segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

#218 - Dá-lhe Letras

 


Autor: Haruki Murakami
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

#217 - Dá-lhe Letras

 


Autora: Stephenie Meyer
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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

#216 - Dá-lhe Letras

 


Autora: Sveva Casati Modignani
F __ S T __     D __     F __ M __ L __ __

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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

#215 - Dá-lhe Letras

 


Autora: Elena Ferrante
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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

#214 - Dá-lhe Letras

 


Autora: Victoria Hislop
Q __ __ M     __     __ M __ D __     N __ N C __     M __ R R __ 

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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

#212 - Dá-lhe Letras

 


Autor: Tom Clancy
O __ __ R __ Ç __ O     R __ D     R __ B B __ T

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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

#211 - Dá-lhe Letras

 


Autor: José Rodrigues dos Santos
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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Opinião sobre "Sem Saída" (DI Adam Fawley #3) - Cara Hunter

Sem Saída
(DI Adam Fawley #3)
(Artigo de Opinião)


Autora: Cara Hunter
Título Original: No Way Out (2019)
ISBN: 978-972-0-03341-3
Nº de páginas: 336
Editora: Porto Editora


Sinopse

    Este é um dos casos mais perturbadores em que o Inspetor Fawley já trabalhou

     São férias de Natal e duas crianças acabam de ser retiradas dos destroços de uma casa em chamas no norte de Oxford. O bebé está morto e irmão foi transportado para o hospital onde luta pela vida. Como é que duas crianças tão pequenas são deixadas sozinhas em casa? Onde está a mãe? E porque é que o pai não atende o telefone?

     Quando novas provas são descobertas, o pior pesadelo de DI Fawley torna-se realidade.

     Porque este incêndio não foi um acidente.

     E o assassino ainda anda lá fora.

Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião sincera


Opinião

      Começo por agradecer à Porto Editora pelo gentil envio do livro.

   "Perto de Casa" e "No Escuro" (podem ler a minha opinião aqui e aqui) iniciaram a série protagonizada pelo Inspetor Adam Fawley, uma personagem que rapidamente me conquistou, e em "Sem Saída" acompanhamos mais um caso particularmente angustiante.

     Um incêndio deflagra numa mansão em Southey Road, Oxford, e, entre os destroços, encontram-se os corpos de duas crianças - um menino de 10 anos, que é transportado para o hospital em estado crítico, e um bebé de 3 anos, já sem vida. Não há sinal da mãe e o pai está incontactável... Terão sido estas duas crianças tão pequenas realmente deixadas sozinhas? Onde estão, afinal, os pais?

     Esta breve sinopse está longe de resumir o que se passa neste livro, que, como a autora já nos habituou em volumes anteriores, está cheio de surpreendentes reviravoltas. O enredo é complexo e está muito bem construído, com a dose certa de mistério, e as revelações acontecem no tempo devido, para que o impacto seja máximo.

      Mais uma vez, encontramos, intercalados na narrativa, excertos de relatórios, registos de chamadas telefónicas, notícias em publicações online, acompanhadas pelos respetivos comentários de utilizadores, figuras esquemáticas, etc. Esta, que já se tem tornado uma imagem de marca dos livros protagonizados pelo Inspetor Fawley, torna a leitura particularmente original e curiosa. Temos também algumas incursões ao passado, que, para além de interessantes e de abordarem temas relevantes, como a importância da saúde mental, também permitem ao leitor ter elementos para ir construindo a sua visão dos acontecimentos.

     Uma das coisas de que mais gostei foi o facto de a autora ter explorado mais a vida pessoal não só do protagonista, mas também das pessoas que fazem parte da sua equipa. Conhecer melhor estas personagens deu-lhes uma outra dimensão mais envolvente e confesso que me senti mais afeiçoada a elas neste volume.

