sexta-feira, 8 de julho de 2016

Opinião sobre "A Rapariga do Calendário: Janeiro, Fevereiro e Março" (A Rapariga do Calendário #1-3) - Audrey Carlan

A Rapariga do Calendário
Livro 1 - Janeiro . Fevereiro . Março
(A Rapariga do Calendário #1-3)
(Artigo de Opinião)


Autora: Audrey Carlan
Título Original: Calendar Girl - January, February, March (2015)
Tradução: Mário Dias Correia
ISBN: 978-989-657-800-8
Nº de páginas: 336
Editora: Editorial Planeta

Sinopse


      Mia Saunders precisa de dinheiro. Muito dinheiro. 1 milhão de dólares, para ser exacto.

     A vida do seu pai depende do pagamento desta dívida de jogo a um agiota. Tem um ano para a pagar e só vê uma solução: um trabalho bem remunerado como acompanhante de luxo.

     A sua missão é passar um mês com um cliente diferente, durante um ano. E o seu plano é entrar no jogo, conseguir o dinheiro e voltar a sair. Parte do plano é manter o coração fechado a sete chaves e os olhos no objectivo. Pelo menos é como espera que corra.

   Doze meses em que conhecerá o luxo, doze homens com doze estilos de vida, doze cidades diferentes, experiências sexuais e o amor da sua vida.

    Uma série sedutora, doce e tão escaldante que o seu livro pode derreter.


Este exemplar foi-me gentilmente cedido pela Editorial Planeta em troca de uma opinião sincera

Opinião

       Começo por agradecer à Editorial Planeta pelo gentil envio do livro.

    Este é o primeiro volume da coleção "A Rapariga do Calendário" e corresponde aos meses de Janeiro, Fevereiro e Março. Embora seja do género erótico, e contenha, de facto, cenas bem quentes, gostei particularmente deste livro pela forma como a autora desenvolveu os acontecimentos e transformou uma situação à partida desagradável e frustrante, numa experiência de aprendizagem e descoberta que consegue prender o leitor!

     Mia Saunders é uma jovem de vinte e quatro anos que se vê forçada a trabalhar como acompanhante, na empresa da tia, para saldar uma grande dívida de jogo do pai a um perigoso agiota que lhe ameaça a vida. Dispondo apenas de um ano para pagar um milhão de dólares, Mia terá de passar cada um dos próximos doze meses na companhia de um milionário.

    É a própria Mia, cuja infância foi marcada pelo abandono da mãe e os vícios do jogo e do álcool do pai, que nos conta a sua história na primeira pessoa. Desde os dez anos que cria a sua irmã mais nova, Maddy, e que faz todos os possíveis para lhe proporcionar o maior conforto. De certa forma, acaba por projetar nela as suas esperanças e desejos que não pôde realizar. É ternurenta a forma como protege a irmã e se preocupa com o seu bem-estar, colocando constantemente as necessidades de Maddy à frente das suas.

    As personagens masculinas que Mia encontrou foram bastante atraentes e, diria, peculiares. Todos diferentes, embora com atributos comuns, estes homens que ocuparam Mia durante o primeiro trimestre do ano ensinaram-na a ver a vida sob um outro prisma. Pôde aprender algo com cada um deles e foi interessante ver as variadas formas de amor que lhe ensinaram. É, assim, também possível notar uma evolução da sua autoestima com o passar do tempo. E, ainda que tenha prometido a si mesma não se apaixonar, o mês de Janeiro deixou vestígios no coração de Mia - apesar de não saber o que os próximos meses lhe reservam, espero que o Wes continue a marcar presença na vida dela!

    Mia é uma mulher forte e decidida que, apesar das vicissitudes que a vida lhe tem servido desde criança, se mantém determinada em fazer o melhor pela família, sacrificando inclusive os seus sentimentos. Inteligente e mordaz, não tem medo de dizer o que pensa e é dona de um sentido de humor muito próprio que transforma a leitura numa experiência ainda mais aprazível. Ginelle, a sua divertida melhor amiga, revela-se também uma importante fonte de apoio - é notório o carinho e a genuína amizade que nutrem uma pela outra.

    Apreciei bastante a escrita da autora e a forma como estruturou os acontecimentos. Não se focando apenas no sexo, criou uma trama com uma protagonista sólida - que apresenta, para além do seu lado duro, uma faceta mais emocional e vulnerável - mas não chegando a cair em clichês nem apresentando o carácter submisso que já se tornou típico das protagonistas dos romances deste género. Todos os momentos estão bem enquadrados - os cenários, as situações e as emoções são descritos ao pormenor - e as cenas físicas acontecem espontaneamente, não parecendo forçadas mas, ao invés, naturais. 


   Num registo leve, divertido e, simultaneamente, quente e sensual, este livro conseguiu cativar-me! A partir de uma premissa interessante e bem desenvolvida, Audrey constrói a narrativa com naturalidade, sem momentos forçados ou clichês em demasia, o que torna "A Rapariga do Calendário" numa agradável leitura! Estou ansiosa por descobrir as surpresas que a autora nos reserva nos próximos livros. Aguardo expectante o segundo volume desta coleção que pretendo acompanhar! Gostei muito!

 Música que aconselho para acompanhar a leitura: We Can't Stop_Miley Cyrus

2 comentários:

  1. Só gostava de ter mais tempo livre para dedicar à leitura, como tu!
    frompeonies.blogspot.com

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    1. Olá, Bárbara! Acho que não uma questão de ter muito tempo livre, mas sim de tentar conciliar as outras coisas, de modo a conseguir um tempinho para fazer aquilo de que mais gosto: ler! ;)

      Um beijinho e boas leituras,
      Ana

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