(Artigo de Opinião)
Autor: Robert Bryndza
Título Original: Cold Blood (2017)
ISBN: 978-989-890-734-9
Nº de páginas: 320
Nº de páginas: 320
Editora: Alma dos Livros
Sinopse
Quando, nas margens do Tamisa, surge uma mala velha com o corpo desmembrado de um homem, a inspetora Erika Foster fica chocada. Já trabalhou em alguns casos assustadores, mas nunca vira nada assim antes. À medida que ela e a sua equipa começam a trabalhar, estabelecem uma ligação com outra vítima - o corpo de uma jovem abandonado numa mala idêntica duas semanas antes.
Erika percebe rapidamente que está na pista de um assassino em série que já deu o passo seguinte. No entanto, durante a investigação, é vítima de um ataque brutal. Forçada a recuperar em casa, e com a sua vida pessoal a desmoronar-se, tudo parece estar contra ela.
Mas nada detém Erika. À medida que o número de corpos aumenta, as filhas gémeas de um colega, o comandante Marsh, são raptadas, e é o tudo por tudo. Conseguirá Erika salvar a vida de duas crianças inocentes antes que seja demasiado tarde? Ela está a ficar sem tempo e prestes a fazer uma descoberta perturbadora... há mais de um assassino.
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Alma dos Livros em troca de uma opinião sincera
Opinião
Começo por agradecer à Alma dos Livros pelo gentil envio do livro.
Em "Sangue Frio", acompanhamos Erika Foster na perseguição de mais um assassino... ou, desta vez, haverá mais do que um?
Um corpo desmembrado de um homem é encontrado dentro de uma mala, no Tamisa, e a brutalidade do crime, bem como a falta de pistas, preocupam a inspetora Erika Foster. Quando surge a hipótese da ligação a um outro corpo, encontrado em condições semelhantes semanas antes, Erika teme que se trate de um assassino em série, e que este esteja já a preparar o próximo passo.
Apesar de ser vítima de um ataque e de se ver obrigada a tirar um tempo para recuperar, Erika ainda assim não desiste do caso, e, à medida que vão aparecendo mais corpos, a inspetora fica cada vez mais empenhada em descobrir o assassino por detrás destes crimes hediondos... ou não será apenas um?
Erika é uma personagem por quem me tenho apaixonado um pouco mais a cada livro. Se, no início, a achava algo fria, magoada e fechada em si própria, senti-a desabrochar ao longo dos volumes seguintes - e neste em concreto, em que a sua vida pessoal acaba por assumir um maior papel de destaque, mostrando o quão precário é por vezes o equilíbrio entre força e fragilidade -, revelando-se uma mulher justa e sem medo de lutar pelo que acha correto, mesmo que isso lhe traga problemas.
No entanto, fiquei ligeiramente desiludida com a evolução do romance entre ela e Peterson: senti que demos um passo - dos grandes - atrás. Se, por um lado, esperava que, nesta fase, a relação já tivesse atingido um patamar suficientemente estável para ultrapassar os problemas decorrentes do final do quarto volume - estava, até, à espera que a situação os unisse, em vez de os afastar -, por outro estou bastante curiosa para ver que destino vai o autor dar estas personagens.
Se, em "O Último Fôlego", senti que a construção da personalidade do assassino deixava algo a desejar, "Sangue Frio" traz-nos não um, mas dois homicidas extremamemente bem caracterizados. Achei muito interessante assistir à "criação" de um assassino e ver o quão facilmente uma pessoa se deixa manipular por alguém de quem gosta, perdendo a noção do certo e do errado, e cruzando linhas até aí intransponíveis.
Apesar de os livros desta série seguirem uma determinada fórmula, a verdade é que esta resulta, e Bryndza tem, ainda assim, a louvável capacidade de se reiventar continuamente, apresentando sempre uma trama bem construída e refrescante, com assassinos com personalidade e motivações próprias.
Achei o ritmo deste volume especialmente intenso, uma vez que a ação se dividia em vários focos, sendo que acompanhávamos quer a investigação, quer o percurso dos assassinos, o que só contribuiu para que o devorasse rapidamente. A ânsia de querer saber o que acontecia a seguir, aliada aos capítulos curtos já característicos do autor, fez com que lesse sofregamente até chegar ao final que, admito, me surpreendeu mais do que estava à espera.