     Também achei muito interessante a construção desta família de Southey Road e as várias facetas que a autora desenhou para cada personagem. À medida que vamos mergulhando na história, começam a vir ao de cima os esqueletos escondidos no armário, e gostei particularmente da forma tão real como a autora retratou o que é ser-se humano, com todos os medos, defeitos, esperanças e virtudes.

      A escrita de Cara Hunter acompanha na perfeição o ritmo da narrativa e faz com que o facto de não haver capítulos mas apenas separações de pontos de vista através de grafismos - algo que, por norma, não adoro - não só não seja um incómodo, como se torne até uma mais valia, porque acaba por ser refrescante observar a trama a partir de várias perspetivas.

    "Sem Saída" foi uma leitura compulsiva e viciante, com um enredo cativante e uma dose de suspense que prende o leitor, na ânsia de perceber o que realmente aconteceu. Este livro m
antém, sem dúvida, a qualidade dos volumes anteriores e, apesar de o meu preferido continuar a ser o "No Escuro", nem por isso recomendo menos a leitura de "Sem Saída"!

Opinião sobre outros livros de Cara Hunter:

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Jack Savoretti_Breaking the Rules

#208 - Dá-lhe Letras

 


Autora: Kendare Blake
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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Novidade da Chá das Cinco - "Minha Sombria Vanessa", de Kate Elizabeth Russell

 Novidade da Chá das Cinco


Minha Sombria Vanessa



De Kate Elizabeth Russell



Sinopse:

    Em 2000, Vanessa Wye é uma adolescente de 15 anos ambiciosa e solitária. Sonhando ser escritora, não se importa de estar sempre sozinha, mas abre uma exceção quando Jacob Strane, o seu professor de inglês, lhe começa a dar mais atenção. Antes que Vanessa tenha consciência, iniciam uma relação, e ela acredita que ele realmente a ama.


      Em 2017, uma ex-aluna acusa Strane de abuso sexual. Vanessa fica perante uma escolha impossível: ficar calada, acreditando que se havia envolvido voluntariamente naquela relação… ou redefinir a sua grande história de amor como mera violação. Por um lado, não quer rejeitar esse primeiro amor, o homem que a transformou e tem sido uma presença constante na sua vida. Por outro, será possível que ele seja muito diferente do que ela pensava? Será ela apenas mais uma vítima?


   Alternando entre passado e presente, Minha Sombria Vanessa é um retrato excecional de uma adolescência conturbada e das suas consequências, levantando questões cruciais sobre liberdade, consentimento, abuso e vitimização, captando de forma brilhante uma cultura em mudança que transforma as nossas relações e a própria sociedade


Um dos principais livros que marcou o movimento #metoo na literatura

    Kate Elizabeth Russell nasceu no Maine. É formada em Escrita Criativa pela Universidade do Kansas. Pode consultar a página da autora em http://kateelizabethrussell.com

Prémio Nobel da Literatura de 2020

Ill. Niklas Elmehed. © Nobel Media.

Já é conhecida a vencedora do Prémio Nobel da Literatura de 2020: a poetisa e ensaísta americana Louise Glück, de 77 anos.

De acordo com o júri, a autora foi a premiada devido à "sua inconfundível voz poética que com austera beleza torna universal a existência individual".

Nenhuma obra sua foi ainda publicada em Portugal.


Press release. NobelPrize.org. Nobel Media AB 2020. Thu. 8 Oct 2020. <https://www.nobelprize.org/prizes/literature/2020/press-release/>

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

#206 - Dá-lhe Letras


Autor: Raul Minh'Alma
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quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Opinião sobre "Dois Reinos Negros" (Três Coroas Negras #3) - Kendare Blake

          Dois Reinos Negros

(Três Coroas Negras #3)

(Artigo de Opinião)

Autora: Kendare Blake
Título Original: One Dark Throne (2017)
ISBN: 978-972-0-03305-5 
Nº de páginas: 372
Editora: Porto Editora


Sinopse

    A rainha Katharine esperou a vida toda para usar a coroa.

