terça-feira, 5 de julho de 2016

Novidades da Bertrand para Julho - Parte I

"O Advogado Mafioso", de John Grisham

Do lado certo da lei. Mais ou menos.

Sebastian Rudd não é um advogado vulgar. Tem o seu escritório numa carrinha à prova de balas, munida de wi-fi, um bar, um pequeno frigorífico, estofos de cabedal, um compartimento secreto para a arma e um motorista armado até aos dentes. Não pertence a uma firma, não tem sócios, nem associados. O seu único funcionário, o motorista, é também seu guarda-costas, administrativo, confidente e caddy no golfe. Vive sozinho numa penthouse pequena mas extremamente segura e a sua principal peça de mobiliário é uma mesa de bilhar vintage. Bebe bourbon e anda armado.

Sebastian defende pessoas de quem os outros advogados nem sequer se aproximariam: um miúdo cheio de tatuagens na pele e drogas no corpo que diz pertencer a um culto satânico, acusado de abusar sexualmente de duas meninas e de as matar; um perverso chefe do crime que agora se encontra no corredor da morte; um homem preso por disparar contra uma equipa das forças especiais SWAT que lhe invadiu a casa por engano. Porquê estes clientes? Porque ele acredita que toda a gente tem direito a um julgamento justo, mesmo que para tal ele, Sebastian, tenha de fazer batota.

Detesta injustiças, não gosta de seguradoras, bancos ou grandes multinacionais; desconfia do governo a todos os níveis e ri-se do conceito de ética do sistema judicial.

"Robôs - A Ameaça de Um Futuro Sem Emprego", de Martin Ford

A Tecnologia e a Ameaça de um Futuro Sem Emprego

Quais são os empregos do futuro? Quantos haverá? E quem vai consegui-los? Podemos imaginar — e ter esperança — que a atual revolução industrial seja a última: ainda que alguns postos de trabalho venham a ser eliminados, outros serão criados para lidar com as inovações de uma era nova. Em Robôs – A Ameaça de um Futuro sem Emprego, Martin Ford, o empreendedor de Silicon Valley, defende que este não é de forma alguma o caso. À medida que a tecnologia continua a acelerar e as máquinas começam a saber cuidar de si próprias, menos pessoas serão necessárias. A inteligência artificial já está em marcha para tornar os «bons empregos» obsoletos: muitos funcionários judiciais, jornalistas, empregados de escritório e até programadores informáticos estão prestes a ser substituídos por robôs e por software inteligente. Com o avanço inexorável do progresso, os empregos de colarinho azul e colarinho branco irão igualmente evaporar-se, comprimindo ainda mais as famílias trabalhadoras e da classe média. Ao mesmo tempo, as famílias veem-se a braços com custos explosivos em duas áreas essenciais— educação e cuidados de saúde — que, até agora, não foram transformadas pela tecnologia da informação. O resultado poderá muito bem ser o desemprego em massa e também a desigualdade, bem como a implosão da própria economia do consumidor.

"O Rouxinol", de Kristin Hannah

Na tranquila vila de Carriveau, Vianne despede-se do marido, Antoine, que parte para a frente da batalha. Ela não acredita que os nazis vão invadir a França... mas é isso mesmo que acontece, com batalhões de soldados em marcha, camiões e tanques, aviões que enchem os céus e largam as suas bombas sobre os inocentes. Quando um capitão alemão reclama a casa de Vianne, ela e a filha passam a ter de viver com o inimigo, sob risco de virem a perder tudo o que têm. Sem comida, dinheiro ou esperança, e à medida que o perigo as cerca cada vez mais, Vianne é obrigada a tomar decisões impossíveis, uma atrás da outra, de forma a manter a família viva.

Isabelle, a irmã de Vianne, é uma rebelde de dezoito anos, que procura um objetivo de vida com toda a paixão e ousadia da juventude. Enquanto milhares de parisienses marcham para os horrores desconhecidos da guerra, ela conhece Gäetan, um partisan convicto de que a França é capaz de derrotar os nazis a partir do interior. Isabelle apaixona-se como só acontece aos jovens... perdidamente. Mas quando ele a trai, ela junta-se à Resistência e nunca olha para trás, arriscando vezes sem conta a própria vida para salvar a dos outros.

Com coragem, graça e uma grande humanidade, a autora best-seller Kristin Hannah capta na perfeição o panorama épico da Segunda Guerra Mundial e faz incidir o seu foco numa parte íntima da história que raramente é vista: a guerra das mulheres. O Rouxinol narra a história de duas irmãs separadas pelos anos e pela experiência, pelos ideais, pela paixão e pelas circunstâncias, cada uma seguindo o seu próprio caminho arriscado em busca da sobrevivência, do amor e da liberdade numa França ocupada pelos alemães e arrasada pela guerra. Um romance muito belo e comovente que celebra a resistência do espírito humano, em particular o feminino.