O aspeto menos positivo que tenho a apontar não se prende com a trama em si, mas sim com a sinopse que, na minha opinião, revela demasiado sobre a história. Há um determinado aspeto - bastante importante para o curso dos acontecimentos - que teria criado muito mais impacto durante a leitura se não estivesse já a contar com ele.
Em "Sangue Frio", acompanhamos Erika Foster na perseguição de mais um assassino... ou, desta vez, haverá mais do que um?
Um corpo desmembrado de um homem é encontrado dentro de uma mala, no Tamisa, e a brutalidade do crime, bem como a falta de pistas, preocupam a inspetora Erika Foster. Quando surge a hipótese da ligação a um outro corpo, encontrado em condições semelhantes semanas antes, Erika teme que se trate de um assassino em série, e que este esteja já a preparar o próximo passo.
Apesar de ser vítima de um ataque e de se ver obrigada a tirar um tempo para recuperar, Erika ainda assim não desiste do caso, e, à medida que vão aparecendo mais corpos, a inspetora fica cada vez mais empenhada em descobrir o assassino por detrás destes crimes hediondos... ou não será apenas um?
Erika é uma personagem por quem me tenho apaixonado um pouco mais a cada livro. Se, no início, a achava algo fria, magoada e fechada em si própria, senti-a desabrochar ao longo dos volumes seguintes - e neste em concreto, em que a sua vida pessoal acaba por assumir um maior papel de destaque, mostrando o quão precário é por vezes o equilíbrio entre força e fragilidade -, revelando-se uma mulher justa e sem medo de lutar pelo que acha correto, mesmo que isso lhe traga problemas.
No entanto, fiquei ligeiramente desiludida com a evolução do romance entre ela e Peterson: senti que demos um passo - dos grandes - atrás. Se, por um lado, esperava que, nesta fase, a relação já tivesse atingido um patamar suficientemente estável para ultrapassar os problemas decorrentes do final do quarto volume - estava, até, à espera que a situação os unisse, em vez de os afastar -, por outro estou bastante curiosa para ver que destino vai o autor dar estas personagens.
Se, em "O Último Fôlego", senti que a construção da personalidade do assassino deixava algo a desejar, "Sangue Frio" traz-nos não um, mas dois homicidas extremamemente bem caracterizados. Achei muito interessante assistir à "criação" de um assassino e ver o quão facilmente uma pessoa se deixa manipular por alguém de quem gosta, perdendo a noção do certo e do errado, e cruzando linhas até aí intransponíveis.
Apesar de os livros desta série seguirem uma determinada fórmula, a verdade é que esta resulta, e Bryndza tem, ainda assim, a louvável capacidade de se reiventar continuamente, apresentando sempre uma trama bem construída e refrescante, com assassinos com personalidade e motivações próprias.
Achei o ritmo deste volume especialmente intenso, uma vez que a ação se dividia em vários focos, sendo que acompanhávamos quer a investigação, quer o percurso dos assassinos, o que só contribuiu para que o devorasse rapidamente. A ânsia de querer saber o que acontecia a seguir, aliada aos capítulos curtos já característicos do autor, fez com que lesse sofregamente até chegar ao final que, admito, me surpreendeu mais do que estava à espera.
O aspeto menos positivo que tenho a apontar não se prende com a trama em si, mas sim com a sinopse que, na minha opinião, revela demasiado sobre a história. Há um determinado aspeto - bastante importante para o curso dos acontecimentos - que teria criado muito mais impacto durante a leitura se não estivesse já a contar com ele.
"Sangue Frio" é um livro intenso, com um enredo complexo e uma intriga envolvente, e tornou-se num dos meus preferidos da saga. Ao fim de cinco volumes, há já um carinho especial por estas personagens, e, por isso, é com mix feelings que anseio por ler o último, "Segredos Mortais", e descobrir como termina a série protagonizada por Erika Foster. Adorei!
Opinião sobre outros livros de Robert Bryndza:
A Rapariga no Gelo (Detective Erika Foster #1)
A Sombra da Noite (Detective Erika Foster #2)
Águas Profundas (Detective Erika Foster #3)
O Último Fôlego (Detective Erika Foster #4)
A Sombra da Noite (Detective Erika Foster #2)
Águas Profundas (Detective Erika Foster #3)
O Último Fôlego (Detective Erika Foster #4)
Música que aconselho para acompanhar a leitura: John Mayer_Free Fallin'
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