    E com a fúria das rainhas mortas a fervilhar-lhe nas veias, acredita que a sua hora chegou.

    Muitos contestam o seu poder. E com os boatos de que as irmãs não terão sido mortas como manda a tradição, a ansiedade de Katharine aumenta. Quando as ondas do mar que banha Fennbirn começam a despejar corpos nas suas praias, o pânico instala-se.

    Escondidas no Continente, Arsinoe e Mirabella tentam continuar com as suas vidas, longe de tudo o que perderam. Contudo, o apelo para regressar a casa depressa se torna mais forte, e Arsinoe é perseguida por visões da lendária Rainha Azul. Jules descobre um novo dom e, com ele, um exército rebelde que espera por uma oportunidade para usurpar o trono. Um exército liderado por ela.

     A coroa foi conquistada. Mas estas quatro rainhas não estão satisfeitas.

    Porque a coroa de Fennbirn não pode ser roubada. Tem de ser merecida.

Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião sincera


Opinião

      Começo por agradecer à Porto Editora pelo gentil envio do livro.

      Depois de "Três Coroas Negras" e "Um Trono Negro" (podem ler as minhas opiniões aqui e aqui), de que gostei muito, foi, pois, com grandes expectativas que parti para esta leitura - e a verdade é que, mais uma vez, adorei!

     Katherine está, finalmente, onde sempre quis - no trono de Fennbirn -, mas continua atormentada pela fúria das rainhas mortas e não consegue que o povo a respeite como soberana. Arsinoe e Mirabella tentam adaptar-se à nova vida no continente, mas o chamamento da ilha não cessa, e Arsinoe começa a sonhar com a mítica Rainha Azul. Jules juntou-se aos guerreiros e à sua revolução pela coroa. E, entretanto, uma nova ameaça desceu sobre a ilha e corpos estão a dar à costa...

     Esta é uma série que me conquista mais e mais a cada livro. A escrita de Kendare Blake é muito fluida e dinâmica, combinando na perfeição com o ritmo da narrativa e transmitindo uma ambiência com toques de dark. A trama foge aos clichês mais habituais e tem reviravoltas verdadeiramente surpreendentes, o que, aliado ao ritmo intenso e à conexão já criada com as personagens, torna a leitura bastante sôfrega.

    Uma das coisas de que mais gostei neste volume foi a pequena incursão ao passado, o descobrirmos mais sobre as antigas rainhas, que era algo que queria muito que a autora explorasse. Desde o primeiro livro que tinha curiosidade em saber mais sobre a história da ilha e das rainhas de Fennbirn, e em "Dois Reinos Negros" é finalmente levantada uma ponta do véu. 

    Outro ponto que também me conquistou foi constatar a evolução das personagens, que cresceram e mudaram bastante desde o primeiro livro. Ver o amadurecimento das protagonistas, todas com personalidades tão díspares, com vulnerabilidades, falhas, medos e virtudes, torna impossível não nos afeiçoarmos, embora de maneiras diferentes, a todas elas. É de referir que surgem também, neste livro, personagens novas, como sempre muito bem construídas, que conferem uma emoção nova à história e que gostei de conhecer.

   "Dois Reinos Negros" foi, mais uma vez, uma leitura incrível! Original e surpreendente, com personagens cativantes e um enredo interessante e bem trabalhado, esta série, que tem vindo a melhorar a cada livro, está a ganhar um lugar de destaque no meu top de leituras fantásticas. Resta-me dizer que aguardo ansiosamente a publicação do último volume, para descobrir finalmente o destino que Kendare Blake tem reservado para as rainhas de Fennbirn. Recomendo muito!

