano traga felicidade e concretização pessoal e profissional a todos vós! Boas Festas e Boas Leituras!


#13 - Passatempo: "A Hora Solene" (Especial de Natal)

E, mesmo na véspera de Natal, trago-vos mais um fantástico passatempo - o sorteio de um exemplar de "A Hora Solene", oferecido pelo autor, Nuno Nepomuceno.





Para que se possa habilitar a ganhar este livro, apenas tem de:
- Fazer gosto na página da trilogia no Facebook, aqui;
- Fazer gosto na página do Dream Pages no Facebook, aqui;
- Seguir publicamente o blogue;
- Seguir o twitter do blogue (aqui) dá uma entrada extra;
- Seguir o Bloglovin' do blogue (aqui) dá uma entrada extra;
- Clicar no botão G+1 (recomendar o blogue - margem lateral esquerda, antecedido pelo painel de seguidores) dá uma entrada extra;
- Só participar uma vez (se não cumprir esta regra, a sua participação será anulada);
- Preencher todos os dados corretamente e acertar nas perguntas colocadas (pode encontrar as respostas aqui).

Agora é só participar!

O passatempo termina no dia 03 de janeiro às 23h59. As participações após esta data não serão válidas.



Notas:
- O passatempo é feito em parceria com o autor do livro, Nuno Nepomuceno;
- O vencedor será escolhido aleatoriamente através do site random.org;
- O vencedor será contactado por e-mail e será anunciado no blogue e na página do Facebook;
- Este passatempo só é válido para Portugal continental e ilhas;
- O blogue e o autor não se responsabilizam pelo possível extravio do livro nos correios.

Citação do Dia - 24 de dezembro de 2015

"O livro melhor escrito é a receita de uma sopa."
Voltaire

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

#9 - Resultado do Passatempo: Capa para Livro Handmade by Sara

É com grande satisfação que publico o resultado do passatempo realizado em parceria com a Handmade By Sara - o sorteio de uma fantástica capa para livro.





Este sorteio contou com 203 participações e o vencedor foi escolhido através do site random.org. E o número vencedor é o...





...199! Que corresponde à participação de Sara (...) Toscano, de Ançã.

Parabéns à vencedora! Já foi enviado um e-mail para confirmar os dados do envio do prémio.

Citação do Dia - 23 de dezembro de 2015

"O livro é um mundo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive."
António Vieira

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

25 Questões ao Criador - Conhecendo melhor... Andreia Ferreira

Biografia:

Nascida e criada em Braga, Andreia Ferreira orgulha-se muito do seu sotaque. Escreve nos cafés, rodeada de pessoas que a inspiram.Licenciou-se em Línguas e Literaturas Europeias, fez o primeiro ano de dois mestrados e agora está a frequentar Direito.
É casada e tem um filho, que chamou de cão ao gato, de tão grande que ele é.
Aos 27 anos continua à espera da sua carta para Hogwarts.

(Biografia retirada do site da Wook: http://www.wook.pt/)

Começo por deixar aqui o meu agradecimento à Andreia por ter aceite responder a esta entrevista e por toda a simpatia e sinceridade com que enfrentou este pequeno desafio.

Entrevista:

Dream Pages (D.P.): 1_Quando começou a escrever?
    Andreia Ferreira (A.F.): Aos 6 anos, quando entrei para a escola primária! Estou a brincar :P
Quando era mais nova, gostava de elaborar umas rimas, chamando-lhes poemas.
Por volta dos meus treze anos, escrevi uma mini narrativa em papel pautado, sobre a uma rapariga que lia os pensamentos dos outros e que acabava num hospital psiquiátrico.
Só aos dezoito é que me iniciei com os soberbas.

D.P.:2_Em que contexto surgiram os livros da "Trilogia Soberba"? Como é que surgiu a oportunidade de os publicar?
   A.F.Os soberbas surgiram com um primeiro capítulo, que explora um medo comum: a presença no quarto. Depois, surgiram ideias para desenvolver esse ser. Os personagens ganharam alguma consistência e personalidade. Quando dei por mim, o primeiro soberba estava pronto. Os seguintes vieram com as pontas que abri no primeiro, que tinham de ser fechadas.
A Alfarroba mostrou interesse nesta história. 

