(Artigo de Opinião)
Autora: Victoria Aveyard
Título Original: King's Cage (2017)
ISBN: 978-989-773-128-0
Nº de páginas: 432
Nº de páginas: 432
Editora: Saída de Emergência
Sinopse
Quando a faísca da rapariga-relâmpago se apaga, quem ilumina o caminho para a rebelião?
Mare Barrow foi capturada e está impotente sem o seu poder, vivendo atormentada pelos erros do passado. Ela está à mercê do rapaz por quem um dia se apaixonou, um jovem dissimulado que a enganou e traiu. Agora rei, Maven continua com os planos da sua mãe, fazendo de tudo para manter o controlo de Norta — e de sua prisioneira.
Enquanto Mare tenta aguentar o peso sufocante da Pedra Silenciosa, a Guarda Escarlate organiza-se, deixando de agir nas sombras e preparando-se para a guerra. Entre os guerreiros está Cal, o príncipe exilado, que no meio das dúvidas tem apenas uma certeza: ele não vai descansar enquanto não trouxer Mare de volta.
Sangue vermelho e prateado correrá pelas ruas. A guerra está a chegar…
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Saída de Emergência em troca de uma opinião sincera
Opinião
Começo por agradecer à Saída de Emergência pelo gentil envio do livro.
No seguimento de "Rainha Vermelha" e "Espada de Vidro", chega "A Jaula do Rei", o terceiro e penúltimo volume da história de Mare Barrow, onde regressamos a uma Norta comandada pelo cruel rei Maven, que está empenhado em fazer prevalecer o poder prateado.
O segundo volume termina com o aprisionamento de Mare, que neste livro se encontra, como o próprio nome indica, cativa n'"A Jaula do Rei". Com a sua liberdade restrita e os seus poderes enfraquecidos devido à Pedra Silenciosa, não lhe resta outra hipótese que não a de esperar uma oportunidade para fugir, o que, ainda assim, não implica que Mare esteja disposta a satisfazer os caprichos do rei, pois a jovem sanguenovo está empenhada em resistir, não importa o quão caro isso lhe saia.
Por outro lado, temos a Guarda Escarlate, que continua a mover-se nas sombras, a tecer os seus planos de revolução, ansiando pelo dia em que os Vermelhos tomarão o poder e será feita justiça. No meio desta embrulhada, temos Cal, o príncipe despojado de trono, que se encontra dividido entre o sentido de lealdade e de dever e o que lhe dita o coração, mas que tem a certeza quanto à sua missão de regastar Mare.
Entre jogos políticos e lutas de poder, a guerra está a chegar, e só um dos lados poderá sair vitorioso. Vermelhos ou prateados - quais vencerão e quais vão sucumbir? Alcançará a Guarda Escarlate a sua vingança, ou conseguirá Maven levar a sua avante e calar a voz dos oprimidos? E qual será o papel de Mare e de Cal no meio deste confronto?
Começo por dizer que gostei mais deste volume do que do anterior, mas que ainda assim houve alguns momentos durante a leitura em que senti que a trama não estava a avançar. Neste livro encontramos mais ação e mais violência, e está bem patente o clime de tensão e de perigo que paira no ar, bem como o nervosismo das personagens face à ameaça de uma guerra prestes a estalar. Além disso, na primeira parte do livro, o facto de Mare estar presa oferece-nos uma visão mais aprofundada da corte, bem como dos seus ardis e jogos de poder, algo que achei bastante interessante.
Sinto que neste livro também temos uma evolução ao nível da caracterização psicológica das personagens. Vemos melhor explorado o vilão da trama, Maven, e confesso que, para mim, esse foi um dos pontos fortes, pois temos uma perspetiva aprofundada das suas motivações, do seu interesse obsessivo e até do que o tornou no ser cruel que é. Já Mare é daquelas personagens com quem tenho uma relação de amor-ódio, em que os pratos da balança estão em permanente desequilíbrio, quer para um lado, quer para o outro. Gosto do seu lado intrépido, da fidelidade aos seus princípios e do seu feito irascível, mas nem sempre consegue despertar empatia e, além disso, a certa altura, os seus pontos de vista começaram a tornar-se algo repetitivos.
Outro ponto que também me agradou, foi o facto de a história, ao contrários dos dois outros livros, não ter sido narrada apenas por Mare, mas também por outras duas personagens que, por serem de meios tão diferentes, trouxeram alguma frescura à história - e, nesse sentido, há que realçar o papel de destaque assumido por Evangeline.
No entanto, senti que, a meio, o ritmo sofre um declínio e a narrativa torna-se um pouco mais aborrecida - um enrolar dos queixumes de Mare, da gabarolice de Maven e das indecisões de Cal -, embora se redima no final. O desfecho é impactante e Aveyard acaba a história num momento crucial, que me deixou ansiosa por pegar no próximo volume e ver como é que a autora vai acabar a história.