Opinião sobre outros livros de Kendare Blake:
     
 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Imagine Dragons_Natural

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Novidade da Chá das Cinco - "Positivo", de Camryn Garrett

Novidade da Chá das Cinco


Positivo




De Camryn Garrett

Sinopse:

    Simone está a começar do zero numa nova escola e desta vez as coisas serão diferentes. Está a fazer bons amigos e a escrever uma peça para Miles, o rapaz que a faz derreter sempre que o vê. A coisa que menos deseja é que se saiba que ela é seropositiva, porque da última vez... Bem, da última vez as coisas ficaram feias. Manter a sua carga viral sob controlo é fácil, mas preservar o segredo do seu diagnóstico não é tão simples. À medida que Simone e Miles começam a avançar na sua relação - com beijos tímidos a evoluir para algo mais -, ela sente uma inquietação que é mais do que borboletas na barriga.

    Ela sabe que tem de lhe contar que é seropositiva, mas está apavorada com a forma como ele poderá reagir. Até que encontra um bilhete anónimo no seu cacifo: Sei que tens VIH. Tens até ao Dia de Ação de Graças para deixar o Miles. Ou toda a gente vai ficar a saber.

    O primeiro instinto de Simone é proteger o seu segredo a todo o custo, mas quando vai descobrindo os medos e preconceitos na sua comunidade, começa a perguntar-se se a única forma de os superar não será enfrentando os inimigos de cabeça erguida...

A história inspiradora de uma adolescente seropositiva que tem de enfrentar medos e a aceitação radical de si mesma quando experiencia a paixão e o desejo pela primeira vez.

     Camryn Garrett começou a escrever para a revista Time com 13 anos, e escreve desde então também para o Huffington Post e para a Rookie Magazine.

Opinião sobre "O Caderno dos Sonhos" - Julien Sandrel

 O Caderno dos Sonhos

(Artigo de Opinião)


Autor: Julien Sandrel
Título Original: La Chambre des merveilles (2018)
ISBN: 978-972-0-03260-7
Nº de páginas: 240
Editora: Porto Editora


Sinopse

     Thelma é mãe solteira de Louis, um adolescente de 12 anos. Como todas as mães, faria tudo pelo seu filho, mas as solicitações de uma vida profissional exigente sobrepõem-se mais vezes do que seria desejável aos pedidos de atenção do jovem.

    Numa fatídica manhã, tudo muda: irritado com a falta de atenção da mãe, zangado e desiludido, Louis acelera no seu skate e, poucos metros adiante, é colhido por um camião. No hospital, o prognóstico é pouco animador. Louis está em coma e não há sinais de recuperação. Thelma enfrenta o seu pior pesadelo. Em casa, enquanto reúne algumas coisas do filho, Thelma encontra um caderno onde Louis tem vindo a registar os sonhos que gostaria de concretizar. A mãe decide, então, viver por ele cada um desses sonhos.

    Talvez recupere. Talvez volte para ela. E, se não voltar, Louis terá pelo menos vivido pelas histórias da mãe a vida com que sempre sonhou.

   Uma história comovente sobre amor, família, esperança e, acima de tudo, sobre o que é realmente importante na vida.


Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião sincera

Opinião

       Começo por agradecer à Porto Editora pelo gentil envio do livro.

      Thelma é uma mãe solteira que vê a sua vida mudar drasticamente quando o filho, o pequeno Louis, de 12 anos, tem um acidente e fica em coma. Habituada a dedicar uma grande parcela do seu tempo à sua carreira profissional, Thelma repensa agora as escolhas que tem feito e apercebe-se do que tem vindo a perder por dar certas coisas como garantidas.

       Sem sinais de recuperação, os médicos estabelecem o prazo de um mês, ao fim do qual, se não se registarem melhorias, deixarão Louis partir. Desesperada, Thelma encontra no quarto do filho um pequeno caderno, onde este tem registado sonhos que quer concretizar, e decide viver esses momentos, na esperança de que isso, de alguma forma, convença Louis de que a vida ainda tem muito a oferecer e lhe dê uma força extra na luta para acordar.

       E é nessa jornada para viver as aventuras que Louis tem agendadas para o futuro que Thelma se vai reencontrando, tomando consciência do que realmente é importante para si, e vai descobrindo pessoas que dão um novo toque de cor à sua vida.