D.P.: 3_De onde vêm as suas personagens? Identifica-se com alguma delas?
     A.F.Eu acho que elas sussurram-me ao ouvido a pedirem para existir.
Não me identifico com nenhuma. Todas têm atitudes que eu não teria. Eu sou bem mais aborrecida do que elas.

D.P.: 4_Como lida com as críticas ao seu trabalho?
    A.F.De início, desesperava com as más críticas. Falava delas aos meus próximos e ganhava ódios de estimação pelos respetivos autores. Hoje, lido bem. Leio-as com calma e tento extrair o que considero útil para alterar em futuros projetos. Não digo que não dói! Dói sempre um pouquinho.
As boas críticas produzem um afago na alma. É quase como elogiarem-nos um filho. Quase!

D.P.: 5_O que sente quando escreve? O que lhe dá mais prazer na escrita? Qual é a maior dificuldade que sente quando está a escrever?
    A.F.Escrever é viver outras vidas. É ver um filme em primeira mão. É brincar de Deus.
Adoro o poder que me é concedido para movimentar estes seres fictícios e a reflexão que me é imposta nos momentos em que me é exigida uma decisão.
A maior dificuldade que enfrento na escrita é a impaciência que me preenche quando me vejo envolvida num projeto. Fico um pouco obcecada com a história e torna-se complicado afastar-me para viver a minha própria vida.

D.P.: 6_Tem algum ritual de escrita? 
    A.F.Gosto de escrever em cafés, mas não me parece que seja uma condição à qual me imponha.
Com os soberbas, não o fiz, mas este novo projeto levou-me a desenvolver alguns apontamentos para me orientar na escrita. Entre eles, elaborei um calendário, uma lista de personagens e as respetivas características e, por fim, um outline, onde descrevo a história cena a cena.
Tendo em conta a produtividade que este “ritual” me proporcionou, não creio que tornarei a escrever sem construir estes backgrounds primeiro.

D.P.: 7_Para além de escrever, qual é o seu maior talento?
  A.F.Não sei cantar. Tenho dois pés esquerdos. Sou míope. Não sei desenhar narizes. Sou preguiçosa e desisto de tudo que me canse fisicamente.
Acho que o meu maior talento é ser mãe. Nisso esforço-me muito para não falhar.

D.P.: 8_Considera a escrita uma necessidade ou um passatempo?
   A.F.Eu gostava de dizer que é um passatempo, porque só me posso inclinar sobre os manuscritos quando tenho tempo. Porém, venho a aperceber-me que me sinto mais feliz quando ando enfiada numa história das minhas.

D.P.: 9_Prefere ler ou escrever?
   A.F.Preferes o pai ou a mãe?
Senti-me um bocado assim agora.
São paixões totalmente diferentes. Contudo, para se escrever é preciso ler!
Escrever exige mais de mim, mais tempo e disposição. Ler é mais natural, uma vez que há sempre um livro a passear comigo na bolsa e cinco minutos de espera numa fila são suficientes para pegar nele.

D.P.: 10_O que pensa que seria do mundo sem livros?
   A.F.Se nunca tivessem existido, o mundo não teria evoluído. Estaríamos presos num ciclo ainda mais vicioso de erros.
Se eles desaparecessem todos de repente, acho que um pedaço de mim definharia.

D.P.: 11_Qual é o seu escritor favorito?
    A.F.Não tenho. Há alguns que admiro, outros que vou admirando e outros que arrumo para o lado à primeira tentativa.
Se tiver de mencionar algum, evidencio a escrita de Stephen King. Faço uma vénia à capacidade dele de elaborar personagens complexas, settings claustrofóbicos pelos sentimentos que os preenchem. Ele explora o ser humano e o que há de melhor e pior nele. É o que tento fazer nos meus livros.


D.P: 12_Qual é o seu livro preferido?
    A.F.Tenho um carinho especial pelo Harry Potter, como milhões de pessoas pelo mundo. Foi a minha primeira experiência de viver uma história com a alma. Desesperava pela saída do próximo volume!
Todos os anos, há livros que adquirem moradia fixa na estante.