Sinto que "A Jaula do Rei" recuperou um pouco da magia do primeiro livro, permitindo ao leitor conhecer melhor todo o leque de personagens - e não apenas os protagonistas -, e mergulhar nas intrigas e manipulações da corte e da Guarda Escarlate. Apesar de algumas falhas, esta é uma história com muito potencial, que espero que a autora aproveite em "Tempestade de Guerra". Depois deste final, mal posso esperar por pegar no último volume desta sega e ver como acabará esta disputa entre Vermelhos e Prateados e que destinos terá a autora reservados para Mare, Cal e Maven. Gostei!
Começo por agradecer à Saída de Emergência pelo gentil envio do livro.
No seguimento de "Rainha Vermelha" e "Espada de Vidro", chega "A Jaula do Rei", o terceiro e penúltimo volume da história de Mare Barrow, onde regressamos a uma Norta comandada pelo cruel rei Maven, que está empenhado em fazer prevalecer o poder prateado.
O segundo volume termina com o aprisionamento de Mare, que neste livro se encontra, como o próprio nome indica, cativa n'"A Jaula do Rei". Com a sua liberdade restrita e os seus poderes enfraquecidos devido à Pedra Silenciosa, não lhe resta outra hipótese que não a de esperar uma oportunidade para fugir, o que, ainda assim, não implica que Mare esteja disposta a satisfazer os caprichos do rei, pois a jovem sanguenovo está empenhada em resistir, não importa o quão caro isso lhe saia.
Por outro lado, temos a Guarda Escarlate, que continua a mover-se nas sombras, a tecer os seus planos de revolução, ansiando pelo dia em que os Vermelhos tomarão o poder e será feita justiça. No meio desta embrulhada, temos Cal, o príncipe despojado de trono, que se encontra dividido entre o sentido de lealdade e de dever e o que lhe dita o coração, mas que tem a certeza quanto à sua missão de regastar Mare.
Entre jogos políticos e lutas de poder, a guerra está a chegar, e só um dos lados poderá sair vitorioso. Vermelhos ou prateados - quais vencerão e quais vão sucumbir? Alcançará a Guarda Escarlate a sua vingança, ou conseguirá Maven levar a sua avante e calar a voz dos oprimidos? E qual será o papel de Mare e de Cal no meio deste confronto?
Começo por dizer que gostei mais deste volume do que do anterior, mas que ainda assim houve alguns momentos durante a leitura em que senti que a trama não estava a avançar. Neste livro encontramos mais ação e mais violência, e está bem patente o clime de tensão e de perigo que paira no ar, bem como o nervosismo das personagens face à ameaça de uma guerra prestes a estalar. Além disso, na primeira parte do livro, o facto de Mare estar presa oferece-nos uma visão mais aprofundada da corte, bem como dos seus ardis e jogos de poder, algo que achei bastante interessante.
Sinto que neste livro também temos uma evolução ao nível da caracterização psicológica das personagens. Vemos melhor explorado o vilão da trama, Maven, e confesso que, para mim, esse foi um dos pontos fortes, pois temos uma perspetiva aprofundada das suas motivações, do seu interesse obsessivo e até do que o tornou no ser cruel que é. Já Mare é daquelas personagens com quem tenho uma relação de amor-ódio, em que os pratos da balança estão em permanente desequilíbrio, quer para um lado, quer para o outro. Gosto do seu lado intrépido, da fidelidade aos seus princípios e do seu feito irascível, mas nem sempre consegue despertar empatia e, além disso, a certa altura, os seus pontos de vista começaram a tornar-se algo repetitivos.
No entanto, senti que, a meio, o ritmo sofre um declínio e a narrativa torna-se um pouco mais aborrecida - um enrolar dos queixumes de Mare, da gabarolice de Maven e das indecisões de Cal -, embora se redima no final. O desfecho é impactante e Aveyard acaba a história num momento crucial, que me deixou ansiosa por pegar no próximo volume e ver como é que a autora vai acabar a história.
Sinto que "A Jaula do Rei" recuperou um pouco da magia do primeiro livro, permitindo ao leitor conhecer melhor todo o leque de personagens - e não apenas os protagonistas -, e mergulhar nas intrigas e manipulações da corte e da Guarda Escarlate. Apesar de algumas falhas, esta é uma história com muito potencial, que espero que a autora aproveite em "Tempestade de Guerra". Depois deste final, mal posso esperar por pegar no último volume desta sega e ver como acabará esta disputa entre Vermelhos e Prateados e que destinos terá a autora reservados para Mare, Cal e Maven. Gostei!
Opinião sobre outros livros de Victoria Aveyard:
Música que aconselho para acompanhar a leitura: Look What You Made Me Do_Taylor Swift
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