      Esta é uma leitura extremamente fácil e rápida - e com uma escrita muito agradável -, apesar da premissa algo lúgubre, mas a verdade é que, por mais que a história seja bonita e tenha até alguns momentos bastante divertidos, não conseguia deixar de pensar o quão pouco credível me parecia o facto de uma mãe "abandonar" assim o filho num estado de saúde tão delicado e partir para o outro lado do mundo. Ou seja, a ideia é gira e enternecedora, mas, pelo menos, para mim, não totalmente convincente.

     "O Caderno dos Sonhos" é uma leitura rápida e fluída, que pode levar à lágrima os leitores mais sensíveis, mas que em quase todos deixará também um sorriso nos lábios. É uma história bonita da luta de uma mãe para trazer o filho de volta dos braços do coma, um processo de redescoberta das coisas boas da vida, mas que, por vezes, apresenta uma realidade demasiado embelezada e nem sempre muito plausível.

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Jacob Banks_Like You'll Never See Me Again

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

#205 - Dá-lhe Letras


Autora: Mary Balogh
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Qual é o livro?

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

#203 - Dá-lhe Letras


Autora: Shayla Black
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Qual é o livro?

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

#202 - Dá-lhe Letras


Autora: Isabelle Broom
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Qual é o livro?

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Opinião sobre "A Morte e Outros Finais Felizes" - Melanie Cantor

A Morte e Outros Finais Felizes
(Artigo de Opinião)


Autora: Melanie Cantor
Título Original: Death and Other Happy Endings (2019)
ISBN: 978-972-0-03342-0
Nº de páginas: 360
Editora: Porto Editora


Sinopse

    Nada como receber a notícia de que temos os dias contados para percebermos o que é realmente importante.

    Quando Jennifer Cole descobre que tem apenas três meses de vida, decide escrever três cartas: uma para irmã egoísta e arrogante, outra para o ex-marido traidor e amoral e a terceira para o seu charmoso, mas pouco confiável, ex-namorado. As cartas expressam tudo o que ela sempre quis dizer, mas nunca teve coragem. Embora temendo as piores reações, Jennifer reconhece que os desabafos lhe retiraram um enorme peso dos ombros e sente-se mais leve e tranquila.

    Mas, como ela em breve descobrirá, a verdade tem formas muito interessantes de nos surpreender. E a morte também.


Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião sincera

Opinião

       Começo por agradecer à Porto Editora pelo gentil envio do livro.

      Quando Jennifer Cole, de 43 anos, vai ao médico por causa do cansaço que tem vindo a sentir nos últimos tempos, está longe de imaginar a horrível notícia que a espera: tem uma doença hematológica rara que, infelizmente, é fatal, e só lhe restam 3 meses de vida.

      Ainda em estado de choque, acaba por seguir o conselho da melhor amiga e enviar uma carta a 3 pessoas que a desiludiram e a quem sente ter ainda coisas para dizer: a irmã, individualista e presunçosa; o ex-marido, que a trocou num momento em que estava mais frágil; e o ex-namorado, pouco transparente, mas de quem sente ainda saudades. 

       Mais serena e aliviada por ter tentado resolver desacatos do passado, Jennifer decide aproveitar os dias que lhe restam com tranquilidade, decidida a manter a normalidade até ao final. Mas a vida dá muitas voltas... e a morte também.

     Parti para esta leitura com grandes expetativas e confesso que estava à espera de algo diferente. Não só demorei algum tempo a entrar na história, como, apesar do momento de vulnerabilidade que atravessa, não consegui criar empatia imediata com a protagonista. Apesar da premissa de "pessoa descobre que vai morrer" não ser já propriamente original, estava curiosa para ver como Melanie Cantor ia explorar o tema, descobrindo-lhe talvez um novo ângulo, e fiquei um pouco desiludida por não ter encontrado nada de particularmente refrescante.