D.P.: 13_Houve algum livro que a tenha feito olhar o mundo de forma diferente?
   A.F.: Livros! Dou por mim a mudar de perspetiva em relação a assuntos que julgava ter uma opinião formada. Ler é conhecer perspetivas. Há temas que carecem de uma reflexão mais profunda e que só nos apercebemos disso quando a história nos envolve em situações que nunca nos surgiram na realidade. O que eu faria? Esta pergunta, respondida na intimidade da nossa mente, procura respostas desesperantes dentro de nós.

D.P.: 14_Prefere o livro ou o filme?
    A.F.: São duas artes totalmente distintas, que merecem ser apreciadas como tal. A literatura não lida com os mesmos orçamentos dos filmes e há mestria em certas adaptações.
Ha cenas que funcionam melhor no papel do que no ecrã e há inúmeros pormenores a ter em conta na passagem de um livro para filme. À sua maneira, e respeitando o objetivo que se pretende, o cinema e a literatura conseguem produzir ficções maravilhosas da mesma história.

D.P.: 15_Qual é a sua música preferida?
     A.F.Não tenho nenhuma música preferida. Aliás, só ouço música no rádio, enquanto estou a conduzir. A maior parte das vezes, prefiro estar rodeada de silêncio.
No entanto, como qualquer pessoa, não conseguiria viver sem música. Inclino-me mais para bandas do género de Linkin Park e Pearl Jam. 

D.P.: 16_Costuma ouvir música quando está a escrever?
      A.F.Não. Música ambiente: pessoas a falar à minha volta.

D.P.: 17_É fácil conciliar a escrita com o seu trabalho e a sua vida? 
    A.F.Infelizmente, a escrita não pode ser uma prioridade na minha vida. Entre a família, o trabalho e a universidade, a escrita fica com os restos.

D.P.: 18_Qual é a sua citação favorita?
   A.F.Não tenho nenhuma que possa dizer que é a preferida de sempre. Há muitas frases que, simplesmente, caem bem!
Por exemplo:
               Be yourself; everyone else is already taken. de Oscar Wilde;
               Monsters are real, and ghosts are real too. They live inside us, and sometimes, they win. de Stephen King

D.P.: 19_Quem/Qual é a sua fonte inspiração?
      A.F.A vida.

D.P.: 20_Qual é o seu maior sonho?
     A.F.Sonho profissional: viver da escrita.
Sonho pessoal: que a minha família viva para sempre!
  
D.P.: 21_Qual é o seu lema de vida?
     A.F.: Isso de lemas é para quem vive como os cavalos: com duas talas na cara. Vou-me regendo pelos meus valores, esperando estar a agir corretamente e a tomar as melhores decisões.

D.P.: 22_Está a trabalhar em novos projetos? O que podem os leitores esperar para o futuro?
    A.F.Sim. Estou com um projeto em mãos. Fugi à fantasia e os únicos demónios que esta nova história traz são os que vivem dentro das pessoas.
Quem está familiarizado com a minha escrita, poderá continuar a contar com cenas densas e segredos obscuros.

D.P.: 23_Onde podem os leitores adquirir os seus livros?
    A.F.: Em qualquer livraria (se não os virem expostos, façam pedido).
Online na Wook, Betrand, Bulhosa
Comigo (mandem MP ou mail para d311nh4@gmail.com)
Com a editora.

D.P.: 24_Alguns conselhos para os novos escritores?
    A.F.Leiam livros de auxílio à escrita. Infelizmente, não existem bons livros da temática na língua portuguesa, pelo que terão de procurar entre os estrangeiros.
Aprendam do que é que falam os vossos autores preferidos, quando usam vocábulos como  estrutura, hook, entre outros. Procurem vídeos deles a falar de escrita e entendam como é que se realiza o processo deles, para poderem encontrar o vosso.
É importante que reconheçam as técnicas inerentes à narrativa, porque, mesmo que gostem de escrever ao sabor das ideias, na revisão elas são aplicadas. 

