(Artigo de Opinião)
Autora: Kendare Blake
Título Original: One Dark Throne (2017)
ISBN: 978-972-0-03086-3
Nº de páginas: 368
Editora: Porto Editora
Editora: Porto Editora
Sinopse
A BATALHA PELA COROA COMEÇOU, MAS QUAL DAS RAINHAS VENCERÁ?
Depois de uma Cerimónia de Beltane marcante e com o Ano da Ascensão a decorrer, é altura de rever as apostas e escolher um lado.
Depois de uma Cerimónia de Beltane marcante e com o Ano da Ascensão a decorrer, é altura de rever as apostas e escolher um lado.
Katharine, a gémea frágil e fraca, está mais forte que nunca. Arsinoe tem de descobrir de que forma o seu dom secreto a poderá ajudar. E Mirabella, a vencedora desejada, enfrenta uma oposição nunca vista… e de que poderá não se conseguir defender.
Neste novo capítulo da autora bestseller do New York Times, as rainhas mais mortíferas do mundo têm de enfrentar o implacável obstáculo que se lhes apresenta: elas mesmas.
Quando a batalha terminar, só uma irá reinar.
Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Porto Editora em troca de uma opinião sincera
Opinião
Começo por agradecer à Porto Editora pelo gentil envio do livro.
"Um Trono Negro", o segundo volume da tetralogia Três Coroas Negras, começa após o Festival de Beltante, no Ano da Ascensão - o período dado às três rainhas - Katherine, Mirabella e Arsinoe - para se matarem umas às outras, até que apenas uma reste para reclamar a coroa.
Neste livro comecei realmente a formar uma opinião sobre as personagens e Arsinoe destacou-se, sem dúvida, como a minha preferida. Intrépida, mordaz e altruísta, é uma rainha destemida - embora um pouco inconsequente - e com um espírito nobre, que se preocupa verdadeiramente com as pessoas que ama.
Mirabella, a favorita à vitória no primeiro volume, anda meio perdida na história e assume um papel quase secundário neste segundo livro. A mais emocional das três e a única com recordações vívidas da infância, acaba por ser aquela a quem mais custa a tarefa de matar as irmãs, devido ao amor que ainda sente por elas. Espero que a autora volte a explorar esta personagem nos próximos volumes, pois gostei bastante dela no primeiro livro e considero que ainda tem muito para dar.
Os acontecimentos do final do primeiro livro provocaram uma grande mudança em Katherine, que em "Um Trono Negro" se revela uma pessoa fria, vingativa e calculista, capaz de tudo para alcançar o seu objetivo: conquistar a coroa. Apesar da grande pressão que carrega aos ombros, do peso da solidão e do rancor da traição, não consegui deixar de a achar uma miúda mimada e muitas das suas atitudes irritaram-me bastante. Ainda assim, gostei de ver a sua evolução e estou muito curiosa para ver como vai lidar com os acontecimentos do final deste livro.
Há mais uma personagem que tem vindo a conquistar o seu lugar e que merece destaque: Jules, a amiga e protetora de Arsinoe. Se já no primeiro livro tinha gostado da sua dedicação à rainha, neste ela torna-se cada vez mais uma peça central na trama. Estou muito curiosa para saber mais sobre ela - ainda mais depois de certas revelações que acontecem neste livro -, pois acho que é uma personagem com bastante potencial.
A autora desenvolve bastante as personagens neste livro, mas confesso que preferia ter descoberto mais sobre o universo fantástico que Blake criou - gostava que explorasse melhor não só os vários dons, como também a História das rainhas anteriores e da própria ilha de Fennbirn.
Também acho importante referir que, principalmente na primeira metade do livro, achei a ação bastante parada. Em muito devido ao facto de as irmãs estarem separadas umas da outras, não houve aquele clima de tensão e perigo mortal que acabavam por dinamizar a leitura. No entanto, a componente política e as interações entre as protagonistas e as personagens secundárias - nomeadamente os pretendentes e os membros das famílias que as acolheram - ofereceram uma outra dimensão à história que, na minha opinião, acabou por colmatar o início mais lento.
O final surpreendeu-me bastante! Kendare Blake já tinha provado ser capaz de reviravoltas chocantes com o final de "Três Coroas Negras", mas sem dúvida que se excedeu neste volume. Estou verdadeiramente "em pulgas" para perceber como vai a autora dar a volta a estes acontecimentos inesperados. A única coisa que tenho a apontar é o facto de as últimas cenas se terem desenrolado demasiado depressa, embora compreenda a opção pelo crescendo de ação.