    Escrita com uma boa dose de humor, a história tem algumas reviravoltas interessantes, que, não me tendo apanhado de surpresa, ainda assim dão um rumo engraçado à narrativa. Com uns momentos mais ternos e outros mais introspetivos, o que me desapontou foi sentir que era tudo um bocado morno e já expectável. 

    A morte é abordada de uma forma suave, recorrendo muitas vezes ao sarcasmo da protagonista, e o confronto com a situação que esta atravessa leva-nos também a nós, leitores, a refletir sobre a importância que damos às coisas do quotidiano, e sobre os rancores que guardamos durante anos por situações que, com uma boa conversa, até seriam fáceis de resolver.

    O que mais gostei neste livro foi a evolução dos relacionamentos de Jennifer, tanto os do foro amoroso, como também as relações de amizade e familiares - principalmente o desabrochar do seu vínculo com a irmã. Também achei giro ver como a personalidade da protagonista se foi transformando à medida que a história avançava, tornando-se mais desprendida e bem resolvida, embora por vezes tenha achado o seu discurso um pouco repetitivo e supérfluo.

    "A Morte e Outros Finais Felizes" foi uma leitura divertida, embora previsível. Tocando um assunto sério de um modo leve e jovial, esta é uma história que não só entretém, como também nos faz refletir sobre o que faríamos se fôssemos nós a estar na pele da protagonista. Poderá ser uma boa opção para fãs do género chick-lit, ou simplesmente para quem procura uma leitura fácil e engraçada.


 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Powfu ft. beabadoobee_death bed

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Opinião sobre "A Rapariga Que Sobreviveu" (Agente Especial Tess Winnett #2) - Leslie Wolfe

A Rapariga Que Sobreviveu
(Agente Especial Tess Winnett #2)
(Artigo de Opinião)


Autora: Leslie Wolfe
Título Original: The Watson Girl (2017)
ISBN: 9789898999115
Nº de páginas: 320
Editora: Alma dos Livros


Sinopse

    Laura testemunhou a morte da família, mas o choque apagou-lhe da memória tudo o que aconteceu nessa fatídica noite. O assassino pode ser qualquer pessoa. Enquanto a polícia procura que ela se recorde do que sucedeu, o homicida vai tentar matar a única testemunha viva do crime: ela.

    Por puro instinto de sobrevivência, a menina de cinco anos escondeu- se até que os gritos acabassem. A seguir, um silêncio mortal invadiu a casa. Isto foi há quinze anos. Durante esse tempo, Laura Watson acreditou que o assassino da família se encontrava preso, aguardando a execução no corredor da morte. Mas, enquanto tenta seguir com a vida junto da família adotiva, não consegue libertar-se do medo e da incerteza de um dia se lembrar do que ocorreu. Quando uma aclamada psicóloga propõe a Laura ajudá-la a recuperar as lembranças, ela aceita, ansiosa por lançar alguma luz sobre o seu passado adormecido.

    O que não sabe é que, quanto mais mergulha nas memórias, mais se torna um alvo para o assassino, que está à solta e não pode permitir que a verdade seja desvendada.


Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Alma dos Livros em troca de uma opinião sincera

Opinião
     
      Começo por agradecer à Alma dos Livros pelo gentil envio do livro.

    Segundo volume da série protagonizada pela Agente Especial Tess Winnet (podem ler a minha opinião sobre o primeiro livro, "A Rapariga Sem Nome", aqui), "A Rapariga Que Sobreviveu" foi uma leitura que não correspondeu totalmente às minhas expetativas...

    Com apenas 5 anos, Laura Watson testemunhou a morte de toda a sua família às mãos de um assassino cruel, sobrevivendo por se ter escondido do atirador. Agora, 15 anos mais tarde, Laura refez a sua vida, mas continua, no seu íntimo, atormentada por não conseguir recordar-se do que aconteceu naquela trágica noite.