Um romance de uma vida, para todos.

"Alegria!", de Marie Kondo


Alegria! é um guia prático e ilustrado dos princípios do método KonMari, que ajudou já dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo a organizar o espaço em que vivem – e a transformar as suas vidas! Com dicas práticas para arrumar tudo – de roupas a CD, de materiais de limpeza a brinquedos e objetos de coleção –, bem como indicações sobre os princípios básicos da arrumação e da organização («Uma casa com alegria é como o seu museu pessoal» ou «”Pode dar jeito” é um tabu»), este livro vai ajudá-lo a viver rodeado apenas daquilo que lhe traz realmente... alegria!









"Um+Um=Três", de Dave Trott

«Há uns anos, li um livro de uma professora universitária indiana de Matemática. Ela defende que é possível aumentar em muito a quantidade que usamos do nosso cérebro. Mas não da forma convencional. Na verdade, é mesmo da forma contrária. O segredo, uma vez mais, está nas ligações. Convencionalmente, as pessoas limitam-se a aprender mais coisas. Aprendem mais coisas sobre aquilo que lhes interessa. Ela demonstra que esse tipo de aprendizagem gera um aumento pequeno e lento de uso do cérebro. Porque estamos apenas a acrescentar ao armazenamento daquilo que já sabemos. Mas se as ideias novas são combinações de ideias que já existem, quanto mais ligações conseguirmos criar, mais ideias conseguiremos gerar. É por isso que esta professora dizia que, para termos um desenvolvimento verdadeiro, temos de identificar as áreas em que não estamos naturalmente interessados. Temos de investigar essas áreas. Isso aumenta exponencialmente a quantidade de novas ligações que podemos fazer com o conhecimento que já temos armazenado. Como já não é previsível, agora é original e surpreendente. Porque cada ligação vai ser uma nova ligação com tudo aquilo que sabemos. Por isso, a nossa criatividade está diretamente relacionada com a quantidade de ligações que conseguimos criar. E isso está diretamente relacionado com a quantidade de coisas novas e invulgares a que expomos as nossas mentes. E é esse o objetivo deste livro.

No velho sistema, 1+1=2.
Com o novo sistema, 1+1=3»

"Um+Um=Três", de Dave Trott

«O encontro entre Almas Gémeas é irreversível. Nada nem ninguém pode impedir a comunicação entre espíritos que se amam, pois a Providência Divina encarrega-se disso. Deus criou-nos juntos. A história de Eva ter sido formada a partir da costela de Adão é uma tentativa de ilustrar essa origem mística. Portanto, ninguém pode separar-nos desse amor de Deus com a nossa Alma Gémea. A dificuldade em não conseguir estar com a Alma Gémea não deve ser encarada como sofrimento, mas como Dádiva Divina. Os entraves são testes e, ao mesmo tempo, reforços.

O amor não se restringe a um relacionamento, mas a um estado de ser. É um completar-se interiormente que se reflete no exterior.»







"Bicha Queer", de William S. Burroughs

É implacavelmente pessoal, mas também deslumbrantemente político, uma narrativa de aspeto realista que irrompe nas mais fantásticas fantasias, incluindo matérias de tom tão indeterminado que é difícil saber se havemos de desatar aos uivos de riso ou de consternação. Uma vez que não há livros «convencionais» [straight] na obra de Burroughs – cada um eles podia intitular-se Queer – o seu segundo romance é perversamente típico e corresponde ao significado do título como substantivo (homossexual – usado pejorativamente ou com orgulho), adjetivo (esquisito, falso, dúbio), e verbo (frustrar, irritar, desorientar). É verdade que, desde a sua escrita em 1952 até à sua publicação tardia em 1958 e à reputação que o acompanhou ao longo dos vinte e cinco anos que se seguiram, tudo em Queer é desconcertante.

O tiro que matou Joan Vollmer teve um peso imenso na lenda de Burroughs e dos círculos Beat por razões óbvias, mas a associação dessa morte ao segundo romance só veio a fazer-se por volta de 1985, graças a duas linhas, que são mais citadas do que quaisquer outras que Burroughs tenha escrito: «O livro é motivado e moldado por um acontecimento que nunca é mencionado, antes é de facto cuidadosamente evitado: a morte acidental da minha mulher, Joan, com um tiro, em setembro de 1951»; e: «Sou forçado a chegar à perturbante conclusão de que nunca viria a tornar-me escritor se não fosse a morte de Joan.» [Da introdução, de Oliver Harris]

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