D.P.: 25_E, por fim, qual é para si o maior segredo do Universo?
    A.F.Deus, estás aí?


Para mais informações e para poder seguir o trabalho da escritora, visite a sua página no Facebook: https://www.facebook.com/d314blogue

Citação do Dia - 22 de dezembro de 2015

"O livro é um animal vivo."
Aristóteles

domingo, 20 de dezembro de 2015

Opinião sobre "Senhores da Noite" - Carla Ribeiro

Senhores da Noite
(Artigo de Opinião)


Autora: Carla Ribeiro
ISBN: 978-989-8070-47-0
Nº de páginas: 160
Editora: Fronteira do Caos Editores


Sinopse

     Possuem o dom da imortalidade. Controlam as forças da magia com o poder da sua vontade e, com base na imunidade à morte, subjugaram a humanidade. Têm, contudo, uma fraqueza: vivem em guerra constante.

     Moranius Sinister é o mais antigo dos imortais, único sobrevivente de um tempo em que a sua raça vivia sob as leis de um império. No presente, contudo, são já escassos os imortais e todos eles desejam o poder dos seus semelhantes. Para conquistar as suas ambições, Moranius vê-se obrigado a, juntamente com a sua amante, Deletress Aventra, conceber um plano que lhe permita eliminar do seu caminho os restantes imortais, apesar de todas as revelações ainda ocultas no tempo.


Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Fronteira do Caos Editores em troca de uma opinião sincera

   Opinião

     Agradeço à Fronteira do Caos o gentil envio do livro "Senhores da Noite".

     Predominada por tons escuros e figuras misteriosas, a capa começa por despertar no leitor uma sensação de curiosidade sobre o conteúdo do livro.

     "Senhores da Noite" gira em torno de uma lenda. Os Imortais são seres que competem entre si pela sobrevivência, pois o último vivo será detentor de um poder inimaginável.

     Moranius Sinister é o mais antigo dos Imortais. Deletress e Arcania Aventra são duas irmãs, gémeas, separadas por intrigas do passado. Neste mundo onde nada é o que parece, estes seres ceifam a vida dos seus semelhantes em troca do poder e da supremacia, numa luta inconstante pelo título de "Senhor da Noite". Quem sairá vencedor?

     Os personagens chocaram-me pela sua frieza e crueldade. São calculistas e impiedosos, movendo-se cegamente em torno dos seus objectivos. Não olham a meios na altura de conseguirem o que querem, recorrendo inclusive a métodos de tortura para obterem informações. Os humanos, comuns mortais, apenas têm lugar neste mundo como escravos destes seres soberanos. O sadismo e desprezo com que são tratados reflete a maldade e a insensibilidade dos Imortais.

     O passado dos personagens vai sendo revelado de forma sequencial, paralelamente ao relato dos acontecimentos, permitindo ao leitor compreender melhor as suas motivações. Acho que este sistema, que se assemelha a flahsbacks, resulta muito bem neste contexto.

     Gostei especialmente dos nomes dos personagens e dos locais descritos no livro. São nomes que primam pela originalidade e solenidade. No entanto, há alguns aspectos que considero menos bons: algumas palavras e expressões são demasiadamente repetidas, principalmente no início do livro; o final, embora surpreendente, é, de certa forma, abrupto - a facilidade com que tudo acontece é um pouco forçada - , poderia ter sido mais explorado.

     As revelações são feitas nos momentos certos, prendendo o leitor através do ímpeto de desvendar os mistérios que o livro esconde. Tirando os pormenores anteriormente citados, a escrita é cativante e compele o leitor a continuar nesta fantasia onde predominam seres do universo fantástico. Porém, não posso deixar de notar que, por vezes, achei a leitura ligeiramente cansativa.

Como já referi, o final é imprevisível e agradou-me singularmente. Este é um livro que recomendo, principalmente, aos fãs de fantasia. Foi escrito por uma portuguesa, Carla Ribeiro, a quem parabenizo pela concepção deste mundo tão sádico como sedutor. Uma boa leitura!

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Lithium_Evanescence