"Um Trono Negro" foi uma leitura intensa e viciante, com reviravoltas que me deixaram em sobressalto e com vontade de explorar mais a ilha de Fennbirn. Há algo nesta série que me deixa verdadeiramente fascinada. A autora pegou num conceito relativamente simples e a partir dele criou um mundo fantástico, cheio de intrigas, traições e lutas pelo poder. Mal posso esperar pelo próximo volume desta que se está a tornar uma das minhas séries de fantasia preferidas! Quero mais!
"Um Trono Negro", o segundo volume da tetralogia Três Coroas Negras, começa após o Festival de Beltante, no Ano da Ascensão - o período dado às três rainhas - Katherine, Mirabella e Arsinoe - para se matarem umas às outras, até que apenas uma reste para reclamar a coroa.
Neste livro comecei realmente a formar uma opinião sobre as personagens e Arsinoe destacou-se, sem dúvida, como a minha preferida. Intrépida, mordaz e altruísta, é uma rainha destemida - embora um pouco inconsequente - e com um espírito nobre, que se preocupa verdadeiramente com as pessoas que ama.
Mirabella, a favorita à vitória no primeiro volume, anda meio perdida na história e assume um papel quase secundário neste segundo livro. A mais emocional das três e a única com recordações vívidas da infância, acaba por ser aquela a quem mais custa a tarefa de matar as irmãs, devido ao amor que ainda sente por elas. Espero que a autora volte a explorar esta personagem nos próximos volumes, pois gostei bastante dela no primeiro livro e considero que ainda tem muito para dar.
Os acontecimentos do final do primeiro livro provocaram uma grande mudança em Katherine, que em "Um Trono Negro" se revela uma pessoa fria, vingativa e calculista, capaz de tudo para alcançar o seu objetivo: conquistar a coroa. Apesar da grande pressão que carrega aos ombros, do peso da solidão e do rancor da traição, não consegui deixar de a achar uma miúda mimada e muitas das suas atitudes irritaram-me bastante. Ainda assim, gostei de ver a sua evolução e estou muito curiosa para ver como vai lidar com os acontecimentos do final deste livro.
Há mais uma personagem que tem vindo a conquistar o seu lugar e que merece destaque: Jules, a amiga e protetora de Arsinoe. Se já no primeiro livro tinha gostado da sua dedicação à rainha, neste ela torna-se cada vez mais uma peça central na trama. Estou muito curiosa para saber mais sobre ela - ainda mais depois de certas revelações que acontecem neste livro -, pois acho que é uma personagem com bastante potencial.
A autora desenvolve bastante as personagens neste livro, mas confesso que preferia ter descoberto mais sobre o universo fantástico que Blake criou - gostava que explorasse melhor não só os vários dons, como também a História das rainhas anteriores e da própria ilha de Fennbirn.
Também acho importante referir que, principalmente na primeira metade do livro, achei a ação bastante parada. Em muito devido ao facto de as irmãs estarem separadas umas da outras, não houve aquele clima de tensão e perigo mortal que acabavam por dinamizar a leitura. No entanto, a componente política e as interações entre as protagonistas e as personagens secundárias - nomeadamente os pretendentes e os membros das famílias que as acolheram - ofereceram uma outra dimensão à história que, na minha opinião, acabou por colmatar o início mais lento.
O final surpreendeu-me bastante! Kendare Blake já tinha provado ser capaz de reviravoltas chocantes com o final de "Três Coroas Negras", mas sem dúvida que se excedeu neste volume. Estou verdadeiramente "em pulgas" para perceber como vai a autora dar a volta a estes acontecimentos inesperados. A única coisa que tenho a apontar é o facto de as últimas cenas se terem desenrolado demasiado depressa, embora compreenda a opção pelo crescendo de ação.
"Um Trono Negro" foi uma leitura intensa e viciante, com reviravoltas que me deixaram em sobressalto e com vontade de explorar mais a ilha de Fennbirn. Há algo nesta série que me deixa verdadeiramente fascinada. A autora pegou num conceito relativamente simples e a partir dele criou um mundo fantástico, cheio de intrigas, traições e lutas pelo poder. Mal posso esperar pelo próximo volume desta que se está a tornar uma das minhas séries de fantasia preferidas! Quero mais!
Opinião sobre outros livros de Kendare Blake:
Música que aconselho para acompanhar a leitura: Imagine Dragons_Natural
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