     A Agente Especial Tess Winnet é enviada ao corredor da morte para rever os pormenores dos casos de que é acusado o "Homem de Família" - a quem é também atribuído o assassinato da família Watson -, e cuja data de execução está próxima. E é aí que, ao falar com o serial killer, a detetive percebe que há pontos nas investigações que não batem certo, e surgem revelações que vão mudar tudo.

     E eis que, quando uma conhecida psicóloga propõe a Laura ajudá-la a recuperar as suas memórias, expondo-a em público, Tess sabe que a jovem acabou de se tornar um alvo para um assassino que poderá ainda estar à solta...

    Neste livro reencontramos Tess Winnet, ainda a recuperar dos acontecimentos do final do primeiro livro, mas já pronta para voltar a pôr mãos à obra. Tess é uma personagem cujo humor sarcástico e inabilidade social me agradam bastante, mas que gostava que tivesse crescido mais neste livro. Se, no primeiro volume, achei que a autora revelou em demasia o passado da protagonista, neste segundo volume gostava que tivesse havido um maior destaque da sua vida pessoal. Continuo interessada em acompanhar Tess em futuros livros e estou curiosa para saber de que forma Wolfe vai fazer evoluir a personagem.

     A premissa deste livro - uma jovem sobrevivente que não se lembra da noite em que a sua família foi assassinada, e a dúvida sobre se terá havido algum erro na investigação desse crime - é interessante e desperta a atenção. No entanto, durante a leitura, fiquei sempre com a sensação de que o potencial da história estava a ser mal aproveitado, que havia outros ângulos mais interessantes por explorar, nomeadamente o do "Homem de Família" (adorava ter lido mais sobre ele).

   Os capítulos que vamos encontrando, alternadamente, escritos sob a perspetiva do assassino, foram o ponto que mais me agradou neste livro. Gostei que a autora tivesse explorado os aspetos da psique, bem como os seus métodos e motivações, e nota-se, efetivamente, algum trabalho de pesquisa nestas áreas, embora nem todas as explicações me tenham convencido. 

    Acho que o livro pecou, essencialmente, pela falta de personagens. Sendo este um policial, creio ser necessário um leque mais amplo de personagens, para que também o leitor faça aquele "jogo" de tentar adivinhar o culpado. Aquilo que mais me desiludiu foi a previsibilidade, visto que, logo no início, adivinhei quem era o assassino, e passei o resto da leitura a pensar "não pode ser, isto vai dar uma volta, tenho de estar errada". Na minha opinião, devia ter havido, da parte de Leslie Wolfe, um maior esforço para "encobrir" a identidade do culpado durante mais tempo, e o final, que foi um pouco apressado, deixou algumas pontas soltas.

   Outro ponto que, embora não me tenha desiludido particularmente, acho que pode defraudar as expetativas de alguns leitores: na sinopse é referida uma psicóloga que promete a Laura ajudá-la a recuperar as memórias, através da hipnose, mas esse é um tema que quase não é explorado. Gostava que Wolfe também tivesse desenvolvido esse outro lado, explicando como decorre o processo, pois seria um acrescento interessante ao livro.

    "A Rapariga Que Sobreviveu" foi uma leitura que deixou em mim sentimentos ambíguos: se, por um lado, senti que havia potencial nesta história para fazer melhor, por outro, a verdade é que este não é, de todo, um mau livro - o ritmo é rápido, sem "momentos mortos", o que mantém o leitor curioso para continuar e perceber o rumo que a autora vai dar à história. Apesar de esta leitura ter ficado um pouco aquém das minhas expetativas, não tenho quaisquer dúvidas de que agradará a muitos leitores, e recomendo este livro principalmente a quem se está a iniciar no género thriller/policial. 


Opinião sobre outros livros de Leslie Wolfe:
A Rapariga Sem Nome" (Agente Especial Tess Winnett #1)

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: Dermot Kennedy_Power Over Me

segunda-feira, 17 de agosto de 2020